08 - Alex Spanos

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Alex Spanos

Hoje acordei mais cedo, resolvi que esta na hora de investir na enfermeira nova, ela é linda e pelo que ela disse não é daqui e veio a trabalho, o que me faz acreditar que ela não está aqui para se aventurar. E essa minha vida de mulherengo está na hora de acabar, meus pais estão começando a encher o saco com essa história de ter que arrumar família e assumir os "Negócios", que não faço questão nenhuma de me envolver, e nem quero considerar em trabalhar com os negócios da família, estou muito satisfeito com o que eu faço. A Família Spanos no sul da Grécia tem muita influência em certos negócios que não quero fazer parte, para o desespero do meu pai.

Cheguei no hospital e procuro pela enfermeira, na expectativa que ela aceite tomar um café rápido comigo, imagino que ela esteja cansada do plantão de ontem, mais não a encontrei no setor dela, sendo que cheguei cedo achei estranho, então tomarei meu café, mais sei que semana que vem encontro ela.

Enquanto pego meu celular já com um copo de café na mão, esbarro em alguém e nos sujamos...

— Jesus, desculpa... — Ora, ora olha só quem achei, agora você não me escapa!!!

— Oi bom dia Caroline não é? — Ela tenta se limpar esfregando a mão na roupa.

— Oi, bom dia! É CarolinA, mas pode me chamar de Carol, desculpa mesmo pelo acidente, não estava prestando atenção, sai correndo do setor e tenho um compromisso agora pela manhã. — Ela estava com a sobrancelha franzida.

— Tudo bem, aceito seu telefone como forma de pedido de desculpa e claro se aceitar tomar um café comigo. — Ela me olhou em dúvida e emendei. — Sem segundas intenções, aceita?

— Tudo bem, aceito mais sem outras intenções, não quero complicações de relacionamento. — Ela, tenta se afastar e a acompanho devagar.

— Ok, quando é o seu próximo plantão, podemos marcar para esse fim de semana, num dia da sua folga! — Ela suspirou derrotada.

— Tudo bem no sábado, porque no domingo tenho outras coisas para fazer. — Ela começa a andar, mas rápido e tento pegar o telefone dela.

— Combinamos pelo telefone, tudo bem? — Ela me diz e passa o seu contato sem muita demora.

— Sim, tudo bem, agora tenho que ir, estão me aguardando, bom dia para você e bom trabalho.

Vejo-a se afastando e fico curioso para saber quem a estava aguardando, então faço o que fui treinado para fazer, seguir sem ser notado, tudo bem aprendi muitas mais coisas que isso, mas só quero saber com quem ela sairá, me julguem por isso.

Fico olhando ela pela janela da cafeteria do hospital que dá em direção do estacionamento e a vejo entrar em carro esportivo branco, um homem abre a porta para ela e lhe dá um abraço e um beijo na testa bem carinhoso, e partem.

Sigo andando e pensando como farei para ter uma chance com aquela linda mulher, investigarei e saber quem é aquele idiota que estava sendo tão íntimo.

Não queria usar os métodos da minha família, mas é mais rápido e não posso perder muito tempo, não quero correr o risco que a Carolina se apaixone por aquele mané.

Será que ela se interessou nele devido a dinheiro, aquele carro é bem caro, paro de criar teorias e ligarei para meu pai e pedir ajuda, já pego o telefone e começo a discar, ele atende logo.

— Bom dia, Pai, tudo bem? — Espero para ouvir, porque sei que vem um sermão.

— Bom dia, filho, tudo bem por aqui, só sua mãe que está com saudades e quer que você volte, já está mesmo na hora de você retornar, preciso descansar e sua irmã não pode assumir os negócios da família, mais sei que você não me ligou para falar disso não é? — Respiro fundo, praticamente para não ter que entrar nesse assunto.

— Mais ou menos pai, conheci uma pessoa e talvez ela seja a esposa certa, mais hoje a vi entrando em um carro esportivo e preciso investigar, preciso de alguém de nossa confiança para fazer isso, pode me ajudar? — Penso no meu amigo, mas acho que ele continua fazendo algum serviço para meu pai.

— Claro filho vou enviar Demétrius, mas não falarei nada para sua mãe, vai que a moça seja comprometida, mas boa sorte, espero que dê certo e você volte logo, estou cansado, e quero descansar e deixar meu herdeiro na frente de tudo. — Meu pai começa a mesma ladainha de sempre com essa história de querer me passar o cargo de chefe da família, eu não quero me envolver com os negócios.

— Pai, o senhor sabe que não quero assumir os negócios, quero uma vida calma e tranquila, não quero ter que me preocupar com a família rival de que machuquem alguém que ame, isso não é para mim! — Meu pai bufa do outro lado da linha.

— Tudo bem Alex Spanos, mais cedo ou mais tarde o dever irá lhe obrigar a voltar, encerremos essa discussão agora, enviarei Demétrius até você, ele irá direto para o apartamento, até logo e ligue para sua mãe ela esta com saudades de você. — Ele desliga realmente a ligação sem me dar a chance de dizer pelo meno um até logo.

Amo meus pais, sempre que nos falamos é a mesma discussão e como minha irmã não pode assumir, sobrou para mim esse fardo, o quanto eu puder adiar adiarei, só me resta agora esperar o Demétrius chegar, então trabalharei que é!

O decorrer do dia foi tranquilo, tive algumas reuniões com o secretário de saúde, que insiste em me dizer que um prego deve valer mais de meio milhão, não consigo me acostumar como os brasileiros são tão desonestos e acham jeito para roubar verba da saúde de qualquer forma.

Não que nos gregos sejamos santos e não roubamos, mais as coisas funcionam diferente, enfim, passei o caso para a diretora do hospital e que eles resolvam isso.

No final do meu expediente recebi a ligação que o jatinho trazendo Demétrius havia pousado, e aviso dizendo que vou buscá-lo, arrumo minhas coisas e pego a pasta que tem as folhas de admissão da carolina para que ele comece as investigações.

Atravesso os portões de acesso particular e dou de cara com aquele idiota sentado na escada da aeronave, não o via há meses, ele é meu amigo estudamos juntos e quando um acidente de carro matou os pais dele eu pedi aos meus pais que cuidassem dele, e foi isso que aconteceu, meus pais financiaram todo seu estudo e ele acabou entrando nos negócios, posso dizer que ele é meu braço direito, mas mesmo assim deve estar me xingando muito pelo meu atraso.

— O que foi idiota está cansado é? — Vou em direção a ele e o abraço.

— Venho te ajudar e sou chamado de idiota, vou falar para titia isso, estava com saudades não é confessa! — Ele tenta me socar, mas desvio dele e o acerto no ombro.

— Você não faz ideia, tem dias que quero ir embora, mais me lembro o que me espera e desisto, vamos para o apartamento e lá te deixo por dentro da situação. — O levo até o meu carro.

Vamos rindo o percurso todo, o caminho é meio longo e ainda tem um engarrafamento, então já entrego a pasta para meu amigo e digo o que esta acontecendo.

— Não acredito que o herdeiro, Alex Spanos, não conseguiu conquistar uma mulher e precisa de mim. — Ele começa a gargalhar da minha cara.

— Claro que não é isso, eu a vi entrando em um carro e quero saber tudo dela, quem é o cara do carro, porque veio para o Rio, me interessei a ponto de fazer dela minha esposa e talvez a esposa do chefe da máfia grega. — Meu amigo larga a pasta e me olha surpreso.

— Então você planeja voltar e assumir seu lugar de direito? — Solto um suspiro pesado e continuo dirigindo.

— Se eu pudesse realmente fugir dessa obrigação eu fugiria, mais sei que meu pai jamais irá fazer Selma capo, é meu dever proteger e zelar pela família, quero muito que você seja meu conselheiro, sabe que não quero que meu pai saiba da minha decisão, planejo voltar caso a Carolina me aceite como marido. — Falo para ele meus planos.

— Irmão para mim é uma honrar ser seu braço direito, vou pesquisar isso para você, não se preocupe, isso já está feito. — Ele fala com certo entusiasmo sacudindo o arquivo no ar.

Sorrio para ele, e seguimos nosso caminho, ele me conta tudo o que esta fazendo, e o deixo descansar por que a semana para ele será longa.

AMOR, INSANO AMOR (Livro 01) "AMAZON"Onde histórias criam vida. Descubra agora