3/5 FIM
RAFAELLA
Acordei na manhã seguinte, quase não tão manhã assim. Já passava das nove.
Gizelly e eu fomos dormir assim que o sol apareceu. Exaustas e relaxadas. Foi uma noite incrível, até mais do que as outras, desde que chegamos aqui. Foi uma madrugada de descobertas, e eu estava satisfeita com isso. Havíamos avançado mais uma etapa de nossas vidas juntas. Quando achávamos que não havia mais o que descobrir uma da outra, fomos surpreendidas por nós mesmas numa conversa que tivemos assim que deitamos.
Gizelly me contou sobre o que gostaria de fazermos juntas, e eu também disse à ela. E em comum acordo, satisfazemos os desejos uma da outra. E foi gostoso essa experiência, pois consumir nossas vontades com quem amamos, passa a ser ainda mais prazeroso. Em todos os sentidos.
Me expreguicei ainda na cama, alcançando meu óculos na mesinha ao lado. Gizelly ainda dormia. Então me virei, e comecei a distribuir beijinhos em sua nuca, na intenção de acorda-la.
- Baby?- Chamei em um sussurro para não assusta-la, e ela apenas se virou para o outro lado. Então adentrei com minha mão em sua camisa, arranhando as unhas em sua costa. - Neném acorda! Vai dar dez horas...- Tentei mais uma vez e nada. - Gi?-
- Hum?-
- Acorda!- Meu pedido manhoso a fez se virar, abraçado minha cintura. Porém ainda de preguiça. - Ei?- Chamei pela última vez, retirando os cabelos de seu rosto, e ela então abriu os olhos. - Vamos?-
Após alguns minutos ainda deitadas, rindo de sua preguiça, conseguimos levantar. Fizemos nossa higiene e tomamos um banho quentinho. Não chovia lá fora, mas o frio ainda se fazia presente. Gizelly estava se secando, enquanto eu ainda de roupão, passava meu creme corporal. Ela logo entrou no quarto.
- Bê, me leva pra rua hoje?-
- Fora da fazenda?- Sua pergunta me fez assentir, indo separar minha roupa. - Ué, eu levo, minha vida! Pra onde você quiser.-
- Então podemos fazer uma refeição completa?-
Ela franziu o cenho, voltando a me encarar.
- café, almoço e janta?-
- Sim!-
- Você realmente enjoou de carne vermelha em.-
- Não é isso... Quer dizer, também... Mas quero comer algo diferente hoje.-
- Podemos ir aos lugares que as meninas nos sugeriram.-
- Pode ser!- Respondi por fim e segui para o banheiro atrás das minhas maquiagens.
Retirei o óculos, afim de pôr minhas lentes.
Porém quando terminei de coloca-las, e automaticamente piscar os olhos para que elas encaixassem em minhas iris, ainda diante do espelho, de forma involuntária encarei meu reflexo, reparando na marca roxa em meu pescoço. Eu já havia visto outras marcas assim em meu abdome e seios. No entanto não repreendi minha esposa, pois era só colocar uma blusa qualquer e tudo esconderia. Mas no pescoço, comecei a me preocupar. Logo voltei para o quarto, indo em direção a minha mala.
- O que houve? Vai trocar a roupa?-
- Você fez o favor de me marcar toda. Nem sei se tenho alguma blusa aqui de gola alta.-
- Deixa eu ver.- Com seu pedido, ainda agachada, virei o pescoço dando-a a chance de visualizar a marca. - Nem está tanto assim, bebê.-
- Como não?-