Prólogo

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| Eregon.

A sala do trono possuía um clima deprimente, e um silêncio perturbador. Todos os membros do Concelho e até mesmo a Suprema Elite estavam encurralados diante de toda situação. Seus olhos profundos estavam atentos sobre a grande mesa negra e a imagem flutuante acima dela. Sabiam a decisão que tinham que tomar, mas ela não parecia tão agradável aos seus olhos.

- ... partirão pela manhã. Ficarão responsáveis pela guarda da jóia, como também para preparar o local caso ocorra alguma invasão à capital. - O general Uriah explicava a todos o plano que a anos era planejado, mas mesmo assim ainda não parecia pronto para ser usado. Havia muitas instabilidades, e eles odiavam instabilidades.

- Até quanto tempo a *praesiduim vai aguentar? Você sabe que não importa quão puro o planeta seja. Ela não aguenta por muito tempo. - Uma mulher da alta realeza disse já sabendo a resposta que receberia. Uriah ficou calado durante alguns segundos enquanto analisava as informações sobre o plano.

- No máximo de três a quatro anos. - A resposta arrancou murmúrios de alguns conselheiros e um longo suspiro da mulher.

- É pouco tempo. - Ela disse com um semblante de decepção. - Ele pode descobrir antes mesmo de qualquer invasão. - A mulher já tinha sua opinião contrária aquele plano a muito tempo, e todos sabiam disso. Ela sempre procurava prezar pelo certo e pela ordem natural. Era uma obsessão fora de controle, talvez para reparar todos os seus grandes erros do passado.

O planeta escolhido era completamente pura. O que dava a eles muitas vantagens de nunca serem encontrados, mas para isso teriam que obedecer a um limite: não perfurar a proteção do planeta: a praesiduim, caso contrário tudo sairia dos eixos.

O universo necessitava de planetas puros para manter o equilíbrio da vida, caso isso não acontecesse, um declínio absurdo romperia a existência do universo resumindo tudo a nada.

- Não se preocupe com isso Calipso. Tudo será resolvido da melhor forma. - Amenadiel, o rei, disse sentado sobre o mais alto assento.

Ele havia sido escolhido pelas estrelas ânsias do universo para gorverna-ló. Mas sabia que seu tempo estava prestes a findar e precisava arquitetar um jeito de salvar seu sucessor das mãos dos adversários assim como seus pais havia feito. Ele os devia esse favor.

- Resolvido? - Calipso perguntou rindo. - Vocês não conseguiram resolver um mero assunto interestelar que iniciou a possível maior guerra da história. Acham mesmo que podem controlar o equilíbrio dessa forma? Viraremos pó se continuarem resolvendo os problemas desse mundo. - Murmúrios de desaprovação soaram por toda grande sala. A mulher era considerada a viúva negra da realeza por suas ideias e princípios descontextualizados.
- Entendam. É algo natural, não se pode interferir na pureza de um planeta dessa forma.

- Que coisa insuportável. - Reclamou um velho do Concelho.

- Chega Calipso. É óbvio que o natural desse universo não controla mais nada. Sabe que isso só vai piorar conforme o tempo. Aliás, suas próprias ações provocaram o cumprimento de uma possível catástrofe. - Risos abafados se instalaram no local fazendo Calipso respirar fundo.

- O senhor sabe muito bem do que eu penso sobre isso. - Ela respondeu com o rosto vermelho de ódio.

- Nossas filhas fazem parte de algo grande Calipso. Não sei porque não vê um lado bom nisso. - Outra mulher disse fazendo o sangue de Calipso arder.

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