Capítulo 28

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Christopher= Pequena... – tirou-a do chão. – Mírame, corazón.

Dulce= Não é justo. – encostou o rosto ao dele. – Não é certo.

Christopher= Eu sei que não, eu também não acho. – caminhou com ela pelo corredor e a morena enlaçou as pernas em sua cintura. – Acha que eu não quero ir com vocês dois? Segurar a sua mão no avião, entrar com você em casa, te levar ao trabalho no primeiro dia?

Dulce= São muitas primeiras vezes sem você. – fungou. – Christopher, isso está me pegando de um jeito que...

Christopher= Me escute, amor.

Dulce= O que você fez por mim hoje... toda a festa, nossos amigos, nossa família, o vídeo... – deu um selinho nele. – Tem gente que passa a vida procurando um amor assim. E eu tenho que abrir mão do meu por um trabalho?

Christopher= Não está abrindo mão. – entrou no quarto com ela, o ambiente iluminado apenas pela luz do luar que entrava pela cortina aberta. – Eu não estou abrindo mão. Nós jamais faremos isso!
Dulce= Percebi o quanto quero você comigo. – ele a deitou na cama. – Não encontrei felicidade alguma, em canto algum, eu simplesmente a criei com você. Com você!

Christopher= E você acha que eu não sei? – acomodou-se sobre ela. – Todas as caronas para a MX juntos, horas intermináveis de reuniões e eu segurando aquela vontade louca de te beijar, de te dizer que queria muito mais do que ser o seu amigo. – beijou o rosto dela. – Monterrey foi apenas a desculpa ideal para algo que eu vinha imaginando sem parar.

Dulce= Te beijei de volta. – confessou espontaneamente. – Claro que eu te beijei de volta! Podia estar confusa, mas meus olhos já haviam gostado de você há muito tempo, e eu sabia que por dentro havia alguma coisa que me fazia querer chegar sempre um pouco mais perto.

Christopher= Já estávamos criando a nossa própria felicidade. E eu soube que era amor... – encostou os lábios aos dela. – Quando fiz isso.

Dulce= Assim tão pouco? – manteve os lábios encostando-se aos dele.

Christopher= Sim. Te sinto, te vejo, te percebo há léguas! – deslizou o polegar entre os lábios dela. – Não é preciso muito. Nossa história já estava destinada a ser nossa muito antes de você pisar nesse país. E se eu soubesse, teria ido te buscar no aeroporto.

Dulce= Por que sempre temos um aeroporto nos separando? – afastou as pernas e as enlaçou pela cintura do marido. – Cansei de aceitar que te tirem de mim.

Christopher= Prometo que será a última vez. – encarou-a. – A última vez que iremos em tempos separados, porque uma separação... não, isso já não é possível para nós.

Dulce= Te amo, cariño. – deslizou os dedos entre os cabelos bagunçados dele.

Christopher= Te amo, mi vida. – aproximou novamente os lábios.

Dulce= Hazme tuya. – mordeu o lábio inferior dele. – Toda la noche. – os olhos pararam contra os dele. – Quiero llenarme de ti.

Combustão. Pura reação exotérmica.

Tinham a fórmula perfeita para que ardessem naquele fogo que criavam sempre que estavam juntos.

Os lábios se misturaram naquela típica dança tão bem ensaiada, tão cheia de química e da facilidade que tinham para seduzir um ao outro.

As línguas se enroscaram, as mãos dela se perderam entre os cabelos dele; as dele passearam rapidamente pelo corpo dela.

Coordenados e experientes, sabiam cada detalhe do que viria, sabiam o que fazer, previam reações, aproveitavam o momento juntos; eram intensos.

Livrá-lo da roupa fora algo fácil, Dulce tinha tantos anos de prática com o marido, decorara cada reação e cada centímetro do corpo dele.

A Sósia - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora