17. Primeiro Turno

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Oi, amores. Feliz carnaval! Espero que gostem desse capítulo e não se esqueçam da minha nova fic que será lançada após o término dessa. O nome é "Em nome da Lei" e vocês conseguem achar no meu perfil.

 Mas e aí, quem vocês acham que está tentando matar as STs?

 Aproveitem a leitura. Bjs!

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 O corredor largo da emissora parecia estreito. Os poucos metros que me separavam de Simone pareciam quilômetros. Quanto mais eu corria, mais distante parecia estar. Não consegui alcançar Simone.

 Antes de entrar no camarim de Botelho, ainda abrindo a porta, ela me olhou firmemente nos olhos, como se estivesse dizendo "Vai ficar tudo bem. Eu vou resolver!". Não ficou nada bem e as coisas só pioraram.

 Ela entrou no pequeno cômodo transtornada, procurando por César. O camarim de Botelho era o último do corredor, ficando perto da sala onde os jornalistas assistiam ao debate. Não demorou muito para que tentassem se aproximar para entenderem que gritaria era aquela.

 Gleisi, Janja e Leila cercaram o corredor, impossibilitando a passagem de terceiros, principalmente de jornalistas.

 Dentro do camarim havia uma Simone enfurecida, uma Soraya sem saber o que fazer, uma Marina tentando segurar Simone e toda a equipe de Botelho espantada.

- Foi você, não foi? – Simone gritou, apontando o dedo na cara de César. – Eu vou te arrebentar, seu moleque! – deu um passo para a frente e foi aí que reagi, puxando-a para trás.

- Amor, para com isso! – falei baixinho ao pé de seu ouvido. – Acalme-se! – ela não cedeu, puxou os braços para frente, afastando-se de mim.

 Percebi que ela respirou fundo, alisou o vestido, arrumou o cabelo e falou:

- Isso não vai ficar assim, César. Não vai! – franziu a testa. – E que isso sirva para você também, Botelho. Uma hora a casa vai cair! – saiu do camarim ainda com a cara fechada.

 Engoli seco e abri a porta, saindo logo depois de Marina. Antes de sair por completo, César me provocou:

- Esqueceu de pagar a terapia da sua candidata, Soraya! – riu debochado junto com Botelho.

 Uma raiva tremenda subiu pelo meu corpo. Meu sangue gelou e eu só consegui responde-lo dando o dedo do meio.

 Voltei para o camarim de Simone, sendo amparada por Marina e Janja. Todos ali perceberam que eu não estava bem. Primeiro, porque não queria que Simone jogasse fora sua candidatura por minha causa; Segundo, porque poderíamos ter cavado nossa própria cova, enfrentando Botelho e César; Terceiro, a mídia provavelmente já estava sabendo e logo mais isso viria à tona, de maneira distorcida.

 Eu só queria sentar em um canto e chorar. O clima ficou pesado, minha respiração ficou ofegante, minha visão turva e minha cabeça parecia estar dormente. Eu sentia ódio nessa hora. Não de Simone, nem de César e Botelho. Sentia ódio de mim mesma. Sentia-me uma fracassada por não conseguir resolver meus problemas e comprometer quem eu amava.

 Janja me trouxe uma xícara de chá gelado para tentar me acalmar.

- Cadê a Simone? – perguntei após dar um gole no chá. – Não era para ela estar aqui no camarim?

- Gleisi a levou para fora do estúdio. – Dilma respondeu-me. – Ela precisava se acalmar. Na situação que ela estava, corria risco até de bater no César.

- Eu sei, eu consegui ver a raiva nos olhos dela. – respondi.

- Mas que bom que tudo deu certo, não é? – Marina positivou a situação. – O importante é o debate, o que aconteceu nos bastidores não vai ao ar.

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⏰ Última atualização: Feb 19, 2023 ⏰

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