Capitulo 17 - Igreja

25 1 0
                                    

Sakura ficou olhando Sasuke ir embora e depois voltou para casa, pensando no que ele havia dito e imaginando se ele poderia estar certo sobre Karin. O julgamento que se aproximava havia sido um fardo durante todo o verão. Às vezes, pensava se a ansiedade de uma possível punição já não seria maior do que a própria punição em si. Conforme as semanas se passavam, acordava no meio da noite e não conseguia dormir novamente. Não que estivesse apavorada com o fato de ir para a prisão - não acreditava que chegaria a esse ponto -, mas tinha medo de que esses crimes a perseguissem para sempre. Teria que revelar seu histórico a uma faculdade que pretendesse frequentar? Teria que contar aos seus futuros empregadores? Será que poderia dar aulas? Não dava para saber, por isso continuava com medo. Será que sempre teria medo?

Sua advogada achava que não, mas não podia dar-lhe garantias.

E havia o casamento. Era fácil para Sasuke pedir a ela que fosse com ele, achando que não era nada demais. Mas ela sabia que Fugaku não a queria por lá, e a última coisa que desejava era causar qualquer tipo de problema. Seria o grande dia de Kiyomi.

Ao chegar à varanda dos fundos, ia entrar em casa, quando ouviu o barulho da cadeira de balanço. Pulou de susto, mas logo viu Konohamaru com o olhar fixo nela.

-Aquilo. Foi. Tão. Nojento.

-O que você tá fazendo aqui? - perguntou, com o coração ainda em disparada.

-Olhando você e Sasuke. Como disse, foi bem nojento – fez cara de arrepio.

-Estava espionando a gente?

-Não dava para não espionar. Você estava bem ali, na frente da oficina com Sasuke. Parecia que ele estava praticamente te estrangulando.

-Ele não estava – Sakura o tranquilizou.

-Só estou falando o que parecia.

Ela sorriu.

-Quando você for um pouquinho mais velho, vai entender.

Konohamaru balançou a cabeça negativamente.

-Entendi perfeitamente o que vocês estavam fazendo. Já vi nos filmes. Mas continuo achando que é nojento.

-Você já disse isso.

Isso fez com que ele ficasse quieto, pelo menos por um tempo.

-Para onde ele foi?

-Para casa. Tem que trabalhar amanhã.

-E você vai cuidar do ninho de tartarugas? Porque não precisa. Papai disse que ele ia fazer isso hoje à noite.

-Você convenceu o papai a dormir aqui fora?

-Ele que quis. Ele disse que vai ser divertido.

"Duvido", pensou Sakura.

-Por mim, tudo bem.

-Já até arrumei minhas coisas. Saco de dormir, lanterna, sucos, sanduíches, um pacote de bolachas de água e sal, marshmallows, batatas chips, bolachas e uma raquete de tênis.

-Você vai jogar tênis?

-Caso o guaxinim apareça, sabe. Se ele tentar nos atacar.

-Ele não vai atacar vocês.

-Sério? - disse, parecendo quase desapontado.

-Bem, talvez seja uma boa ideia – concordou Sakura. - Nunca se sabe, né?

Ele coçou a cabeça.

-Foi isso que eu pensei, também.

Ela apontou para a oficina.

A última música - SasuSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora