Vida, minha filha.
Alexia Marie Flores Siqueira. Minha pequena florzinha.
── Fala tu, menor! ── Maycon aparece no quarto e minha bebê começa a chorar ── Porra vida, ela tá dormindo?
── Ela tava. ── resmungo e pego minha bebê no colo ── Mamãe tá aqui, já passou.
── Me dá ela aqui. ── ele pede.
── Depois do seu banho. ── dou a condição e ele resmunga caminhando para o banheiro batendo o pé.
Rir baixinho e logo minha pitchuca para de chorar. Alexia chora mais a noite, é quando a cólica ataca ela. Já perdi as contas de quantas vezes chorei juntamente a ela.
── O restaurante fica pronto amanhã. ── Maycon avisa e brilho por dentro.
Falta pouco pra eu terminar minha faculdade, mas me deu a loucura de abrir o restaurante quando estava de oito meses.
── Que bom. ── murmúrio feliz e Maycon sorrir junto beijando minha boca rapidamente.
── Da a minha filha aí. ── diz quando já estava deitado ao meu lado.
── Tó, o meu grudinho. ── entrego com cuidado a pequena que fica deitada perfeitamente no peitoral do homem.
Analiso a cena em êxtase, Maycon faz carinho no rosto da pequena enquanto a mesma está de olhos fechados dormindo seu sono serenamente.
── Te amo, parda. ── ele diz e o encaro.
── Também te amo. ── falo simplesmente e suspiro sabendo que realmente o amo.
🍭
── A molho já tá saindo? ── questiono a Jessica que mexe o molho e tomate freneticamente.
── Já sim, chefe. ── ela responde e concordo.
Analiso as cinco pessoas que trabalham juntamente a mim, são cinco na cozinha, três de garçom e dois no caixa. Meu restaurante tá uma loucura!
Saio da cozinha e caminho até a sacada do restaurante.
── Dona Athena , vim te fazer um pedido. ── escuto a voz masculina e encaro Gustavo, ele fica na parte do atendimento.
── Pode falar, Gu. ── ele me analisa e coça a cabeça.
── A minha mãe tá desempregada, e ela sabe fazer uma faxina fora do normal. ── rir discretamente pelo seu jeito de fala.
── Ela pode vir aqui amanhã, converso com ela. ── ele sorrir e me abraça.
── Obrigado, Athena. ── ele agradece e o abraço de volta.
Escuto o barulho de tosse e me afasto. Encaro Maycon que está parado na nossa frente de braços cruzados.
── Ah, pode ir Gu. ── falo e ele se afasta.
Analiso os olhos escuros do meu marido e olho pra sua mão que está fechada em punho. Pronta pra um soco.
── Oi...
── Não. ── estende o dedo indicador pra cima indicando o silêncio ── O nome do maluco é Gustavo e tu chamando ele de Gu? ── pergunta e se aproxima cautelosamente.
Dou dois passos pra trás que são o suficiente pra e encostar na grade.
── Tu ainda abraça ele, Athena. ── questiona e sinto meus olhos encherem de lágrimas.
── Maycon...
── Eu prometi não te bater, vou cumprir com isso. ── segura meu queixo com a mão ── Mas oque é teu tá guardado. ── sussurra e solta meu rosto fazendo ele virar pro lado.
Olho para o céu enxergando a lua brilhar freneticamente. Lua cheia.
── Como tá o trampo? ── pergunta agora manso.
Segura meu queixo com carinho desta vez.
── Tá indo bem. ── minha voz sai embargada e ele sorrir de lado beijando minha boca.
Sua mão aperta minha nuca e puxa meu cabelo para baixo, não pra doer, pra fazer eu gostar da sensação.
── Que bom, amor. ── sussurra e beija meu pescoço.
🍭
── Cheguei! ── falo entrando em casa.
Estranho o silêncio, mas logo lembro que Alexia pode estar dormindo.
Subo as escadas de casa e caminho até meu quarto, entro no closet e tiro a jaqueta a pendurando. Tiro meu tênis e já o deixo no local certo, Maycon odeia bagunça.
── Oi, amor. ── falo vendo o homem deitado na cama com o peito descoberto ── Cadê a Alexia.
── Dormindo, vai tomar banho. ── ele manda e obedeço.
Tomei um banho tranquilo e calmo. Saio do banheiro já com meu pijama.
── Meus seios estão cheios. ── resmungo e caminho até a porta querendo ir até o quarto da pequena.
── Ela não tá no quarto dela. ── Maycon diz e paro me virando na sua direção.
── Ela não tá dormindo? ── pergunto confusa.
── Tá, mas não em casa. ── ele diz e começo a me estressar.
── Você levou a minha fil...
── Nossa, filha. ── corrige e se senta na cama.
── Aonde ela tá? ── perunto irritada.
── É segredo. ─ põe o dedo indicador nos lábios.
── Maycon...
── Vem aqui, amor. ── bate na cama e continuo parada.
── Cade. A. Minha. Filha? ── falo lentamente e escuto seu suspiro impaciente.
── Eu prometi não te bater, mas tu mereceu um castigo hoje, Athena.
── Só por que eu abracei o menino?
── Não me lembra desses bagulho, fazendo favor.
── Eu quero a Alexia, Maycon. ── falo firme mas sentindo uma vontade imensa de chorar.
── Teu castigo é ficar sem ela. ── diz simples e deixo a primeira lágrima cair ── Não chora, amo. ── se levanta.
── Eu quero a minha filha. ── falo chorando e sinto seus braços ao meu redor ── Maycon... ── tento me afastar e ele me aperta mais ── A Alexia...
── Tu pediu por isso. ── ele sussurra no meu ouvido.
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A Cara Do Crime
FanficEla fala que quer crime e eu sou criminoso Ela é da Zona Sul e eu sou cria do Rodo Ela fala que me ama, mas não me engana Que vagabundo nato não se apaixona Mas se for um lance é o bicho Pode fuder comigo que eu vou fuder contigo Tesão com perigo