O por do sol e eu

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Nunca me contaram
Que o por do sol levaria o meu amor
Que a noite tocaria meu corpo frio
E que a gélida madrugada recolheria minhas lágrimas.
Nunca me disseram

Que ao crescer, perderia à alegria dos meus olhos
Que o sorriso dos meus lábios emudeceriam na vermelhidão do entardecer.
Procurei pelo brilho que havia no horizonte
Pela canção que meus ouvidos ouviam quando aqui meu amor estava.
Nunca me contaram

Que o buscaria nas flores secas que restaram em meu jardim.

Que o buscaria no cheiro de poeira molhada
Na cinza quente que preenche meu vazio.
O por do sol levou o meu amor...

Caminho na escuridão,
No frio da noite sem luar.
O entardecer faz morada em meu coração vazio, frio...

Nunca me contaram
Que viveria de contar todos as tardes o por do sol.
O vermelho que tinge às nuvens no horizonte
Tinge também, meu solitário coração.

Nunca me contaram...

Nunca me disseram

Nunca!

Maria Boaventura.

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