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Era uma dor tão sufocante ver ele ali deitado e saber que nunca mais sentiarina seu toque, escutaria seus elogios quando acordar nem suas brincadeiras e piadas de péssimo gosto, a morte de Finn me destruiu de uma forma tão grande que eu tenho certeza que jamais vou superar, eu o perdi de forma brutal por um erro de outro ser humano ou devo o chamar de animal?

-Greg está na hora, precisamos levar o caixao!- Escutei Alicia com atenção e apenas concordei com a cabeça, ela fez sinal para que pudessem fechar o caixao e seguir para o cortejo e aos poucos a chuva que era fina e calma começa a se tornar em um temporal, vejo aos poucos todos sairem da sala da mansão e leve toque as minhas costas a qual de inicio não me importei em saber.
-eu nao vou conseguir!-Proferi ao ar e senti minhas pernas amolecer e serem amparadas por icaro a qual descobri  ser quem tocou em minhas costas- Icaro eu não  tenho forças para tal ato- voltei a dizer em lágrimas e fui prontamente acolhido em seus braços.
- Nos estaremos com você o tempo todo! Não o deixaremos sozinho em momento algum- e com essa promessa eu entrei no carro acompanhado dele e Alicia e seguimos ao local onde Finn seria enterrado. Assim que chegamos a chuva ainda não tinha dado sequer uma trégua e pude até mesmo rir nesse momento pois todos estavam com suas roupas pretas que esbajavam até mesmo um certo luxo e eu apenas de calça de moletom, jaqueta e chinelos , caminhei meio perdido entre todos até estar bem perto ao caixão, Alicia disse palavras lindas sobre o irmão e então chegou a minha vez, respirei fundo me aproximei bem mais dele e então disse meu último adeus, que ficou somente entre eu e o som da chuva, seu caixão foi baixando ao poucos e nesse momento  eu realmente entendi que não tinha mais volta! Então tudo que estava preso sai em um grito dolorido, grito esse que senti rasgar todo meu peito ou o que restou dele, meu Finn Estava realmente morto.

1 semana depois.

Hoje é a missa de sétimo dia, sete dias que se tornou uma eternidade uma tortura, tudo na casa me lembrava a ele por mais que o mesmo tenha feito tudo como eu desejava a casa era toda ele, da grama ao lustre, em momento alguma me passou uma vontade de vender a casa pois ela era meu xodo e a única lembrança viva de Finn e eu jamais iria fazer isso com algo que ele se doou tanto para me agradar. Assim que estava pronto sai em direção a igreja, seria a primeira vez que me veriam depois do enterro, já que dispensei todos os empregados a não ser os seguranças que mesmo dispensando não saíram e apenas seguiram a ordem de nao deixar ninguém entrar, uma semana a mansao toda fechada, telefones desligados so precisava de um tempo comigo mesmo.

-Sr Gregory- Me cumprimentou John, nosso motorista ao me ver.
-Ola John como esta?-Notei que ele me olhou com olhar triste, então acariciou seu ombro- Tudo voltará ao eixo e com o tempo nossa dor passará.
  E dessa forma seguimos até a igreja onde seria a missa, missa essa que eu nao queria, mas devido aos pais dele e demais pessoas achei que deveria ser feita, estava parado a porta em um misto de sentimentos, até escutar sua voz me dizendo para ser forte, voz essa que eu sabia ser apenas uma alucinação minha porém que me deu o start necessário, empurrei a porta com delicadeza e comecei a caminhar em direção aos primeiros bancos, nunca fui muito de ser o centro das atenção, e nesse momento era tudo que era, alguns olhares de pena, outros de solidariedade, tinham também os de surpresas.

- Oi- sussurrei ao lado de Alicia, a qual me abraçou ao mesmo instante.
- Eu te amo e não se isole nunca mais!- Foi a única coisa que ela disse seguida de mais um abraço e um apeto de mão vindo de icaro. A missa correu bem, ao final toda a família foi chamada ao altar, custei a subir porém sabia que era necessário por meus sogros e até mesmo por mim, e então abraços e palavras de carinhos encerraran a noite.

