A Sósia - Volume III

Capítulo 34

Gustavo= Papá... – grudou o rosto no telefone. – Papá mio...

Christopher= Filhão, olhe aqui. – encarou-o. – Te amo, tá bom? Papai ama muito, muito, muito você!

Gustavo= Mô, papá...

Christopher= Sim, eu te amo! – sorriu entre lágrimas. – Pode cuidar da mamãe um pouquinho só? E logo o papai chegar para brincar com você, tá?

Gustavo= Papá... – disse baixo.

Christopher= Vou brincar com você, eu prometo. – sorriu. – Hm? Você sabe que o papai promete e cumpre, porque eu te...

Gustavo= Mô.

Christopher= Sim! Eu te amo! – sorriu ao final. – Muito!

Dulce= Isso é um inferno. – murmurou. – É enlouquecedor, Christopher. Falo sério.

Gustavo= Papá... – levantou-se e foi até a caixa de brinquedos. – Ó... – levou o telefone para ele. – Ó... aô!

Christopher= Eu vou atender aqui. – colocou a mão no ouvido. – Alô, é o Guga?

Gustavo= Si! Papá! – sorriu entre lágrimas. – Aô, papá!

Christopher= Alô, Guga! – brincou com ele.

Dulce manteve sentada na cama, as costas na cabeceira e os olhos que abriam e fechavam-se enquanto o menino brincava com o pai que, claramente, tinha a mesma dificuldade em manter-se acordado.

Uma hora depois, Gustavo finalmente pareceu cansar-se e aceitou aninhar-se no peito da morena.

Gustavo= Papá... – segurou o celular dela, mirando o homem pela tela.

Christopher= Estou aqui, filho. – sorriu para ele. – Não vou sair daqui.

Gustavo= Mimi, papá. – agarrou uma das mãos da mãe.

Christopher= Vamos dormir, filho. – incentivou-o. – Feche os olhinhos e fique bem pertinho da mamãe.

Gustavo= Mamá mio. – sorriu satisfeito.

Christopher= Sim, a sua mamãe. – via a dificuldade da esposa em ficar acordada. – Sua mamãe é a melhor do mundo. Nós te amamos, filho.

Gustavo= Mamá... – mirou-a. – Mamá...

Dulce= Sim, meu amor. – acariciou a bochecha dele. – Te amo, filho.

Gustavo= Mô?

Dulce= Sim, eu te amo. – assentiu. – E papai te ama. Nós dois te amamos muito.

Gustavo= Hm. – fechou os olhos.

Dulce= Durma... – sussurrou. – Descanse, meu amor, descanse.

Gustavo= Papá... – murmurou de olhos fechados.

Dulce= Sim, mamãe e papai...

Christopher= Te amamos, Guga. – repetiu. – Te amamos, filho. Pode dormir agora, campeão. – o garoto suspirou cansado e deixou o celular cair das mãos.

Dulce= Obrigada. – pegou o aparelho caído. – Por ficar.

Christopher= Te amo. – mirou-a. – Vou resolver isso, prometo.

Dulce= Não vejo a hora. – a lágrima escapou. – Estou esgotada.

Christopher= Entre um pouco mais tarde amanhã. – pediu, segurando as lágrimas para não chorar na frente dela. – Descanse mais.

Dulce= Uhum. – disse apenas para não discutir, tinha consciência de que não era possível chegar tarde logo no segundo dia e sabendo que a adaptação de Gustavo na creche lhe tomaria um bom tempo. – Vou dormir, ok?