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Após a conversa que teve com Joohyun, resultando numa série de promessas por parte de Seulgi como meio de consolar Irene, e uma Joohyun extremamente sensível emocionalmente, Kang recorreu à primeira pessoa que veio em sua cabeça. Sua amiga, Son Seungwan.

Seulgi por um momento achou que estivesse sendo precipitada demais em pedir um favor como esse para Son, mas a verdade é que aos olhos de Kang, Wendy era a pessoa mais confiável e que ela conhecia nesse momento. Mesmo que ela soubesse que Irene poderia conseguir o melhor advogado de Seul, a fotógrafa ainda queria mostrar que era útil.

— Me deixe ver se eu entendi, você está me pedindo pra ajudar a Joohyun, porque o pai da filha dela resolveu querer a guarda da criança? – Wendy resume tudo que ouviu até agora.

— Sim. – Kang sorriu como uma criança por pensar na possibilidade da advogada aceitar seu pedido.

— E porque você acha que a criança é melhor com a mãe metida a rica que quase não tem tempo para ficar com ela? - Wendy acaba com o sorriso no rosto da outra.

— O que? - Seulgi diz, sentindo que voltou a estaca zero dessa vez. – Você não ouviu nada do que eu disse? A Karina não gosta do pai e a Joohyun não merece esse sofrimento. – A fotógrafa disse quase emburrada. Mas logo retomou a sua postura de defensora.

Seulgi não entendia o porque sua amiga implicava com tanta resistência quando o assunto envolvia Bae Joohyun.

— Ela deixou a filha sair sozinha a noite. É perigoso Seulgi, ela poderia ter sido sequestrada ou acontecido algo pior com ela. – Wendy mostra seu ponto e para Seulgi aquilo ainda não era o suficiente.

Seulgi suspirou pesado.

— Ela fugiu de casa, é completamente diferente. – Kang altera um pouco o tom de voz, mas logo desiste. Ela não acha que Wendy a ajudará se elas começarem a discutirem ali e agora. – Ela estava com medo do pai e quando eu cheguei lá ele estava gritando com a Joohyun, eu quase meti a mão na cara dele. - A Kang cruza os braços e encosta no sofá, revirando os olhos ao se lembrar da cena.

— Eu acho que você está envolvida demais com aquelas duas. - Wendy conclui ao vê a reação da amiga. — Seulgi, elas te descartariam fácil, facil.

Com a fala de Wendy, Seulgi a encara firmemente e então, o silêncio se instala entre elas, podendo apenas se ouvir o som dos carros lá fora e a respiração das duas mulheres na sala. É claro que ela sabe que está envolvida demais. Talvez até de maneiras que ela não gostaria de estar, mas aquele nunca foi o ponto em questão e ela não falaria daquilo agora.

— Só conversa com ela, por favor. – A mais alta pede, juntando as mãos da amiga em uma quase súplica desesperada. — Você não é obrigada a ajudar, mas por favor, ouça a versão dela.

E sim, Wendy fazia tudo pela única amiga que tinha. A loira suspirou em desistência e revirou os olhos. — Tá legal! - Exclamou, causando um grande sorriso nos lábios de Kang. – Mas se eu achar que ela não merece a Karina eu não pego o caso.

— Obrigada, Wendy. – A Kang falou sem se quer se preocupar em diminuir o sorriso em estampado no rosto. — Juro que você não irá se arrepender disso. – Se aproximou da loira e a puxou para um abraço apertado e cheio de afeto.

— Só tenho um pedido a fazer, Seul. – Son retribuiu o abraço da amiga descansado a cabeça no ombro da oposta. — Não vá se machucar no meio dessa história.

— Eu não vou! Você tem a minha palavra. – O coração de Son se aqueceu quando viu desenhado no rosto da fotógrafa um sorriso brilhante. Ela não via Kang sorrir  genuinamente feliz como agora havia um bom tempo.

Procura-se uma babá para minha filha - SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora