Dulce= Te amo. – moveu os lábios para o marido. – Ok?
Christopher= Te amo. – assentiu entre lágrimas. – Te quiero.
Dulce deu um passo para trás, aninando o filho nos braços para tentar conter o choro dele, então entrou na fila e seguiu para a área de embarque.
Virou-se para a família uma última vez, dando um leve aceno enquanto lhe conferiam o passaporte e a passagem. Logo desapareceu pelo aeroporto adentro.
Christopher soltou-se da irmã e deu meia volta, desafogando o choro que guardara no peito para não magoar a esposa. Era possível se arrepender de algo que deveria ser bom? Ele já estava arrependido de deixá-la partir.
Christian aproximou-se do cunhado e o abraçou, deixando que ele pousasse a cabeça em seu ombro e chorasse tudo o que realmente precisava. Sabia que, enquanto cunhados, deveriam ser apoio um ao outro, e também entendia muito bem o que era ficar longe da esposa, ainda lembrava-se dos dias que passara no Brasil sem Maite por perto.
Christian= Ela vai chegar em segurança. – sussurrou sem soltá-lo. – Os três vão chegar bem, vão se adaptar e vão esperar por você! – abraçou-o mais forte. – Você está dando um passo para trás agora para dar dois lá na frente. – escutou-o chorar. – É o certo! A sua escolha é certa: deixá-la crescer. – olhou-o. – A distância é temporária, mas a importância do que você está fazendo por ela, vai reverberar pelo resto da vida dela. Te garanto.
Christopher= Sei... eu sei... mas... – mirou a área de embarque e secou inutilmente os olhos. – É a hora certa para ela, eu sei disso, só não sei se é a hora certa pra nós.
Christian= Brother, há muito tempo já não existe mais ela ou você. – abraçou-o novamente. – São vocês! São um só!
Christopher= Justamente porque demorou demais para entendermos isso, para que pudéssemos... – sussurrou. – Christian, estávamos na nossa melhor fase!
Christian= E viverão algo muito maior em breve. – encarou-o. – Confia, brother, hoje não é o fim de nada. É só o começo. – sorriu com ele. – Lembre-se do caos que vocês eram e olhe onde vieram parar! Cara, confia!
Christopher= É... – respirou fundo. – Confio. Sim. Obrigado pela força.
Christian= Eu já chorei desconsolado no aeroporto quando ela veio pela primeira vez, mas ela dizia que era para algo bom... e foi. – piscou para ele. – Garanto que agora será algo bom para vocês também.
Christopher= É, eu sei que... – o celular tocou. – Espere aí. – pegou o aparelho.
Selena= Vamos esperar o avião decolar? – sussurrou para a mãe.
Maite= Sel! – deu uma cotovelada nela.
Alexandra= Seu irmão está sensível! – olhou-a.
Selena= Sim, mas...
Christopher= Dul! – atendeu rapidamente a ligação. – O que aconteceu? Está tudo bem?
Dulce= Está tudo bem! Liguei para dizer que já entrei no avião, já estou sentadinha e o Guga já se acalmou. – ouviu-o suspirar. – Queria tranquilizar você.
Blanca= Está tudo bem? – preocupada. – Christopher!
Christopher= Está, ela só... espere. – colocou a chamada no viva-voz. – Amor, você está no viva-voz.
Blanca= Está tudo bem, minha filha?
Dulce= Sim, tudo bem, liguei para acalmar o Christopher. Nós já estamos no avião, Guga já sossegou e está distraído com os brinquedos dele.
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A Sósia - Volume III
RomanceDulce cresceu, aprendeu e amadureceu durante os quatro anos no México. Chegou ao país solteira, com o objetivo de entrar na acalmada emissora, Televisa. Terminou ganhando muito mais do que apenas um emprego, ela encontrou o amor de sua vida, casou...