7° Capítulo

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Zoe

Dei um jeito de despistar o Francis e a Carla e ir para bem longe de todo aquele barulho. Minha bateria social explodiu, precisava ficar sozinha.

No caminho acabei esbarrando em alguém.

-Desculpa.

-Tudo bem. - Era um dos garotos do time - Está perdida?

-Estou procurando um lugar para ficar sozinha.

Não gosto de fazer contato visual com as pessoas, mas eu pude perceber o sorriso de canto que ele deu.

-É só seguir em frente, você vai encontrar um ótimo lugar.

Não sei se deveria confiar em um garoto do time, ainda mais depois da cara que ele depois de falar isso. Mas lembrei do que minha mãe sempre me disse: "Não desconfiar de todo mundo ao meu redor sem motivos".

-Obrigada.

Ele dá um sorrisinho e sai depois de piscar um olho.

Comecei a andar na direção que ele mandou e já estava começando a me arrepende, cada passo que eu dava, a floresta ficava mais fechada.

-O que eu estou fazendo? - Falo dando a volta.

Acabo pisando em um galho e logo em seguida sinto algo molhar a minha cabeça fazendo com que eu soltasse um grito.

Minha única reação foi fechar os meus olhos o mais rápido possível, deixando aquele líquido estranho escorrer por todo o meu corpo.

É, eu não consegui fugir das pegadinhas.

Meu corpo estava coberto por... MEL? Isso é mel?

Comercializado, mas é.

Poxa, as abelhas.

Ninguém pensa nelas?

Que porra.

Cadê as tintas e o sangue?

Foram longe.

-Você está bem?

Viro meu rosto para descobrir quem era o dono da voz.

-O quê... - Fala vendo o meu estado.

-Foi minhas boas vindas. - Tento limpar os meus olhos para enxergar a pessoa.

Lucas.

-Boas vindas? Quem é maluco de fazer isso? - Ele se aproxima.

-Muita gente.

Ele observa o meu corpo coberto por mel  e minha tentativa inútil de limpar o mel.

-Espera, você é a garota da lanchonete? - Ele volta a encarar o meu rosto.

-Sim. - Balanço as mãos sacudindo o mel.

-Você é nova aqui?

Eu acho que ele bem que poderia parar de fazer perguntas e me ajudar.

-Sim, para você foi uma festa e o meu... - Aponto para o meu corpo. - Bom.

-Idiotas. - Ele sussurra. - Vem, você precisa se limpar.

-Não vou voltar para a festa coberta de mel.

O vento batia do meu corpo fazendo o mel endurecer deixando uma sensação horrível na minha pele. Mas quem foi a porra que teve essa ideia?

-Aqui perto tem um lago.

-Como sabe? - Ele começa a caminhar na frente e eu acompanho com um pouco de dificuldade.

ZoeOnde histórias criam vida. Descubra agora