No caminho pra casa pensava o que eu iria fazer naquela casa sozinho, por mais que Alicia e meus sogros oferecerem que eu ficasse com eles não sentia que era isso o certo, precisava seguir com a vida e tudo que a minha foi destinado, não vi o momento exato so escutei John falar que tinham abandonado um cachorro a nossa frente, fiz o mesmo voltar e lá estava o coitadinho assustado.

-Ei campeão, quem tem coragem de deixar uma fofura dessa na rua?- ao mesmo momento aquela fofura late e senta, sai do carro e fui ao mesmo que começou a fazer uma festa era esse o seu destino o coloquei ao carro e seguimos a um veterinário e petshop, o carinha ganhou o nome strong, combinou com seu jeito Sapeca.

Semanas depois.

Havia tirado um tempo para viver o momento, era difícil não ter ele ali comigo não sabe que rumo tomar que caminho seguir, a empresa estava nas mãos de Alicia e Icaro nesse tempo porém precisa voltar não só por os mesmo terem seus editora como também eu tinha uma empresa a reger e suas filiais também. Já estava pronto a voltar nao tinha avisado ninguém apenas ia fazer  como sempre chegar e trabalhar, Eu nao era muito de dirigir porém sentia a vontade de ter algumas mudanças Finn tinha uma coleção de carros, eram suas preciosidades e bem hora de usar uma delas, havia um Aston martin de edição limitada que era sua paixão, e de certo modo estar dentro dele me deixava mais próximo ao meu amor, era de certa forma  divertido ver os olhares ao redor em ver um carro desses na rua.

~quebra de tempo ~

Estava no andar da sala que agora seria minha e nem sinal do casal de Castro, deviam estar resolvendo algo de sua empresa ou não chegaram, saio caminhando e ao parar na sala de reuniões encontro os dois sorrindo um ao outro enquanto trabalhavam.
-Vejo que a cumplicidade de vocês é inabalável!-  digo abrindo a porta e adentrando a mesma.
-Olha quem esta imponente novamente- fala icaro me dando um abraço como de um irmão.
- Nada que um Aston de aproximadamente quatro milhões não resolvam não é ? E a senhora como sempre invejável!- Abraço Alicia.
- O que um Louboutin não faz?- Alicia sempre foi uma mulher de arrancar olhares e suspiros dona de uma beleza única que foi apenas desenhada a ela e de uma personalidade marcante, sempre muito bem arrumada em seus saltos a perder de vista, já icaro era o tipo escritor sempre acompanhado por seu paletó e suas camisas de corte único, mais so quem o via em casa sabe que o mesmo corre o gramado descalço.
-Escuta vocês estão libertos- Falei rindo- Esse caos não pertence a vocês e acredito ter aprendido bem a como fazer isso andar aos eixos.

  Já era finalzinho de tarde quando os dois se foram passamos tempo com eles me atualizando sobre tudo para que dali em diante eu pudesse tocar tudo sozinho, não tinha entrado na sala de finn ainda e não tinha um horário melhor para isso, caminhei  até a porta e acabo rindo ao lembra que ele odiava a porta de vidro pois não dava para transar, na verdade a sua sala todo era de vidro.
-Voce sempre foi safado ou eu que me acostumei ?- Perguntei a mim mesmo e entrei, seu perfume ainda era bem forte na mesma o que me deu uma sensação de paz, em um canto de sua sala tinha um foto em tamanho real nossa, nunca havia reparado o tanto de porta retrato que ele tinha atrás de sua mesa a maioria eu tinha retirado de casa, fiquei mais um tempo na minha agora sala e logo desliguie tudo indo para casa.

Notas do autor

Essa é a minha primeira história,  alguns capítulos também estarão no sairia.

Um beijo.

Quando o sol nascerOnde histórias criam vida. Descubra agora