#9 - Feliz aniversário

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*Amity*

— bom dia - digo após chegar na cozinha.
— feliz aniversário querida. - disse meu pai com um semblante cansado enquanto olhava algumas cartas do correio.
— obrigada pai. - digo com um sorriso gentil.
— oi Minttens. - disseram os gêmeos aparecendo do nada.
— legal...
— agora você tem 16 anos já pode meter o pé daqui. - disse Edric a em provocar.
— você tem 17 eu deveria expulsar você também?
— nossa como ela tá brava não é Em?
— muito brava. - concordar a gêmea balançando a cabeça.
— eu mereço.
— bem... Minttens eu estava pensando... Em fazermos uma festa de aniversário pra você, coisinha básica só os seus amigos, alguns conhecidos e é claro a sua namorada.
— é... Sería legal - digo corada só de imaginar a luz na festa.
— a Viney pode vir também?
— e o Hunter?
— o que você acha Amity?
— se isso significa que os gêmeos vão me deixar em paz, por mim tudo bem.
— sucesso! - comemorar Edric.
— deixa de ser tão gado Edric.
— eu não sou gado!
— é sim!
— não sou não!
— é sim!
— e-então talvez você seja gada também!
— eu gada?! Vá ti fude!
— porque você não faz isso com a Viney!
— você dois parem de brigar! - disse papai com raiva, ele odiava brigas naquela casa principalmente entre os membros da família Blight.
— desculpa pai...
— se continuarem desse jeito nenhum dos dois vão vir, não é Minttens?
— é sim pai. - concordo com ele
— isso não muda minha opinião. - disse Edric cruzando os braços.
— igualmente. - concorda a mais velha.
— bom meninos agora aperte as mãos
— nem pensar!
— Edric... - reclama papai já com aquela cara.
— tá... - diz Edric apertado a mão de Emira emburrado.

***

— Adivinha o que tem duas pernas e se chama Luz?
— Luz!
— exatamente! Feliz aniversário batata doce! - disse luz a me abraça.
— oh Luz! Você é a batata doce!
— o-obrigada... Amity...  - disse Luz a corar.
— Feliz aniversário Amity. - disse Hunter sorridente.
— obrigada Hunter - agradeço educadamente.
— eu tenho um presente para você.
— não precisa Hunter.
— de qualquer forma espero que goste. - disse o mesmo me entregando uma sacolinha que ao abrir uma brecha posso reparar que tinha uma caixa de chocolate nela.
— chocolate?
— sim - disse o mesmo abrindo um sorriso meigo, certeza que ele deve ter dormido bem hoje pra está sorrindo tanto.
— obrigada Hunter...
— de nada - disse o mesmo com um sorrisinho novo
— oi Hunter! - disse Hunter abraçando Hunter De-repente o que faz o mesmo cora pô segundos, já shippo - O que trouxe mimmm?- disse Edric manhoso como sempre.
— que eu saiba a Amity tá completando aniversário e não você. - tome Edric.
— detalhes, detalhes.
— sei...
— enfim, deixa eu te mostrar uma coisa?
— claro, o que sería?
— você já vai descobrir.
— quero saber o resto da fofoca.
— Luz você tem que parar de andar com a Emira.

