Cap. 24

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Lola narrando

Por sorte, eu li bastante "O milagre da manhã" e diria que me ajuda muito na minha vida no momento.

Porquê equilibrar toda essa rotina de ser mãe em tempo integral e chefe, cantora, compositora é mais difícil do que parece - e olha que parece difícil só de pensar - imagina viver.

Hoje acordei bem cedo, organizei a minha casa, arrumei a mochila e os lanchinhos de Faith, seu uniforme também. Terminei de compor uma canção cujo a letra veio em sonho pra mim - pois é, nem dormindo eu tenho paz -. Respondi a boa parte dos e-mails importantes, passei informações, avisos e tarefas nos grupos do trabalho. Pedi para levarem tudo que já trabalharam a respeito de suas funções do álbum novo para a reunião de hoje. E disse que estaria lá em 20min.

Mas claro, com toda essa correria e falta de tempo, não consegui tomar café em casa. Estou neste momento esperando meu café gelado com brigadeiro e cookies no California Coffee. A cada dois segundos olho para o relógio e checo as mensagens no celular. Tenho muito o que falar na reunião de hoje, não foram só letras de uma canção que me vieram a cabeça num sonho. Foi todo um contexto, uma história. Um conceito que acho que se aplica bem ao meu novo álbum. E quero colocar tudo na mesa hoje para, juntamente com a minha equipe, montar um escopo.

Pois, eu acredito que, não é tudo sobre mim. Não é porque eu sou "a cara" da imprensa, que tudo tem que vir de mim ou ser dado o crédito somente a mim. Quero que minha equipe, todos os que trabalham comigo, tenham peso neste novo álbum e farei questão de mencioná-los em todos os meios possíveis, após o lançamento. Mas para isso, tem que dar certo, 100% certo. E vai dar. É predestinado.

- Lola? - ouço uma voz grave me despertar dos meus pensamento - Lola?

Ouço de novo. Me viro.

- D-dom? - fico um pouco surpresa ao vê-lo, e não sei porque, ele ama este lugar -

ele que me apresentou

Ele aponta a cabeça para trás de mim.

- Estão te chamando

Me viro e ando até o balcão rapidamente.

- Perdão! Obrigada - dou um sorriso, mas a atendente apenas acena e se vira -

- Há quanto tempo estão me chamando? - pergunto a Dominic -

- Há quanto tempo está viajando nos pensamentos?

- Bastante..

Ele sorri

- Então, está ai sua resposta. - Rio baixo - O que se passa nessa cabecinha? - Ele pergunta pondo a ponta do dedo na minha testa, delicadamente -

Fito seus olhos por uns segundos. Que mais pareceram horas.

que lindos olhos claros ele tem!

- É. é.. - olho em volta, o lugar está bastante cheio - Bom, eu não posso falar aqui. É meio que confidencial.

Ele arqueia as sobrancelhas e dá um sorriso de lado.

safado!

- Não é nada disso que você está pensando, seu bobo.

- Eu não estava pensando nada, você estava - ele abre os braços em rendimento -

Dou uma gargalhada baixa. Mas o suficiente para chamar atenção à nós dois.

- Passa lá em casa mais tarde?

Ele da o mesmo sorriso. Dessa vez, debochando. Eu espero.

Dou um leve tapinha em seu ombro

The Camp's GoneOnde histórias criam vida. Descubra agora