Complexo de Israel - Segundo ato. Degustação

Capítulo 67

"Quando o amor ou amizade é verdadeiro dura para sempre, não importa a distância, crises e brigas o que as unem é mais forte.
Um dia, vocês vão perceber que quem é verdadeiro vai estar do seu lado, até mesmo quando você menos merecer.
Amizade de verdade é assim: até que a morte nos separe."

Lenilson Xavier

Espero que gostem do capítulo, boa leitura ❤️.

Capítulo especial Lorena...

A volta da Majú tem me gerado um mix de sentimentos, ela foi minha melhor amiga e depois que ela foi embora eu fiquei tão magoada que não queria vê-la mais, eu estava com tanta raiva por ela ter ido e nem ao menos ter tido a consideração de se despedir, que fiz e falei coisas que tenho certeza que a magoaram.

Quando ofereci a Hellen para ser madrinha do Bernardo, talvez inconscientemente eu queria magoa-la, Majú seria a madrinha do meu bebê sem sombra de dúvidas, então resolvi dar para a Hellen, uma forma de puni-la mesmo não estando aqui, mais aí ela voltou e com isso eu fiquei mais confusa e arrependida.

Ficava me perguntando todos os dias, como iria contar para ela essa merda que eu fiz? Droga, eu só faço merda!

Não precisei nem contar, Marina fez o favor, eu como uma forma de parecer correta com minha atitude, ataquei! E caramba, tudo piorou. Majú saiu magoada e eu arrependida.

Contei pro Kadu o que tinha acontecido e ele me aconselhou chama-la para uma conversa franca e sincera, resolvi esperar ele ter a conversa dele primeiro, depois eu marcaria para ter a minha, ia esperar pra ver a reação dela com ele, sim... Eu estava morrendo de medo da nossa amizade ter desandado de vez.

Quando Kadu me contou sobre a conversa deles e vi que apesar de complicada tudo ficou bem, um pingo de esperança me surgiu.

— Vai sair? Kadu pergunta depois de me vê arrumada.

— Vou aproveitar que um tantinho assim de coragem me surgiu e vou no complexo conversar com a Majú. Faço gesto com a mão 🤏.

— Acha que esse é o momento certo? Você está no fim da gravidez e não pode se estressar.

— Eu sei, mas se eu não for agora, sinto que já terá passado o momento para termos essa conversa.

— Ta bom... Eu levo você!

Já no morro vou direto para casa dela, bato na porta e ela atende rápido. Sua cara estava péssima, alguma coisa havia acontecido.

— Você está péssima! Digo entrando na casa dela depois de receber passagem para entrar.

— Obrigado pelo elogio! Ela se senta no sofá e fica olhando para o chão.

Ela sabia que esse era o momento para termos a nossa conversa, só que a sós. Pra quebrar o gelo e dar tempo da coragem voltar pergunto pelo Leon.

— Leon, tá dormindo?

— Tá sim, acordou, tomou banho, mamou e voltou a dormir. Quer ir vê-lo? Ela pergunta.

Sinto que ela está com a guarda baixa então eu aceito.

Leon é lindo e fico olhando para ele imaginando meu Bernardo e ele brincando, sendo melhores amigos, seria perfeito.

— Me perdoa? Pergunto assim que saio do quartinho de Leon.

Ela me encara meio assustada, acho que ela não esperava esse meu pedido, ela com certeza imaginava que hora ou outra iríamos sentar para conversar, mas um pedido de desculpas assim tão direto acho que não passava pela cabeça dela.