Capítulo 29

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Liz

Aquela praia era a coisa mais linda a noite. Os postes de luz eram fracos, a lua e as estrelas refletiam na água cristalina, o vento cantando nas árvores, a fogueira que já havia sido acesa por Ronald e Shawn mais cedo, eles também colocaram algumas tochas em volta de onde estávamos os troncos grandes em volta da fogueira, montaram uma mesa grande perto de algumas tochas e havia também duas dessas caixas grande térmicas para colocarmos as bebidas. Estava tudo perfeito, nem parecia um luau improvisado. Já fui a uns, que não tinha nem metade disso tudo. Iria ser uma noite e tanto...

Sophia, Lauren e eu chegamos já colocando gelo e as bebidas nas caixas, minha mãe, Ally e Dinah arrumavam as comidas na mesa, Ronald e Felix explicavam para as crianças que não eram para eles irem para longe, que era para brincarem por aqui. Normani e Shawn traziam dois violões e os colocaram perto da fogueira. Logo estava tudo completamente arrumado. A praia era nossa, só nossa, não tinha nem sinal de vida de ninguém. Sentamos todos em volta da fogueira, cada um com sua devida bebida em mãos. As crianças brincavam na beira da água, a temperatura do lugar estava ótima. Estava tudo delicioso de mais, as horas estavam passando como o vento. Já havíamos cantado tantas musicas que daqui a pouco iria começar a ficar rouca. Minha mãe e Dinah colocaram Betina e Enzo no carro que já dormiam em seus colos de tão cansados. Quem logo iria dormir eram Pietra e Silas que já coçavam os olhos e abrindo a boca, estavam sentados em volta da fogueira como todos nós, ouvindo aquele monte de gente bêbada rindo, conversando e cantando. Musica vai, conversa vem, o álcool já estava bem presente em meu sangue. Minha mãe anda muito liberal ultimamente, ou ela viu que já sou grande o bastante para beber ou é só porque ela esta presente. Bom isso não importa agora, todos já estão bem alegrinhos, então Sophia e eu podemos dar uma volta e dar uns pegas por ai que ninguém vai dar falta da gente. Falamos que íamos dar uma volta e ninguém se quer nos deu atenção. Levantamos e fomos indo em direção a arvore em que escrevemos nossas iniciais na tarde anterior. Era um local afastado, ninguém iria até ali nos incomodar, andamos até chegar a nossa árvore, sorrimos ao ver nossas iniciais lá, a acariciamos em seguida, e nos abraçamos por fim.

Sophia: Vai ficar gravado para sempre!

Liz: Para sempre... – Sorri para ela olhei para os lados, onde estava tudo meio escuro de mais e voltei a olhar seus olhos.

Sophia: Você é uma safada, depois diz que eu que sou tarada!

Liz: Mas eu não fiz nada! – Disse espantada, me fazendo de vitima.

Sophia: Eu te conheço Liz, sei o que esta pensando, seus olhos dizem tudo.

Liz: Então traduz para mim o que eles dizem para você. – Sorri de canto mordendo meu lábio olhando fixamente os seus.

Ela trocou rapidamente de lugar comigo, me imprensou a árvore com seu corpo, encaixou sua perna bem entre as minhas, passou a língua em meu pescoço até chegar à minha boca. Meu corpo todo esquentou em segundos, meu coração já batia forte e minha vontade era de despirmos o mais rápido possível. Ela me beijou com calma apertando seu corpo contra o meu segurando firme em meus cabelos. Mas rapidamente parou de me beijar dando dois passos atrás sorrindo sarcasticamente.

Liz: O que foi?! – Eu disse sem entender.

Sophia: Era mais ou menos isso que seus olhos diziam. – Ela ainda sorria.

Liz: Sim, exatamente isso, e o que eles dizem agora?

Sophia: Volte aqui agora que eu quero mais. – Ela passou a língua em seus lábios.

Liz: Então volte aqui!

Sophia: Não! – Ela negou com a cabeça também.

Liz: Por quê? – Eu não estava entendo, qual era a do joguinho da vez.

Sophia: Você quer mais Liz? – Ela levantou ligeiramente sua blusa.

Liz: Eu exijo mais! – Dei um passo em sua direção que logo deu um passo atrás também.

Sophia: Se quer mais vai ter que conquistar, vai ter que me pegar primeiro! – E saiu andando.

Liz: Volta aqui Sophia! Não faz isso comigo, por favor!

Sophia: Vem me pagar Liz, vem! – E saiu correndo ao ver que eu já corria atrás dela.

E eu saio correndo atrás dela como uma criança brincando de pique e pega. Ela ria o tempo todo dizendo que eu não iria alcançá-la nunca, que nunca mais eu ia poder tê-la de novo se eu fosse tão lerda sempre. Aquilo só me deixava com mais vontade ainda, quase a alcancei varias vezes, meu ar já estava faltando de tanto correr em círculos por ali. Eu estava me divertindo é claro que estava, mas eu queria era outro tipo de diversão. Passando pela nossa arvore pela milésima vez só naquela brincadeira eu consegui pega-la a joguei contra o tronco tirando uma carinha de dor espontânea de seu rosto lindo.

Liz: Peguei! – Eu estava ofegante, meu corpo colado ao dela, minha boca a centímetros da sua.

Sophia: Agora eu sou toda sua! Conseguiu o seu prêmio! – Sorriu mordendo o lábio para mim.

Liz: Sim, toda minha só minha!

Arranquei minha blusa de tanto calor, ela fez o mesmo que eu. Abraçamo-nos suadas de tanto correr e nos beijamos ardentemente em seguida. Um jeito delicioso que só Sophia sabe me proporcionar. Nossos corpos perfeitamente encaixados. Minha mão apertando seu seio sobre o sutiã e nossos sexos se roçando sobre os shorts. Uma coisa totalmente comum para gente, mas ao mesmo tempo totalmente novo. Cada beijo que temos, cada amor que fazemos é sempre novo é sempre maravilhoso, eu nunca me canso, ela nunca se cansa... Suas mãos arranhavam minhas costas com vontade enquanto eu chupava seu pescoço deliciosamente, voltei a beijar sua boca, no mesmo instante em que coloquei uma de minhas mãos dentro de seu short e sua calcinha, massageando seu sexo totalmente entregue a mim. O beijo cada vez mais quente, com alguns intervalos quando sua respiração faltava e mordia minha boca em seguida. O momento era perfeito, fazer amor a luz da lua em um lugar lindo com nossa árvore logo atrás de nós. Uma cena típica de um filme romântico. Mas alguma coisa deu errado, alguma coisa deu errado de mais. Tudo se transformou em um filme de terror. Tudo começou a girar quando ouvirmos vozes dizendo 'Ai meu deus!"

Um passado no presente (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora