Capítulo 35

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Dulce estava, definitivamente, surpresa com a positiva mudança no comportamento do filho.

Saiu para o almoço, e mal pisou fora da sala, a gerente de operações passou por ela e a convidou para comerem juntas.

Era o primeiro dia, desde que chegara, que Dulce sentia-se realmente à vontade com o ambiente, era como se, de alguma forma, ela sempre tivesse pertencido a tal lugar.

Quando chegou ao restaurante da emissora, notou a mesa grande e que já contava com diversos funcionários, incluindo Castel e Liam; ela gostou de perceber a união e entrosamento da equipe.

Sentou-se ao lado da gerente, e o celular vibrou sobre a mesa enquanto ela ainda passava os olhos pelo cardápio. Puxou o aparelho para si.

Christopher Uckermann
Podemos, por favor, conversar?
Te liguei 3x. Não quero ficar nesse clima.
Me deixe explicar, por favor.

Dulce Maria
Estou com o dia cheio no trabalho.
Nos falamos quando eu chegar em casa.

Christopher Uckermann
Não preciso de mais do que 5 minutos.
Por favor.

Dulce María
Não dá, Christopher, estou num almoço com a equipe toda.
Não convém que ninguém me veja discutir com você.

Christopher Uckermann
Não quero discutir, quero me explicar!
E saber de você... saber do Guga... de tudo.
Por favor, vida!

Dulce María
Guga está ótimo, fez um novo amigo na creche e não quis nem saber mais de mim.
E eu estou ocupada.
Conversamos em outro momento.

O celular da morena chegara a vibrar mais uma vez, mas ela já não leu a mensagem, havia muito para conversar com o marido e esclarecer. Por que ele mentira tão descaradamente na noite anterior? E além de mentir, por que escolhera justamente Adela para o almoço?

Recusava-se a tratar de tal assunto naquele momento, sabia que a conversa seria desgastante, e não queria uma exposição desnecessária na frente dos novos colegas de trabalho; seus problemas pessoais não deveriam ser conhecidos por mais ninguém.

Após o almoço, e antes de entrar na primeira reunião do novo período, a morena passou no departamento pessoal e teve uma tensa conversa com a responsável do local, pedindo que agilizassem o visto de Christopher.

Quando voltou para a sala, a bateria de reuniões começou. E para que não se perdesse no tempo, ela padronizou que nenhuma delas duraria mais de uma hora; precisava fazer aquela tarde render.

Ao final do dia, percebeu que conseguira cumprir com quatro reuniões no período da tarde e resolver todas as pendências que havia definido como meta diária. Aquela fora, de fato, uma sexta-feira produtiva.

Despediu-se dos colegas, fechou a sala e desceu até a creche do filho, esperava que o menino estivesse de bom humor e que tivesse gastado toda a energia durante o dia, para que não lhe desse trabalho para dormir.

Dulce= Faith! – encontrou-a na recepção, despedindo-se de uma das crianças. – Oi! Me desculpe pelo atraso!

Faith= Não se preocupe, nós sabemos como a rotina de vocês é corrida.

Dulce= Gustavo ficou bem? – ansiosa. – Eu presumi que sim, já que você não ligou, mas...

Faith= Venha! – incentivou-a. – Eu vou lhe mostrar. – levou-a até a sala. – Ele devorou o almoço, também comeu muito bem durante a tarde, e já está de banho tomado.

A Sósia - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora