PAREDE

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Dunga abriu os olhos, sem entender muito bem onde estava. O quarto era familiar, mas havia algo de errado ali. Ele se levantou da cama e tentou abrir a porta, mas ela estava trancada. Ele bateu com força, gritando por ajuda, mas ninguém respondeu.

O garoto caminhou pelo quarto, examinando cada canto. Havia uma cama, um armário e uma escrivaninha com um caderno em cima. Ele abriu o caderno e viu que estava vazio. Ele se perguntou quanto tempo havia passado desde que foi sequestrado. Seriam horas, dias, semanas?

De repente, ele ouviu um som estranho vindo da parede. Era como se algo estivesse se arrastando ali. Dunga se aproximou da parede e tocou nela. Era fria e lisa. Ele bateu com os nós dos dedos e sentiu que havia algo oco atrás dela.

De repente, uma voz ecoou pelo quarto. Era masculina e parecia estar falando do outro lado da parede.

– Olá, Dunga. Como você está se sentindo?

– Quem é você? – perguntou Dunga, assustado.

– Eu sou o doutor. Estou aqui para ajudá-lo.

Dunga percebeu que havia uma pequena abertura na parede. Ele se aproximou e viu um par de olhos olhando para ele.

– O que você quer de mim? – perguntou Dunga.

– Nós queremos estudá-lo – disse o doutor. – Você é especial, Dunga. Tem habilidades que podem ajudar muitas pessoas.

– Habilidades? Que habilidades?

– Você vai descobrir em breve. Mas agora, precisa descansar. Amanhã, teremos muito o que fazer.

A voz do doutor desapareceu e a abertura na parede se fechou novamente. Dunga se deitou na cama, tentando entender o que estava acontecendo. Ele estava com medo e sentia falta de seus pais. Queria voltar para casa, mas não sabia como.

Ele fechou os olhos e tentou dormir, mas não conseguia. Sentia que havia algo estranho acontecendo ali. Algo muito perigoso e sinistro. Ele sabia que precisava escapar dali, mas não sabia como.

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