*Hunter*

Edric me puxou pelo braço e nós começamos a subir as escadas. Ele abriu a porta do seu quarto e a fechou...
— ok... O que você queria me mostra?
— na verdade eu não queria te mostrar nada só... Queria falar com você...
— f-fala comigo?
— c-claro.
— e o que sería?
— se você... Hmmmm... Já sabe?
— há...
— desculpa... É que e-eu queria muito saber...
— tá tudo bem... Pra ser sincero eu pensei que você fosse me fuder ou algo do tipo - dou uma risada nervosa.
— eu nunca faria isso! E-eu não sou um abusador, eu sei o que você passou naquele dia, e não desejo isso pra ninguém, nem pro meu maior inimigo!
— oh Edric! isso é muito fofo da sua parte!
— valeu... - disse o mesmo encarnando um tomate.
— é sério de verdade, eu agradeço muito pelo que você fez naquele dia... Você me salvou... E e-eu sou muito grato por isso.
— eu só fiz o que achava certo. - começo a chora de emoção - aí me desculpa eu não queria fazer você chorar!
— tá tudo bem! É só que... Isso foi muito emocionante.
— você tá bem sensível.
— acontece quando eu durmo bem, eu viro uma Luz da vida, cheio de sentimentos.
— então você deveria dormir mais bem vezes - diz Ed com um sorriso.
— é talvez...
— e-eu posso fazer uma doideira?
— qual doidera?
— essa... - Ed começa a me puxa pela gola do terno que eu estava vestindo. Minha respiração começa a acelerar. Ele não faria? Faria? Ele não me usaria. Ele não... Fecho os olhos esperando por seja lá o que ele fosse fazer. - tá tudo bem eu não vou fazer nada - diz ele. Abro os olhos e percebo que estavamos apenas alguns sentimentos de encostamos nossos nariz. Meu coração era uma batida. Minhas bochechas ganham um tom avermelhado. Minha boca fica entre aberta. E então ele se aproximou mais perto a ponto de encostarmos nossos narizes, mas eu não conseguia me contentar, faltava poucos centímetros, poucos centímetros... Eu estava corado e ele também estava, acho que nem ele mesmo sabia o que estava fazendo ao certo. Então um misto de coragem invadiu Edric e ele me beijou, em um passe de mágica todo o medo que eu estava sentindo a um tempo atrás foi substituído por algo bom, algo que eu nunca pensei que fosse sentir novamente... Pô alguém...




Eu não sei se o que eu senti era real, mas é muito bom...










*Darius*

— então... Como tá a família? - disse Alador bebericando um pouco de seu vinho.
— o Hunter teve uma crise a uns dias atrás.
— é mesmo?
— sim.
— e qual foi o motivo?
— trovões...
— isso é sério?
— sim...
— não sabia que adolescentes tinham medo de trovão.
— muitas pessoas tem, se chama Brontofobia.
— por acaso é um brontossauro com gripe?
— alador isso é sério! O Hunter tem crises! tem ataques de pânico! E tiques nervosos! Eu finjo está calm-
— hei, calma aí amigão tá tudo bem.
— desculpa...
— porque você não bebe um pouco? pra esquecer os problemas, e as exs.
— eu não tenho exs.
— não me pergunte como, você é mó gostosa.
— Alador fosse formou maconhada?
— relaxa tô só brincando, eu sou hétero.
— hétero só se for em narnia, todo mundo sabe que você é do vale Alador.
— e você?
— eu sou figurante.
— eu também.
— e mesmo assim, as pessoas sabem que você é.
— há! Ha ti Fu-
— oi pai...
— Hunter! Como cê tá campeão?
— e-eu tô bem - disse o mesmo meio corado, e com o cabelo levemente bagunçado - o que vocês estão fazendo?
— estavamos conversando até o Alador começar a falar merda.
— eu não tava falando merda!
— mas e você?
— e-eu... Vem aqui - disse Hunter me agarrando pela mão.

— o que aconteceu? - digo quando estavamos em uma distância segura.
— ... E-eu... O Edric me beijou! - disse o loiro igual a um tomate - m-mais de uma v-vez... - disse meio sem jeito enquanto desviava o olhar super corado. Interessante então eles estavam se pegando a pouco tempo... A coisa só melhora...*cara safada*
— e o que você quer? - digo me abaixando para fica da mesma altura que ele.
— talvez... Um conselho?
— sobre?
— não sei... Como agir? O que fazer? Como saber se o que eu sinto é verdadeiro?
— e o que você sente?
— eu não sei... eu sinto algo estranho... Um quentinho no coração... Igual a willow... Algo bom... - disse ele com um sorrisinho bobo.
— acho que esse “quentinho” - faço aspas com as mãos - é o amor que você sente pro ele.
— amor? - diz ele virando o olhar pra mim.
— sim.
— ... Mas como eu... Como eu vou saber se não vou errar novamente? Como eu vou saber se eu vou botar tudo a perde? Como eu-
— eu sei que seu último relacionamento foi conturbado - digo interrompendo ele - e não sei como é sua relação com o Edric, mas uma coisa eu posso dizer: não deixe que o passado afete o seu futuro, se não você não viverá a sua vida.
— obrigada pai... - disse o mesmo abrindo um sorriso.
— de nada corazón
— te amo papá
tambien te amo cariño - digo bagunçado seus cabelos mais do que eles já estavam.

Yo Sé Que Tú Me AmasOnde histórias criam vida. Descubra agora