Nikolai - Paixão Irresistível - DEGUSTAÇÃO

6 - Irina

IRINA

— Essa arma, meu bem, não vai te machucar, pelo contrário. Vai te dar muito prazer.

Eu não compreendi o que ele falou. Não por uns segundos, até que o meu cérebro idiota fizesse a sinapse e eu conseguisse entender.

— Você... Você é um tarado! Saia de cima de mim! — Eu gritei, mas minhas mãos estavam presas acima da minha cabeça.

— Você prefere ficar por cima, Irina? — Ele disse e aproximou o nariz do meu pescoço. Eu não sei o que deu em mim, mas eu gemi e senti o meu corpo estremecer. Corpo, por favor! Você tem que ter medo e não vontade de puxar esse homem ainda mais para perto — Você é uma feiticeira, não é? Uma tentação. Mas vamos ter que esperar um pouquinho, porque eu não quero fazer isso aqui no carro. Não ainda.

Ele saiu de cima de mim, rindo. Ele era alto e quase que não cabia ali, obviamente. Notei, então, que o carro não mais se movia. Ele ajeitou as calças e eu novamente tive que desvia o meu olhar.

— Pode olhar o quanto quiser. Eu não me importo nem um pouco. Se quiser, pode tocar também.

— E você pode ir sonhando! — Eu retruquei. Eu não iria deixar que ele me seduzisse. Era isso o que ele estava fazendo.

— Eu adoro realizar sonhos — Ele disse com um tom mais atrevido e abriu a porta do carro, saindo e estendendo a mão para mim. Eu ajeitei o meu vestido e olhei para a mão dele, mas me recusei a pegar, saindo sem a ajuda dele.

Dentro do carro estava muito agradável, mas ali, não. Era frio! Instintivamente, me encolhi e passei os braços em volta de mim mesma, numa tentativa de aquecer o meu corpo. Então, senti algo quente e pesado ser colocado em cima de mim. Olhei para a sombra que se erguia do meu lado e vi aqueles olhos.

— Não queremos que fique doente, não é? — Ele falou com um sorriso estranho, mais sério, e colocou a mão na parte mais baixa das minhas costas, fazendo uma leve pressão, para que eu andasse.

Olhei para frente e vi o casarão. Era... imenso! Meu pai era um empresário e nós tínhamos uma casa muito boa. Mas perto daquela, que mais parecia um palacete, era como se fossemos paupérrimos!

— Você gostou? — a voz dele tão próxima do meu ouvido me fez dar um salto. Uma onda de eletricidade passou pelo meu corpo todo e eu ouvi uma risadinha rouca. O nariz dele roçou perto do meu pescoço e eu senti meu corpo todo fraco, o que fez as mãos dele me segurarem — Cuidado, Irina. Você não quer cair agora, quer? Prefere que eu te carregue?

— Não... – eu respondi numa voz tão baixa que quase nem eu mesma ouvi. Ele se aproximou ainda mais. O que ele estava fazendo comigo?

— Cacete! — eu ouvi ele sussurrando e então, no próximo segundo, eu estava sendo virada de cabeça para baixo no ombro dele. Eu tinha que reagir!

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