Lilith
O começo da manhã de hoje foi difícil. Acordar dividindo um sofá no meio da comunal com Luna, não foi o que esperava para hoje. A grande sala sempre estava extremamente clara devido às grandes janelas que rodeavam a torre. Assim que me levantei senti minha cabeça girar e latejar, uma pressão bem chata nas têmporas, mas era uma dor suportável. Não conseguir abrir os olhos direito por causa da sensibilidade à claridade também não foi o melhor acontecimento, então tive que fazer o melhor que pude para acordar Luna e voltar para o quarto sem enxergar muito bem.
Mas o dia também teve suas partes positivas, como o banho super quente que lavou minha alma e tirou toda a dor e cansaço do meu corpo, como a sensação de estar arrumada o suficiente para me sentir excepcionalmente bonita hoje, como a lembrança do que aconteceu ontem a noite antes de dormir enquanto eu estava me arrumando para o café da manhã e principalmente a sensação de quando Ron sorriu para gente quando nos encontramos na porta do grande salão. Mas não durou muito já que logo cada um foi para a própria mesa.
Os professores começaram a conduzir as casas que dirigiam, começando pelo professor Snape e a sonserina, professora Sprout com a lufa lufa, nós pelo professor Flitwick e, por fim, a grifinória ficou no grande salão com a professora McGonagall.
— O baile de inverno é uma tradição do torneio tribruxo. E como somos a casa sede desta temporada, Dumbledore pediu a todos os diretores que preparem os alunos de suas casas. — O professor Flitwick continuou uma explicação que ninguém parecia prestar atenção. As meninas estavam animadas cochichando entre si e os meninos encaravam o nada sem nem tentar parecer interessados. Senti Luna cutucar a lateral da minha cintura em um ritmo irregular, quando me virei para perguntar se ela queria dizer algo, a loira apenas negou com a cabeça e acenou para que eu voltasse a olhar para frente. No entanto, ela continuou se distraindo, agora batucando em meus ombros.
— Por esse motivo que eu estou encarregado de ensinar vocês a dançar. — Algumas risadas ecoaram pela sala comunal mas bastou um olhar do professor Flitwick na direção do som para que ele parasse completamente. — Pois saibam que não se trata apenas de dançar. Como anfitriões é estritamente necessário que a valsa seja executada com excelência. Nenhum erro será permitido e os ensaios acontecerão todas as noites antes do toque de recolher.
Flitwick focou em ensinar a base dos passos que compõem a valsa e então chamou o casal de monitores para que eles demonstrasse a dança antes da tentativa dos alunos. Assim que o professor pediu para que os alunos andassem até o centro da sala. Luna, que parecia a mais empolgada, foi a primeira a se levantar e andar até Anthony Goldstein, um de seus primos distantes, com quem ela mantinha amizade e sempre fazia dupla nas aulas de adivinhação da professora Trelawney. Muitas meninas seguiram sua liderança e a maior parte dos meninos, que não estavam muito envergonhados, também andaram até o meio da comunal ansiosos para escolher uma menina específica.
Miguel Cornor, um garoto do meu ano que é amigo de Anthony e Luna, se aproximou de mim e estendeu a mão me convidando para ser seu par no ensaio. Ele já era um bom dançarino, se eu fosse julgar através da minha inexperiência com a dança, e não pisou nenhuma vez nos meus pés, como eu notei os outros fazendo, também foi muito paciente e gentil quando eu pisei no pé dele.
A sessão de ensaio durou um pouco menos de 40 minutos e logo o professor Flitwick nos liberou para que ainda pudéssemos cumprir com os horários das aulas obrigatórias.
Me despedi de Miguel e me juntei à Luna para ir a aula de poções juntas. Gina estava nos esperando na porta da sala e quando nos viu, correu para um abraço em grupo enquanto contava como tinha sido a primeira aula de valsa com a McGonagall.
— Qual será o tema do baile esse ano? — Luna perguntou.
— Nem tinha parado pra pensar sobre isso... — respondeu Gina, sentando na cadeira da parede. Luna sentou-se na cadeira do meio e eu me sentei atrás das duas junto com uma morena da sonserina que eu nunca conseguia me lembrar do nome, embora sentássemos juntas desde o início do semestre. — O que eu queria mesmo era ser o par do Harry.
VOCÊ ESTÁ LENDO
autodestrutivo × draco malfoy
FanfictionLilith o odeia desde o seu primeiro ano, mas ela não era a única, todos os seus amigos o odiavam também. Afinal, Draco Malfoy era grosseiro e cruel. Ele não perdia a oportunidade de implicar com ela, mas a verdade é que Draco não conhecia outra man...