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Abuso sexual
Violência doméstica
Brigas sangrentas
Linguagem explícita
Tortura

Boa leitura

Minha vida era conturbada e um tanto estranha. Quando você lê histórias que tem violência doméstica, você vê o pai sendo o abusador. No meu caso, era minha mãe.

Depois que meu irmão nasceu, ela ficou maluca. Agredia a mim e a meu pai. Eu e ele protegíamos meu irmão a todo custo. Até conseguimos colocar ela no hospício, mais ela foi libertada meses depois, por falta de medicamentos e provas que ela realmente estava louca.

Não podíamos fazer mais nada, já que, ela nós ameaçou, dizendo que mataria meu irmão se tentássemos mais algo contra ela

Meu pai era um homem carinhoso e pacífico. Ele é mais forte que minha mãe, só que ele não tem mais forças pra enfrentá-la. Então sofria junto comigo

Numa noite, eu voltava do trabalho. Eu tinha 20 anos e estava começando meu curso de fotografia. Não que eu gostasse, mais era tão bom quando tirava fotos que eu decidi investir na carreira de fotógrafo.

Eu tinha acabado de fechar a loja em que eu trabalhava. Estava tarde e eu voltava sozinho. Para encurtar caminho passei por um beco abandonado que tinha por ali. Mais foi a pior escolha da minha vida. Pelo menos algo bom disso, foi minha filha, Lily

Enquanto eu andava, um homem, de aparentemente 37 ou 38 anos, chegou perto de mim. De início ele queria uma informação, mais depôs, foi bem pior.

Ele me agarrou pelos braços e me prendeu na parede. Com uma mão ele apertava meus braços a cima do meu corpo e com a outra, ele começava a retirar minhas roupas. Eu me debatia, chorava, gritava, mais não havia ninguém lá. Afinal era um beco abandonado, ninguém mais passava por ali.

- Ninguém pode te ouvir gracinha, ninguém vai te ajudar - seu sorriso era malicioso e debochado, eu soquei o seu saco e ele me soltou, grunhindo de dor. Eu tentei correr, mais ele agarrou minhas pernas e me prendeu no chão gelado.

Depois ele abusou de mim, e foi embora logo depois, rindo como se não tivesse feito nada. Procurei por minhas roupas e as vesti rapidamente. Eu estava todo machucado e eu chorava. Foi horrível e eu não pude fazer nada para impedi-lo. Os machucados que eu já tinha e que minha própria mãe havia feito em mim, se abriram com a surra que esse homem me deu enquanto abusava de mim. Peguei o meu telefone e liguei para meu pai

- Filho? Onde está? O que aconteceu? Já terminou no trabalho? - Ele sussurrava tudo aparentemente para minha mãe não ouvir

- Pai... - Eu não conseguia formar uma frase se quer, eu chorava tanto que era difícil de falar

- Félix o que aconteceu filho? Onde você está?

- E-eu estava voltando do trabalho q-quando... Q-quando - Eu não conseguia terminar a frase

- Me diga onde você está que eu vou imediatamente buscar você - Ouvi barulhos de passos, meu irmãozinho chorando baixinho, aparentemente por ter sido acordado, um barulho de chaves e a porta da casa fechando

- M-mais e a mamãe?

- Ela está em sono profundo. Bebeu tanto que duvido que acorde tão cedo - Suspirou - me diga onde você está filho

- N-no beco abandonado - Meu choro estava se intensificando. Eu sentei no chão e abracei minhas pernas

- Por que está ai filho? - Ouvi o carro ser ligado e logo o barulho do automóvel andando ecoou pelos meus ouvidos, através do celular

- E-u queria e-encurtar caminho - sussurrei com medo de algo que não sabia do que

- Já estou a caminho. Não se preocupe, já estou chegando - Nisso a ligação foi encerrada. Com meus dois braços abracei minha pernas e chorei por longos minutos, até ouvir a voz do meu pai

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