inspo: norman fucking rockwell da lana del rey, escutem lana del rey!!!!
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Niragi era selvagem. Tudo nele queimava como uma fogueira ardente. Era divertido. Era verdadeiramente intenso.
As mãos enroscaram nos fios loiros e ele trouxe a cabeça do garoto – de costas – para perto de si de forma bruta, sem se importar em ser cauteloso. Chishiya tombou dois degraus, com dificuldade, foi prensado na parede de imediato; o pau de Suguru, já ereto, roçou em si com o choque dos corpos, o moreno o encurralou mais, se aproximando do lóbulo do mais baixo, mordeu o local e, em seguida, passou a lamber o pescoço de Shuntaro, o piercing metálico em sua língua trazia arrepios por todo o corpo do mais baixo e fazia com que mesmo aquelas lambidas genéricas carregassem a marca do mais alto. Ele sorria em pura malícia. Já Chishiya tinha uma curva sofrega nos lábios, estava em êxtase completo.
— Shiya... — intensificou o aperto nos cabelos do garoto e se aproximou de sua orelha outra vez. — Me diz quem vai controlar hoje, me diz. — sussurrou com a voz carregada pelo anseio mais perverso e intenso que habitava dentro de si. Passou a brincar com a mão que estava livre, usando-a para acariciar de forma falsamente despretensiosa todo o dorso do garoto contra a parede. Parou a mão na cintura e pressionou o local ao mesmo tempo que aumentava o aperto nos fios loiros. Chishiya ofegou baixinho, já com a mente nublada pelas sensações.
Porra, eles ainda estavam no corredor. Sequer haviam entrado no apartamento e permaneceram ali mesmo, nas escadas iluminadas, à deriva de qualquer visão que poderia vir a calhar. E Chishiya sentia-se ainda mais excitado com aquilo. Niragi, então, formigava da cabeça aos pés só de pensar nas coisas que gostaria de fazer com o seu garoto ali.
— Hoje é meu dia... — pronunciou entre os dentes. Imediatamente sentiu a mão do mais alto largar seu couro e passar a fazer presença em seu pescoço de leve. A mão que estava pousada na cintura, deslizou para a parte interna da coxa coberta. Shuntaro fechou os olhos com força, segurando o gemido de anseio.
— Você viu como eu tive um dia péssimo, não é? — mordeu seu lóbulo, soltando uma risada fraca. Shuntaro, ainda com os olhos pregados, trincou o maxilar. — Eu só queria foder o meu garotinho, queria que ele fosse bonzinho comigo... — o tom era de pura persuasão. O aperto do pescoço afrouxou, dando espaço para alguns selares ali. — Se esse garotinho fosse bonzinho, depois eu faria tudo que ele quisesse... — murmurou entre a tez cálida do mais baixo e seus lábios, não despregaria eles dali por nada, a pele de Chishiya era vício puro.
Shuntaro mordeu o lábio inferior, arfando baixinho ao sentir o primeiro chupão – de muitos – da noite ser deixado em si. — Filho da puta... — resmungou arrastado.
— O que me diz, hm? — a pressão novamente se fez presente no pescoço, dessa vez mais forte, mais viril. — Eu quero tanto te foder... Você deixa? Deixa eu te foder, Shiya? — disse aos suspiros, a ponta do nariz percorrendo toda a pele dos ombros ainda cobertos, se controlando para não avançar sobre aqueles tecidos e rasgar tudo ali mesmo. Suguru estava louco, Chishiya o deixava completamente louco. E aquela insanidade era gostosa ‘pra caralho.
Shuntaro, como resposta, moveu os quadris presos à parede, fazendo com que as suas nádegas encontrassem direto com a pélvis fervente do mais alto, que sorriu com a ação. A mão na parte interna da coxa, passou para o pau do loiro e, ali, deixou carícias nada singelas. Niragi não era e nunca seria singelo.
Chishiya sentia como se estivesse derretendo aos poucos, toda aquela provocação o fazia querer suplicar, aos berros, para que Suguru apenas o fodesse sem piedade. Entretanto, ele faria isso logo e nunca abriria mão das preliminares intensas. Niragi nunca abriria mão de ter o loiro implorando silenciosamente, fraquinho aos seus olhos mesmo sem nenhuma penetração, em total luxúria; nunca abriria mão de o ver rendido para si, fervendo como brasa em suas mãos maliciosas.
O loiro foi virado abruptamente para o outro lado, as costas chocaram-se com a parede, agora encarava o moreno de frente. Encarou sua própria perdição. E Suguru encarou a dele também.
Atacou os lábios do mais baixo, os tomando por completo para si. Depois, desceu ao pescoço e maltratou, sem nenhuma dó, aquela pele pálida, deixando suas marcas cravadas ali. Iria, naquela noite, dilacerar Chishiya – no sentido do prazer. Estava sedento e, o garoto que o beijava como se não existisse amanhã naquela escadaria, também não estava atrás.
— Que tal... — subiu os beijos, traçando uma linha do pescoço até o ponto inicial daquilo tudo: a porra do lóbulo direito de Shuntaro. — Você me chupar aqui mesmo, ‘pra iniciar a noite bem, hm? O que me diz, hein? Imagina eu foder a sua boquinha aqui, onde qualquer um pode aparecer. — aquele tom, aquela entonação, tudo era puro tesão. A voz rouca, já arrastada, implorando por prazer.
Shuntaro arfou, mesmo sem ter nenhum motivo físico para arfar, o calor daqueles corpos juntos era latente e não conseguia controlar os impulsos de soltar os barulhos que sabia que causariam em Niragi a sensação de Chishiya ser um ótimo garotinho; o seu ótimo garotinho.
— Me responde, fala ‘pra mim o que ‘cê quer... — pediu Suguru, enquanto observava aquele rosto tão estonteante para si.
Shuntaro deslizou o dedo indicador pelo abdômen do moreno coberto pela blusa social, parou somente quando o dígito alcançou o cinto do mais alto, que o acompanhava com os olhos, carregando o sorriso perverso e ladino de sempre consigo.
— Quero que me faça esquecer que posso ser pego de joelhos aqui enquanto você fode minha boca... Agora. — murmurou baixinho, quase como um sussurro, umedeceu os lábios maltratados, já mais rosados que o normal, logo depois.
Niragi riu anasalado, pressionando as duas mãos sobre sua cintura fina. — Esse "agora" não vai ser esquecido, você não tem direito de autoridade hoje, vai ser ótimo te punir por isso quando estivermos lá em cima. Parece que você não aprende nunca o que são consequências. — lambeu o pescoço do menor mais uma vez. Chishiya era assim, pronunciava as palavras só por saber que elas, mais tarde, trariam um efeito prazeroso para si. Oh, e como era prazeroso ser punido por Niragi! Principalmente nos dias estressantes, e aquele era com certeza um deles.
Segundos depois, já estava ajoelhado na frente de Suguru, sugando todo o pau daquele homem como ele sugava todos os bons modos de si.
E era daquele jeito. Depois de dias afoitos no trabalho, Chishiya fodia por toda a noite – e por toda a madrugada – com o seu chefe de merda. E era gostoso, estimulante e excitante; todos os sinônimos do prazer ao mesmo tempo. A luxúria em seus corpos era magnética, era como se pertencessem aquele hábito carnal.
Era gostoso ‘pra caralho quando transavam na própria empresa, em cima da mesa de um funcionário qualquer, com Chishiya segurando os gemidos para não sair ruídos sonoros nas câmeras. Também era extremamente prazeroso quando Suguru, no meio do expediente, com o escritório cheio, trancava sua sala com o loiro ali dentro e fazia com que ele chupasse a si por baixo da mesa. Eles adoravam aquilo, para ambos era absurdamente incrível.
E era mais delicioso ainda para Shuntaro quando era ele quem comandava; quando prendia Suguru na cama com algemas, fazia aquela marra desaparecer e ele implorava para que Chishiya sentasse nele, para que tocasse cada parte de seu corpo e, às vezes, para que lhe fodesse.
Também era maravilhoso quando o loiro agia feito um garotinho perverso e Niragi o tratava como uma vadia. Shuntaro sabia que era melhor que ele, mesmo o outro sendo seu superior naquele trabalho medíocre ainda era melhor que ele, mas, quando estavam entregando os corpos aos desejos, não se importaria de ser submisso quantas vezes precisar.
Tudo aquilo entre os dois, era simplesmente prazeroso, frenético como a pulsação humana. E era apenas isso, nada mais. Não podia ser nada mais porque Niragi não deixaria de ser selvagem, e Chishiya não deixaria de vê-lo como alguém para diversão.
Suguru era o próprio desejo encarnado e Shuntaro não se importava de usufruir daquele homem, que o usava na mesma intensidade, de forma gloriosa. Continuariam daquela forma, sendo o cigarro e o isqueiro, imersos ao prazer mútuo. Tentando ignorar que sentiam mais do que isso, porque machucar só era planejado na hora do sexo e não deveria, de nenhuma forma, alcançar as raízes do coração daqueles homens perdidos. Assim iam se manter, até que um deles não aguentasse e cruzesse a linha tênue que separava os amantes sexuais dos sentimentos inexplorados.
Aqueles dois eram carnais e, seus atos, diante de todas as fases da lua crepuscular, apenas afirmavam isso.
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Goddamn, Man-child
FanfictionYou fucked me so good that I almost said, "I love you". AU! - Shuntaro Chishiya, Suguru Niragi - pwp/smut.