Com meus 10 anos eu ainda visitava quase todos os dias depois da escola aquele túnel. Ficava o encarando por horas, as vezes chamava pelo seu nome com a esperança de encontra-lo, mas sem sucesso, outras eu ficava conversando com o túnel e desabafava coisas do meu dia, como por exemplo eu ter uma irmãzinha ainda bebê, mas que fiquei com um pouco de ciúmes no início pela atenção, mas agora eu entendo que ela precisa de mais atenção, pois ela não sabia falar, nem comer sozinha. Apesar de tudo era um rotina que me fazia feliz. Quando comia meu bolinhos eu levava um para ele e quando eu voltava no dia seguinte já não tinha mais.
As vezes parecia que as lembranças daquele dia ficavam cada vez mais embaçada e eu lutava contra isso para que eu não o esquecesse. Tinha noites em que eu chorava ate secar todo o rio. As vezes tapava a boca, pois temia estra chorando alto. Dia seguinte procurei sobre o nome dele com autoridades locais, buscava entender os acontecimentos, mas já tinha esquecido o seu nome.
Hoje cada vez mais me perguntava se tinha sido apenas um sonho de infância aquele mundo dos espíritos. Meus pais diziam que eu era criativa e eu era muito sonhadora.
Eu só queria de alguma forma poder entrar sem ficar presa, mas eu temo tanto.
– Sou uma covarde! – Coloquei as mãos no meu rosto.
Um grupo de adolescentes curiosos da escola tentar explorar o lugar. Quando me viram ali sentada começaram a me chamar novamente de estranha, mas mesmo assim tento os impedir e vou atrás deles, mas não acreditam em mim. Quando chegamos ao final e encontramos as montanhas e aquela cidade perdida a alguns segundos de nós eu começo a não acreditar que eu tinha entrado finalmente, mas entro em pânico quando vejo o sol e pondo. Nenhum deles queriam sair dali. Aquele elástico rosa que até hoje nunca se mostrado mágica, até o momento, se soltou do meu cabelo e começou a dar choque em todos que ali estavam, fazendo eles levarem um susto e saírem correndo e conseguem fugir. Quando eu corro eu sinto uma força me puxado, me esforço ao máximo e deixo a xuxinha para trás e corro. Ao chegar ao final do túnel percebo que tinha esquecido da minha xuxinha, mas ainda não estava de noite. Eu queria recuperar porque me fazia ligada ainda aquele mundo, de alguma forma.
Respiro fundo e enfrento novamente o túnel.Sabiamos que iriamos te atrair até aqui
Eram monstros disfarçados de adolescentes.Do outro lado da ponte via a silhueta de alguém que parecia ser o Haku segurando a minha xuxinha na mão.
– Haku? Exclamei com emoção. Passa na minha cabeça um um flash de lembranças de como nos conhecemos.
Meus cabelos voavam contra os ventos o que me fazia ter dúvida do que eu estava enxergando era real.– A xuxinha te protegeu daqueles monstros – dizia ele sereno – O que faz aqui?
– Hakuu! – Meus olhos se encheram de lágrimas.
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A busca de Chihiro
FantasyChihiro, se tornou ainda mais corajosa e determinada. Agora ao 13 anos ela vai em busca de respostas e dos mistérios que ainda a rondam e não foram explicados.