𝓬𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 |11|

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Era tarde de quarta, já haviam passado alguns dias desde nosso último avanço na investigação, não prosseguimos depois disso.

— Dole 1 Dole 2.. isso! — Jimin assistia alegremente a um programa de leilões da década de 90.

Eu poderia julga-lo de velho agora, ou psicopata. Alegrar-se com a aquisição de outra pessoa, uma pessoa que você nem se quer conhece, que está esnobando seu dinheiro dando uma oferta maior que as demais, é doentio.

— Acho que a noite de cassino te deixou meio ruim das ideias. — Eu comento entediada, largada no sofá.

— Isso é divertido, tá. — Ele senta na poltrona após ficar uma rodada inteira em pé gritando com a tv.

— Ah claro.

Eu pego meu telefone e começo a olhar minhas redes sociais, o dia hoje estava incrivelmente mais chato. Buford era uma cidade bem pequena com poucos habitantes, digamos que não tem entretenimento necessário. É claro, não viemos passar férias, mas tem tanto tempo que a investigação não flui que nem mesmo parece que estamos aqui por esse propósito.

— Vamos sair. — Falo repentinamente levantando do sofá.

— Sair? Pra onde? — O loiro me encara com seu cenho franzido.

— Para os nossos lugares principais do caso.

— Ah.. ainda é sobre a investigação. — Seu rosto fica neutro. — Onde?

— Terreno abandonado e praça principal.

— Certo, sabe que não encontraremos nada lá, né? Tipo tudo bem, nós já achamos a luva na praça, mas o terreno? É impossível achar algo lá. — Ele relaxa na poltrona.

— Ok.. então vamos dar uma volta.

— Onde? — Seu semblante era entediado.

— No mesmo lugar que eu disse.

Ele revira os olhos

— Eu vou concordar porque sei que está preocupada com a investigação, mas Sn, talvez a gente realmente não consiga fazer mais nada pra ajudar. Se é que estamos ajudando. — Seus olhos escuros penetram nos meus enquanto tenta me tranquilizar de que está tudo bem se não chegarmos a lugar algum, mas não está. — A polícia está fazendo esse trabalho.

— Eu sei, mas não viemos aqui atoa, Jimin. — Eu suspiro. — Ok, você venceu. Vamos andar, se não acharmos nada suspeito voltaremos até Pocatello e deixamos isso com a polícia.

— Ótimo. — Ele se levanta e vai para o nosso quarto.

***

Roupas propícias para dar uma volta no parque, isso que estamos vestidos. Nós saímos do apartamento e fizemos uma curta caminhada até o centro.

O clima está ameno, o ar fresco balançando nossos cabelos, nossas mãos roçando no ritmo dos nossos passos e por um segundo tenho vontade de segurar a sua. Mas então me lembro o motivo de estarmos aqui, é a tentativa final, precisamos ficar de olhos atentos.

— Hoje está mais cheio que o normal. — Park comenta analisando o movimento ao redor.

— É. — Concordo desatenta.

Ele vai de encontro a um banco e eu lhe acompanho, seu olhar se mantém no meu, mas o meu estava muito longe dali.

— Sn

— Hm?

— Olha para mim. — Ele pede e eu faço.

— É sério, não importa se tivermos que finalizar a investigação sem respostas. — Ele retorna o assunto.

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⏰ Última atualização: Feb 10, 2023 ⏰

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