𝟎𝟏𝟖 - 𝑭𝒂𝒎𝒊́𝒍𝒊𝒂 𝑮𝒂𝒕𝒆𝒔

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ALERTA GATILHO. CONTEÚDO SENSÍVEL.

Segunda-feira, no período da tarde.

Hoje as penalizações foram mais simples, Tyler, Xavier e eu fizemos apenas a organização das bibliotecas principais. Os alunos geralmente iam às bibliotecas para dar uns "amassos", então os livros não estavam fora de seus lugares. Tyler retornou para a cantina para prestar suporte, então ficamos apenas Xavier e eu, a sós.

— Vou ao quarto da Bianca hoje. — diz Xavier, seco.

— Você precisa apoia-la nesse momento. — digo, desinteressada.

— Não quero que se aproxime do Tyler nesse período de luto, ok? — me íntima, autoritário. Eu até gostaria desse comportamento em outra ocasião, mas não gostei.

— Não fui clara o suficiente no peregrinos? — pergunto, cínica.

— Wandinha! Você está me enlouquecendo. — diz, bufando.

— Não sou eu quem faço as regras. — digo, me aproximando do mesmo, sem desviar o olhar. — Ou você acha que eu gosto de estar próxima de um monstro açougueiro de campistas? — digo sarcástica.

— Estou começando a pensar que sim. — diz, aborrecido, desviando seu olhar de mim.

— É, Xavier. — digo, querendo aborrecer-lhe ainda mais. — Talvez eu goste sim. — digo, sem saber se estou blefando ou sendo sincera.
Num piscar de olhos o mesmo se vira para mim e me puxa, mantendo nossos rostos tão próximos que qualquer movimento nos faria encostar os lábios. Xavier me pressionou contra uma das estantes de livros, fazendo com que eu não pudesse escapar facilmente.

— Eu não consigo... — diz, e força seus lábios contra os meus. Confusa empurro-o em uma tentativa de afasta-lo da qual eu falho.

— Xavier... — arfo, sufocada com sua proximidade. — Me solta... - O suplico.

O mesmo pressiona seus lábios contra os meus novamente, forçando seu corpo ainda mais contra mim. Tento sair de seus braços e logo ouço passos, sinto uma presença inabalável e uma voz que ecoa pela biblioteca.

— Ela te disse para soltar. — é a voz de Tyler, terrivelmente séria.

Xavier se assusta com a intimação do monstro e me larga, fazendo com que eu caía no chão.

— M-me desculpa, Wandinha. — diz Xavier, passando a mão em seus cabelos longos.
O artista sai andando apressadamente da biblioteca, sem dizer quaisquer coisa, parecendo envergonhado de suas atitudes. "Tyler era o monstro e Xavier que agia como tal", pensei enquanto me levantava do chão. Tyler caminhou lentamente em minha direção, com suas mãos dentro dos bolsos do moletom que levava no corpo. Tirou e trouxe a mão direita até meu rosto, passando pelo mesmo calmamente.

— Você está bem? — disse o monstro, parecendo emotivo com a situação.

— Você se importa? — pergunto, ríspida.

— Você nem imagina. — diz esboçando um pequeno sorriso de lábios fechados. Levou sua mão novamente ao bolso do moletom. — Me desculpa por isso.

— Não foi sua culpa. — digo, séria. — Você não tem nada a ver com isso. — Caminho até às escadas da biblioteca, me preparando para descê-las.

— Eu sei que você pensa que fui eu quem matei o metamorfo. — diz, me fazendo parar de caminhar. — E eu sei que por mais que você não confie em mim, eu só queria te dizer que não fui eu. — diz, sinto um misto de tristeza e sinceridade em sua voz.

Ignoro suas palavras e desço as escadas, abandonando-o no local.

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Segunda-feira, às 20 horas.

Estou sentada em minha mesa, lendo as páginas que escrevi dos sonhos de Xavier. A maior parte de seus sonhos era idêntica, ele sonhava que alguém estava sendo morto, estripado ou queimado, não havia muitos detalhes importantes que levassem a qualquer coisa.
Entretanto, um sonho me chamou atenção, era um sonho sobre a família Gates, ele sonhou estar na casa abandonada dos Gates, mas não haviam detalhes precisos sobre o sonho, ele não detalhou quaisquer acontecimentos sobre o mesmo. Como Laurel fora condenada a passar o restante de seus dias em uma camisa de força em algum manicômio estrangeiro, e, agora Tyler estava obcecado em matar apenas a minha sanidade mental, ignorei qualquer relação da família Gates com os acontecimentos recentes. Porém, eu sabia que não poderia me desligar de qualquer detalhe por menos importante que parecesse.
Quando estou prestes a me levantar da cadeira para ir até minha cama dormir, percebo que meus olhos escurecem e sinto a cadeira virar junto ao peso de meu corpo fazendo-me cair no chão. Estou prestes a ter uma visão.

VISÃO ON

Estou na casa da família Gates novamente, nada interessante acontece, não vejo nada que parecesse útil, mas ouço uma voz em minha cabeça.

— Wandinha. Os Gates são a resposta. — noto ser minha ancestral. Gooddy Addams.

— Pensei que você estava finalmente morta. — digo, irônica.

— Agora sou parte de você, Wandinha. — completa. — Siga minhas instruções. — ordena e percebo que estou sendo puxada de minha visão por alguém.

Tudo desaparece em um segundo.

VISÃO OFF

Abro meus olhos lentamente, minha visão clareia gradualmente e vejo Tyler e Xavier a me observarem preocupados agachados no chão, um pouco mais a frente a cadeira caída. Sinto uma dor em minha cabeça, como se fosse um galo, causado provavelmente pela queda.

— Precisamos ir à casa dos Gates. — digo, passando minha mão direita em meus cabelos.

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Votem bastante pessoal!
Se vocês já odiavam o Xavier, imagina depois desse capítulo...

𝙥𝙧𝙚𝙨𝙖𝙜𝙞𝙤 𝙙𝙞 𝙢𝙚𝙧𝙘𝙤𝙡𝙚𝙙𝙞́ - Tyler x Wandinha x XavierOnde histórias criam vida. Descubra agora