Complicated 3

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— Tá tudo bem? — Yuqi perguntou ao notar sua melhor amiga marchando em direção à quadra.

— Acho que a Soojin tá me ignorando só porque eu não quis ir ao cinema com ela. — Explicou dobrando a folha que ainda estava em sua mão.

— Tá, e por que você não foi? — A coreana mais nova entrou na conversa.

— Tinha coisas para fazer, estudar, treinar e ajudar vocês no café. — Respondeu olhando para os próprios pés.

— Que mentira deslavada. — A chinesa apertou os olhos enquanto encarava a amiga. — Você já é inteligente de natureza então nem precisa abrir um livro, e que eu saiba, nem eu e nem Soyeon te chamamos pra ajudar. A única coisa que bate é o treino.

A taiwanesa permaneceu em silêncio e começou a andar lentamente até sua raquete que estava jogada no chão.

— Yeh Shuhua!

— Tá bom tá bom, eu inventei que tinha que fazer esse monte de coisa para Soojin. — Confessou com uma cara de culpa. — Eu gosto dela de verdade, mas não quero deixar isso totalmente nítido, não quero que ela acabe se enjoando de mim igual a Lia.

O casal se entreolhou e balançaram a cabeça em afirmação, em seguida se aproximaram da mais nova logo lhe dando um abraço de urso.

— Já conversamos sobre isso, você nunca vai se sentir bem se continuar a tratando assim. — Yuqi começou por um bom ponto.

— Sim, Shu. Desse jeito ela vai realmente se afastar de você. — As palavras de Soyeon fizeram a taiwanesa a olhar como se aquilo fosse a pior coisa do mundo que ela já havia escutado. — Mas não por não gostar de você, e sim por você estar a afastando com atos bobos.

Uma pequena lâmpada se acendeu dentro da cabeça da garota ao ouvir a amiga falar isso. Soyeon sempre foi do tipo calma e conselheira, de longe qualquer um saberia que era ela o pilar da relação.

Já que Yuqi quase sempre passava um pouco dos limites.

— Você tem razão, Soye. — Disse com a voz fraca mordendo o lábio inferior. — Acho que vou ir até a casa dela, se eu realmente quero que dê certo, preciso falar com ela sobre como me sinto.

Ela deixou um beijo na bochecha das amigas e foi até o vestiário se trocar.

—  Ela nem me agradeceu, que garotinha ingrata. — Yuqi comentou enquanto caminhava até o outro lado da quadra para voltar ao treino.

— Ela só deve ter prestado atenção na última coisa que ouviu, amor. Tenho certeza que foi o seu conselho que fez ela mudar de ideia. — A coreana disse tentando limpar a barra de Shuhua, e pelo o sorriso que se formou no rosto da namorada, parecia ter funcionado.

...

Soojin já estava de banho tomado e pronta para entrar debaixo das cobertas e maratonar os novos episódios de sua série favorita.

Vestia seu confortável pijama de cerejas e havia prendido o cabelo em um rabo de cavalo meio frouxo.

— Notebook ok, Refrigerante ok, cobertas ok, salgadinhos ok, travesseiros ok, ar-condicionado... — Interrompeu a si mesma para abrir a boca e notar se saía alguma fumaça. — Droga, por que eu sempre esqueço dele?

Tomando coragem se levantou da cama e foi até o andar da baixo, ela pegou o controle que estava sobre a mesinha de centro e abaixou a temperatura do aparelho.

Contente por seu feito, subiu novamente para seu quarto pronta para aproveitar seu dia, com sorte acabaria toda série ainda hoje.

Ao dar um passo para dentro do cômodo sentiu um frio insuportável, não ficava desse jeito quando ela diminuía a temperatura. Então ela olhou com mais cuidado e notou que sua janela estava aberta, e em seguida deu um grito ao presenciar alguém saindo de seu banheiro.

— Que susto você me deu, precisava gritar desse jeito? — O rapaz perguntou com a mão no peito, com certeza seu coração estava quase pulando para fora.

— Foi você quem me assustou, Hui. — Respondeu nitidamente brava. — Como você aparece assim do nada?

— Me desculpa. — Disse um pouco desconcertado. — Eu bati algumas vezes na janela mas você não ouviu, e como tava muito frio lá fora resolvi entrar.

— Mas você sai entrando assim sem ao menos saber se tinha alguém em casa?

— Eu vi você pela janela, foi por isso que vim. Só fui até o banheiro porque a torneira tava pingando.

— Certo. O que veio fazer aqui?

— Bom...Como foi seu dia? — O rapaz se aproximou um pouco sem jeito. — Eu reparei que você não tava muito legal na aula hoje cedo, só queria saber se tá tudo bem.

Apesar de ter levado um belo de um pé na bunda, o rapaz nunca deixou de ser educado ou de se preocupar com Soojin.

Ela o encarou e deu um sorriso fazendo suas bochechas se encherem, talvez Miyeon tivesse razão, talvez ela devesse tentar de novo, pelo menos ele era atencioso, totalmente o contrário de Shuhua.

— Na real foi uma porcaria, mas agora até que melhorou um pouquinho. — Respondeu fazendo Hui corar no mesmo instante. — Tinha me esquecido como sua presença era tão reconfortante.

— Ah. — Murmurou de cabeça baixa, não queria que Soojin visse a coloração vermelha em suas bochechas. — Fico feliz em ouvir isso. E eu queria aproveitar o momento para te perguntar uma coisa. — Ele parou de fitar o chão e encarou a coreana de uma forma intensa, se aproximando aos poucos. Ao estar perto o suficiente agarrou gentilmente as mãos da garota. — Eu acho que nós...

A frase foi brutamente cortada por um estrondo, ao que parecia tiraram o dia para pular a janela de seu quarto. Ambos encararam a pessoa que se levantava do chão murmurando de dor.

— Essa sua janela é muito alta, Soojin. — A taiwanesa disparou ao finalmente ficar de pé. — A gente precisa conversar, eu sei que... — Ao fitar a namorada, quase não acreditou na cena à sua frente, olhou para o rapaz e logo em seguida para suas mãos, que agarravam as de Soojin.

Ao notar para onde os olhos da taiwanesa estavam focados, ela imediatamente se afastou do rapaz. Mas Shuhua já havia entendido tudo do jeito errado.

— Desculpa atrapalhar, já vou indo. — Se virou em direção à janela pronta para ir embora.

— Shu, espera. — Sua voz saiu um pouco fraca, quase que inaudível, mas ela esboçou um pequeno sorriso ao vê-la se virar.

— Você pode abrir a porta da frente para mim? Não acho que minha altura me permite sair pela janela. — Murmurou sem ao menos olhar para a coreana.

— Ah, claro. — Concordou desapontada e foi até o andar de baixo, sendo seguida pela taiwanesa. Ao abrir a porta nem teve tempo de dizer uma palavra, Shuhua passou por ela igual um foguete.

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