meu coração é um navio.
e tu, amor, és a âncora.
não importa onde, mar ou rio,
minha constância você sempre fora.mas um navio, amor, sempre tem tripulação,
e, me desculpe, meu barco não é exceção.
às vezes, temos visitas; às vezes, não,
mas tu, meu amor, não és visitante,
és, sim, âncora, mas não obstante,
és também capitão.a tripulação muda bastante:
talvez um corsário, às vezes uma almirante,
até mesmo a princesa de um reino distante,
mas, meu anjo, você permanece:
és minha âncora em meio ao rompante.ao fim do dia, quando o sol enfim desce,
e a tripulação desaparece, a princesa, a almirante,
somos só nós dois e nosso amor que não envelhece.
o navio, a âncora e nossa parceria — jamais amargurante:
ela só rejuvenesce.

VOCÊ ESTÁ LENDO
histeria feminina 🄴
Poetryeu costumo sempre comparar meus poemas com músicas que amo. este livro (ou este álbum) possui onze poemas (ou faixas), nos quais derramei todas as minhas histórias, analisadas minuciosamente por meus olhos já adultos. a partir desta análise, concluí...