◽ Violleta MorettiTenho que admitir que embora esse noivado não seja da minha vontade, Nádia fez um ótimo trabalho. Tudo parece ter sido feito para mim e Joe.
Os membros da máfia já estão presente, inclusive o capo da Ndrangheta, Marcus Portella.
Sua presença não me agrada nem um pouco.
— E então, me diga se gostou!
Nádia aparece por trás de mim, me despertando do meu pequeno mundo.
— Está lindo, Nádia... tudo perfeito. Eu amei.
— Não fiz nada além do meu trabalho, Joe me pagou caro por tudo.
Dou risada, vendo ele conversando com alguns subordinados, rindo tranquilamente.
— Espero que tudo dê certo com vocês.
Dou de ombros, virando minha décima taça de martíni.
— Me concede uma dança, senhorita Salvatore? — Mattia oferece a mão para Nádia e eu empurro ela.
— Claro, senhor Ferrari.
E eles seguem até a pista de dança, me deixando sozinha com meus piores pensamentos.
Não consigo pensar na minha irmã envolvida com alguém como o Marcus, simplesmente me sinto enjoada, chega a ser repugnante.
Sinto suas mãos na minha cintura, olho para trás e vejo Joe encarando a pista de dança.
Ele fica sério.
— Não acha essa proximidade intrigante? — pergunta.
— Não acho. Eles formam um belo casal.
Ele revira os olhos. Joe Salvatore com ciúme da irmã é algo novo, algo estupidamente engraçado.
— Gino já apareceu?
— Acabou de se pronunciar aos membros e veio acompanhando.
Me viro e encaro ele.
— Como assim, acompanhado?
A música volta a tocar após uma pequena pausa.
E então, diante do salão e perante a todos do jantar, meu amado pai dança com sua acompanhante; Beatrice Conti.
— Venha.
Meu noivo me estende a mão, sorrindo para mim.
— Vamos mostrar a eles o que é dançar. — Olho para a pista de dança — Somos o centro da atenção essa noite, querida.
Seguro sua mão e seguimos até a pista.
— Consegue sentir?
— Sentir o que? — pergunto, segurando na sua mão, sinto a suas no meu quadril, me girando pelo salão com sua dança elegante. — Suas mãos em lugares sugestivos?
Ele sorri, o sorriso cafajeste mais lindo que já vi.
— Posso tocar em lugares ainda mais sugestivos.
— Não será a primeira vez, senhor Salvatore.
Joe arqueou a sobrancelha, me inclinando de repente, sua boca fica a centímetros da minha.
— Isso é um convite, senhorita Moretti?
— Quem sabe, podemos tentar improvisar. — sorrio de lado quando ele me pega no colo, me girando pelo salão. — O senhor é sempre tão imprevisível.
Coloco a mão no rosto dele, quando ele me inclina, chamando atenção de todos, que agora admiram os noivos e anfitriões da noite.
— Violleta. — ele me inclina, passo as mãos nas minha pernas, indo até os meus seios e subindo até terminar o movimento no topo da cabeça, Joe segue meus movimentos com suas mãos precisas.
Mais uma vez, me surpreendi por ele dançar tão bem.
— Você está tão sexy assim. — sussurra na minha orelha. — Não faz ideia do que faria agora se estivéssemos a sós.
Os aplausos me despertam, sinto ele me colocando de pé, no exato momento que o garçom passa servindo champanhe, vou até ele e pego duas taças.
Quando retorno, meu noivo já está ocupado demais para mim.
Vou na direção de Lorenzo e entrego uma das taças a ele.
— Admirando a felicidade alheia? — pergunto, quando noto seu olhar em Nádia e Mattia, que não se desgrudaram desde a primeira dança.
— Não consigo entender o que ela viu nele. — ele bebe a champanhe.
Dou de ombros, virando a taça e pegando outra.
— Ele é um gostoso. — Digo, calma. — Mas isso não vem ao caso. — Se está incomodado devia chamar ela para dançar, no mínimo.
Lorenzo abre a boca.
— Por que não o tira de lá? — aponta para Joe, dançando com a vagabunda da Conti.
— Senhorita Moretti, me concede a honra? — Vito Lombardi surge no meio das pessoas, me oferecendo sua mão. — Se não interromper algo.
Olho para Lorenzo e ele fuzila Vito com os olhos, mas o mesmo finge não ver quando me guia pelo salão.
— Sempre nos lugares mais apropriados não é mesmo, senhor Lombardi? — ele dá uma risada abafada, colocando a mão na minha cintura.
— Eu estava aguardando a oportunidade perfeita para lhe desejar os parabéns.
— É mesmo? Que educado da sua parte, devia lhe agradecer por tamanha gentileza?
Ele faz bico, depois da de ombros.
— Na verdade, devia. O horrível ter que te ver com outro homem e fingir nunca foi das minhas coisas favoritas.
— Para alguém que atuou durante anos, você está bem enferrujado.
— Preciso falar com você. — ele diz, e então entendo o porquê está rodando e se afastando tanto das pessoas.
Ele continua a rodopiar comigo pelo salão, até que nos afastamos de vez da multidão, indo até a porta nas laterais da casa. Chegamos ao corredor principal.
— Então, porque não me diz o que quer dessa vez? — pergunto, seguindo até a extremidade do espaço.
Vito vem na minha direção.
— Precisava ter um minuto com você, pelo menos hoje, já que no dia do casamento estarei longe. Queria mais um momento assim.
— Pois então, me diga. — Olho no relógio da parede e depois o encaro. — Você tem dez minutos.
Ele não diz nada de imediato, caminha na minha direção, me afasto automaticamente.
— Russo está atrás do Joe, quer tentar atingir ele e vai tentar fazer isso através de você.
— Russo não está em Roma.
— Mas Gino está. — Pisco, sem entender. — Gino e Russo estão se unindo com um único propósito: acabar com os Salvatore.
Tento assimilar a informação.
Se isso for de fato verdade, as possibilidades de Joe sobreviver são mínimas.Me viro.
— Para onde você vai?
— Vou embora, Lombardi. — ele segura meus braços. — Será que além de idiota você é surdo?
— Eu preciso de você. — sussurrou, seu hálito me causando um arrepio na espinha. — Eu preciso.
Tento puxar minhas mãos, mas é em vão, ele já está me beijando à força.
Começo a ter as mesmas sensações que tinha a tempos atrás por ele.
Qual é a sensação?
Um nó se forma na minha garganta.
Nojo.
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LA MÁFIA [VOL.1 OBSESSÕES]
Storie d'amore[VOL.1 | NOSSAS OBSESSÕES] O triângulo amoroso dos seus sonhos com o um toque de perigo. Joe Salvatore acaba de tornar don da máfia Italiana e através de um contrato se une em matrimônio a Violleta Moretti, tornando-se aliado a máfia Americana. As...