#8 - Brontofobia

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*Edric*

Começo a escutar alguém falando, abro os olhos sonolento e vejo Darius.
— você acordou, só falta o Hunter.
— Hunter... - balanço ele.
— só mais cinco minutos pai.
— sou eu Hunter.
— Edric?  - diz ele abrindo os olhos sonolento. - Que cê faz aqui?
— eu dormi aqui ontem, esqueceu?
— há... É mesmo... - diz o mesmo levemente corado.
— enfim são 6:00h quero vocês descendo pra tomar café as 6:30h
— ok, obrigada. - respondo educadamente l.
— e aqui tem um uniforme extra já que o seu tava sujo. - diz Darius fazendo o uniforme aparece na cadeira com magia.
— beleza.
— é melhor irmos logo - disse Hunter se soltando de mim (já que dormimos agarradinhos/abraçadinhos) e se sentando na cama.
— pelo visto dormiu bem - digo escorando minha cabeça em seu ombro, que pô incrível que pareça ele nem percebeu o contato.
— acho que sim... - diz o mesmo olhando para o chão com um sorrisinho bobo no rosto.
— eu preciso vir dormir aqui mas vezes então. - digo abrindo um sorriso.
— não precisa, além do mais o seu pai deve deve está preocupado.
— meu pai se preocupar muito com a gente, e por mais que ele tente ser um pai presente ele trabalha muito pra poder sustentar a casa e os três filhos, então ele não pode nem nos para quando tentamos fazer algo, além disso Darius deve ter avisado que eu dormiria aqui.
— há... Tá bem - disse ele com um sorriso gentil.
— bem é melhor irmos tomar banho - digo me levantando.
— irmos?
— modo de dizer.
— tá...

***

— o que é o café da manhã?
— bolo.
— há é mesmo.
— quer um pedaço?
— claro.
— muito bem - disse ele cortando um pedaço de bolo - pega - disse ele estendendo a mão para mim.
— obrigada - digo com um sorriso gentil enquanto pegava o pedaço da comida de sua mão.
— tem café?
— tem sim, deixa que eu pego um pouco pra você - disse Hunter indo até a branquinha pegando uma garrafa térmica (daquelas que a gente bota o café) - tá na mão - disse ele botando a garrafa na mesa enquanto se sentava.
— então como foi a noite dos pombinhos?
— c-como? - digo levemente corado.
— acha que eu não percebi que vocês dormiram agarradinhos? - fico mais corado.
— pai por favor! São 6:00 da manhã!
— na verdade são 6:35 - refuta ele.
— da última vez que cê disse isso você me acordou às 5 horas da manhã dizendo ser 7:00 horas
— é eu lembro - diz Darius dando um pequena risada.
— enfim - diz Hunter se levantando - eu vou dar comida por flapjack, se é que eu sei onde ele tá. - diz Hunter subindo as escadas a procura do cardeal.
— então...
— então? - digo confuso. Darius olha pros lados pra ver se estávamos sozinhos...
— você estão namorando?
— não... Mas...
— mas?
— e-eu beijei ele... - digo sentindo meu rosto e orelhas esquentarem.
— é mesmo? Que interessante, conte-me mais.
— bem... Como eu conto?
— do começo óbvio, que pergunta boba.
— fui uma pergunta retórica.
— é eu sei.
— enfim... E-eu... Contei que gosto dele... - sinto meu rosto esquentar novamente.
— interessante.
— e aí eu perguntei se ele sentia o mesmo.
— sim.
— e então ele disse que não sabia.
— e...
— e... N-nos... B-beijamos... - droga! Eu to fazendo cosplay de pimenta.
— legal... Mas vocês estão namorando?
— e-eu n-não sei... Hunter não falou comigo sobre isso. - contínuo vermelho, genética eu te odeio!
— ele é uma pessoa muito confusa com o seus próprios sentimentos, demorou um tempinho até ele descobri que gostava da Willow.
— é faz sentido.
— mas e o beijo? Como foi?
— foi calmo bem... calmo, mas eu notei Hunter incomodando algumas vezes.
— incomodando?
— sim, tipo quando eu fazia qualquer outra coisa que não fosse um beijo ele se separava asustado.
— não espere que o Hunter simplemente se cure de uma hora pra outra.
— eu sei disso.
— tá bem - escutamos Hunter descendo as escadas com uma mochila nas costas e flapjack em seu ombro - não eu não vou te dar o pacote inteiro - o palismã pia emburrado - por que você não come outra coisa? Tem muitas frutas na geladeira, que tal uma banana? - o palismã pia animado - ok, então será uma banana - disse Hunter indo pegar uma banana. Hunter cortou a banana eu pedaços pequenos e deu para seu cardeal comer. - bora? - disse o mesmo desviando seu olhar do passarinho para olhar para nós.
— claro - respondo com um sorriso sem mostrar os dentes.
— muito bem - diz o mesmo respondendo com um sorriso - pai não deixa o pacote de alpiste muito acessível se não o flapjack vai acabar comendo tudo.
— beleza.
— ótimo, até mais tarde.

Yo Sé Que Tú Me AmasOnde histórias criam vida. Descubra agora