Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Minha garganta está seca e doendo muito, acho que deveria ter bebido um pouco de água antes de tentar falar.
Sabe quando você chega em casa depois de um dia de trabalho que foi difícil e exaustivo, parece que um trator passou por cima de você?
Então, é essa sensação que eu estou sentindo agora. Meu corpo inteiro dói, principalmente minhas costas, pobre não tem um dia de paz, francamente!
Olho para o lado e vejo o senhor Kim, parado, com os olhos arregalados e a boca em um perfeito "o", ele me olha de uma forma estranha, como se não cresse em algo.
Hmm, ele tá bem magro. A pele antes de um tom caramelizado, agora está pálida, com olheiras abaixo dos olhos. Seu cabelo está um pouco grande também. Nunca o vi assim.
Ficamos nos encarados por alguns minutos sem falarmos nada. Até diria que estamos aproveitando a presença um do outro.
Sorrio tentendo sair desse clima meio estranho entre nós dois, o senhor Kim se levanta devagar e se aproxima de mim, ele estende a mão e toca meu rosto com cuidado, zelo e carinho.
Como se estivesse verificando se realmente fosse eu...
— Seokjin... Meu Deus, você acordou!— diz sorrindo, percebo também lágrimas presas em seus olhos.— Esperei muito por você, todos nós, as crianças, sua família, eu e...— ele faz uma pausa e arregala os olhos.— Tenho que chamar um médico! Já volto!
Olho para o senhor Kim indo chamar um médico, foi tão rápido que eu nem pude perguntar como as crianças estão.
Não demorou muito e um homem baixinho e calvo entrou ao lado do senhor Kim.
O médico começou a fazer perguntas e verificar todo o meu corpo, eu respondia como podia e o senhor Kim sempre com os olhos em mim. Ele segurava o celular com bastante força, e tremia levemente.
Eu pedi um copo d'água ao doutor que prontamente me deu, me senti até um pouco mais vivo.
O doutor me disse que fazia uma bateria de exames para ver se realmente estava tudo certo comigo, e também para saber se eu tinha alguma sequela do acidente.
Assim que o médico saiu eu olhei para o senhor Kim que me olhava agora um pouco mais calmo. Ele sorriu e se aproximou da minha cama.
— Eu liguei pra sua mãe e o seu irmão, logo eles estarão aqui, assim como os meus filhos.— ele disse e segurou minha mão.— Você não faz ideia do quanto eu estou feliz, Jin. Por um momento, eu achei que não... Não, não, deixa isso pra lá. O importante é que está acordado agora.
— As crianças estão bem? Como está a Bora? Conseguiu resolver a questão da escola?— perguntei preocupado.
Ele me olhou e sorriu, puta que pariu! Que sorriso lindo esse homem tem. Essas covinhas ainda serão a minha ruína.
— Não se preocupe, eles não se machucaram muito e já estão ótimos. E quanto a escola, hoje é a última semana de férias deles. Planejei levar você e as crianças para Jeju.— o senhor Kim disse segurando a minha mão.— Mas posso fazer isso no fim do ano, com toda a sua família. Se quiser, é claro.
Se eu quero? Eu quero é fazer muitas coisas com o senhor, Kim Namjoon. Mas não posso. Eu iria até a lua com você, se me pedisse.
Mas... Espera, as férias das crianças já estão acabando? Por quanto tempo eu dormi?
— Espera... Q-quanto tempo eu fiquei desacordado? Foi muito tempo? Em que ano estamos? Fiquei em coma?! Meu Deus!— aí meu coração, será que eu perdi muitas coisas das crianças?
— Calma, calma. Você não pode ficar nervoso, Jin. Você ficou três semanas desacordado, e... Bem, você ficou muito mal. Passou por algumas cirurgias arriscadas.— presto atenção no que o senhor Kim fala, eu me lembro de pouca coisa do acidente.— O médico acha que talvez, talvez...
Vejo hesitação no senhor Kim, e isso me preocupa. Ele é um homem tão direto, é algo realmente sério.
— Que talvez...? Pode falar, senhor Kim. O pior já passou, né? Eu acordei e estou me sentindo bem.
O encorajo a falar. Ele respira fundo e aperta minha mão com mais força.
— Que talvez você não possa andar mais. O impacto do caminhão fez com que estilhaços ficassem acomodados na sua coluna, sua mãe ficou em um dilema realmente difícil, fazer ou não, a cirurgia. Corria o risco de você ficar paraplégico...— estou sem palavras, não fazia ideia que era tão ruim assim.
Eu... Não quero ficar sem andar, não quero ser um fardo para a minha família. Minha mãe teria que parar a vida dela pra cuidar de mim, e ela já sacrificou muito por mim.
Eu nem percebi que estava chorando até que senti as mãos quentes e gentis do senhor Kim limpando as minhas lágrimas.
— Tudo bem, tudo bem. Não se repreenda, chore á vontade, vou estar aqui com você.— logo o senhor Kim me abraça e choro ainda mais.
Nosso momento é interrompido a porta é aberta com força total me causando um susto, minha mãe entra no quarto com os olhos arregalos, logo atrás dela está Yoongi.
— Meu menino! Meu bebê! Você acordou, acordou!— minha mãe corre em minha direção e me abraça, ah, como eu senti falta desse abraço.— Eu rezei tanto, tanto. Oh, meu Deus. Obrigada!!
— Jinnie! Jinnie!— Yoongi também se junta ao abraço e não me aguento ao tê-los comigo.
— Mamãe, Yoongi... Desculpa a demora. Eu voltei, senti saudades de vocês.— só falta as minhas crianças aqui, aí sim estará perfeito.
— Nunca mais me dê um susto assim, seu muleque levado! Quase me matou do coração, fiquei tão preocupada, meu amor. Você não acordava nunca e-eu achei... Eu achei que nunca mais você....
— Mamãe, calma. O pior já passou, ele voltou pra gente.— fala Yoonie sorrindo pra mim, com aquele sorrisinho gengival que só ele tem.— Maninho, obrigada por ter acordado, eu não sei o que faria da minha vida sem você. Eu nunca tive tanto medo assim antes, medo de perder o meu único irmão...
— Eu amo vocês. Muito muito, não vou fazer isso outra vez, eu prometo. Agora, me abracem mais, por favor.— e ficamos abraçados por alguns minutos, olhei para o senhor Kim que nos olhava com um brilho nos olhos.
— JINNIE?!— eu conheço essa voz... Olho para a porta e vejo a minha menina, Hana com os olhinhos cheios de lágrimas e os lábios tremendo.— Jinnie, Jinnie, Jinnie!
Yoongi e Heejin desfazem o abraço ao ver Hana correndo até mim. Ela pula na cama e me abraça.
A abraço forte e apertado, sentindo o cheiro doce que ela tem. Hana chora tão forte que até soluça, faço carinho em suas costas.
Meu peito dói de tanto saudade que senti das minhas crianças, eu quero ouvir suas vozes, risadas, brincar com eles e ficar pertinho deles.
— Oi, love. Eu senti saudades.— digo segurando o choro, sentido o corpinho de Hana tremer em seus braços.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.