08:46 AM.
20 de dezembro de 2026.
Silêncio... Era o que tomava conta do quarto, (que até agora não fazia ideia de quem era) estava puto com a garota a minha frente que não tinha nem por que mentir dizendo que era uma "garotinha", ela já tinha 22 anos e era uma verdadeira viciada.
-Olha... Eu só vou pergunta uma vez Marinna.- Digo vidrando o olhar no rosto da mesma que não demonstra nenhuma reação ou culpa no rosto.- Essa droga era de quem ?- Pergunto grosseiro apertando a minha mão debaixo do lençol. Tinha medo da resposta, eu confesso.
Silêncio...
De novo um silêncio estranho, teve alguns suspiros da parte da garota, mas nenhuma palavra. Ela parecia processar as palavras certas... A resposta certa e verdadeira. Sem ocultamentos e mentiras.
-Bem.- Ela fala - Ele era o cliente VIP do quarto 160, aí eu soube que antes de ele descer lá para parte de baixo, aonde fica a festa, ele tinha passado no quarto e deixado duas malas de drogas e três com mais de 4.000 Bilhões de dólares e dinheiro branco, era tudo em espécie.- Ela fala por breves segundos, sem nenhum arrependimento e uma expressão meio caótica no rosto.
Suspiro de raiva.
—Porra.. cê me meteu em merda de novo né sua filha da puta?– perguntei tocando minha testa com meu indicador, tentei massagear os lados da minha cabeça para ver se aliviaria a dor.
Cliente, roubo... Aquilo foi realmente um roubo. Pior do que simplesmente aparecer com 30kg de drogas do nada. Ela roubou.
—Marinna, hoje vai ser minha última noite aqui.–Falei sem rodeios nenhum enquanto bocejei. Já tinha esquecido que segurava uma certa quantia debaixo do lençol grosso e eu estava vestido. Alguém me limpou antes de sair.
—O que?–Ouvi ela me tira dos meus pensamentos, olhei para a mulher e vi uma expressão que no fundo, me assustou. —Por que vc vai sair ?– Aproximou o rosto do meu e sua pupila dilatou naqueles olhos castanhos.
—Voce tá drogada ??–Perguntei inacreditado por tal ousadia, uma risada forçada e breve saiu da minha garganta seca.
—Não.–Ela respondeu, mas parecia que ela realmente não estava drogada, ou ela só estava chapada demais pra me deixar vazar. —Você não vai vazar depois que a merda foi feita! A gente tá nessa juntos!
Ela afirmou apontado bem na minha testa, eu franziu a testa me irritando com aquilo, depois da merda ser feita ela quer vim com esse papo de nós?
—Nos só existia dentro do trabalho, você roubou, você é a viciada! Eu tô limpo já faz mais de quatro meses, diferente de você que mal saiu da reabilitação e já tá se drogando de novo!–Eu senti a força daquelas palavras, aquilo doeu em mim, mas eu tenho certeza que ela esqueceria logo, ela sempre deixa claro que não segue conselhos de ninguém, por que ela seguiria um meu?
—Seu cuzão!! ARROMBANDO! DESGRAÇADO!–A morena surta, ela simplesmente tenta me arranhar e deferir tapas no meu rosto, ela parecia fora de si, só pelo fato de eu citar minha saída.
—Marinna! Marinna para!– eu ainda estava baqueado, me sentia zonzo e com dor de cabeça forte, alguns arranhões pegam em meu pescoço, fazendo arder. —Eu apareço pro cliente hoje, mas depois disso acabou!
Afirmei firme, mas sem saber que aquela resposta faria minha vida revirar de várias formas diferentes.
Marinna sai do quarto respirando fundo, passou a mão pelos fios bagunçados e limpou a maquiagem borrada, saiu com a desculpa de que avisaria o cliente sobre minha aparição no lugar de encontro, deixei claro que não teria golpe, roubo, ou algo do tipo, afinal, com o dinheiro da última foda eu conseguiria pagar dois alugueis e minha mensalidade, uma quantia tão grande por uma foda de uma noite me deixou com uma pulga atrás da orelha, mas decidi que não iria cavulcat nada, não agora.
—
Oi nericos e nericas, i'm come back :3
