Capítulo 07.

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COROLLA.

Subi lá pro tio MK por que era lei de geral se reunir lá pra perturbar a mente dele e pra distrair mermo. Desde que a tia foi presa, ele mal botava as caras na rua e de vez em quando é que ele saía pra levar o macaco dele pra passear.

Quando eu cheguei lá, tinha uns carro estacionado, julguei que fosse a tia Gabriela e o Davi que estavam aí no morro. Botei o pé na porta e ouvi os grito dela batendo boca com o Falcão e várias risadas.

A mandada da Ayla estava encostada na porta da cozinha dando palpite na vida alheia como sempre. Parei bem atrás dela e ela nem azul.

MK: Eu já sabia que ia terminar nessa daí. - riu - É a mesma coisa que acender fósforo perto da gasolina.

Diana: A cara dela já entregando tudo. - ela que estava sentada na ponta da mesa falou apontando pra Gabi.

O AVC que ela teve uns dias depois quando a tia Fabiana foi presa, deixou sequelas e um de seus braços estava meio esquecido e ela não tinha mais rapidez em seus passos. Ela usava uma bengala pra auxiliar na caminhada dela, sua voz também não era a mesma.

Falcão: Sabe o que é que me deixa bolado? Gabriela xingou o mano, falou várias merda, disse que ele ia tomar no cu e agora foi pra Bangu e me volta aqui falando que vai soltar o mano, dou meu cargo de presente se ela não sentou pra ele lá também! - falou convicto.

Luara: Menino como tua língua é grande. - negou com a cabeça.

Falcão: PH pagando alto pra manter a regalia lá dentro e não rolou uma íntima? Duvido, menor. - deu risada.

Davi: Mas eles sempre foram assim, Gabriela mete o pau e anda junto. Qual é a novidade? - abriu os braços - Tem que aceitar que eles são que nem gato e cachorro.

Gabriela: Ô Davi, tu briga comigo, me esculacha mas quando precisa de mim, aí me liga e fala: "Gabizinha, faz tal coisa pro teu irmão" todo mansinho, gente. Qualquer dia eu gravo e solto no grupo da família. - ela riu - Matheus também a mesma coisa, só observo.

Corolla: Essa família é muito unida. - cantei.

Gabriela: Ô filho, vem cá com a tia! - sorriu quando me viu.

Ayla olhou pra trás e me olhou bolada, abri um sorrisinho sínico só pra variar.

Ayla: Virou entidade, garoto? Brota do nada. - falou botando a mão no peito - Eu em. - saiu da porta pra eu passar.

Corolla: Tu fecha a passagem e eu virei entidade? Se manca. - dei um tapa na cabeça dela e passei.

MK: Pensei que tinha sido sequestrado. - falou entrando na cozinha com o macaco pendurado em seu ombro - Pretinha já ia te ligar puta com tanta demora. - disse colocando café numa xícara.

Todo mundo se calou e nos olhamos entre si. Tia Gabriela desviou o olhar pra ele e abaixou a cabeça por alguns minutos.

Corolla: É, ela ia mesmo. - concordei e sorri pra ele.

Ayla: Gatinho, o senhor tá tomando seu remédio? - ela foi logo se aproximando dele.

MK: Tomei. - ele olhou pra ela, mas a Ísis balançou o dedo que não.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora