Cher: Não nos casamos. e eu o odiei por isso, depois de tudo, ele simplesmente acordou de manhã e não entendeu minha empolgação, disse que não se lembrava de nada que tinha acontecido na noite passada, me virei para a pia e respirei fundo, eu achava que sabia aonde eu estava me metendo, porém eu queria que ele desaparecesse da minha frente naquele momento. Me virei novamente e disse: - Nós precisamos conversar.
Ele foi até o sofá devagar, segui ele e me sentei em frente a ele.
- Eu acho que tudo isso está passando dos limites, você não se lembra de algo que aconteceu ontem, e tem esquecido as letras no palco, você precisa de ajuda.
Ele me encarou, a pupila dele parecia dilatada, mas os olhos escuros não me permitiam enxergar oque ele poderia ter usado.
- Eu não preciso de ajuda, eu sei bem oque eu estou fazendo e sei aonde isso pode acabar mas não vai, eu estou bem, já tô nessa a muito tempo.
Claire: as pessoas olhavam pro Leo e viam alguém vivendo o melhor que alguém poderia viver, sendo que isso era um completo absurdo, acompanhando ele de perto, esse era o efeito Leo, ele tomou um tombo na escada do palco de tão bêbado, só que ele sabia fazer parecer que ele só estava se divertindo
Leo: Eu odiava acordar de manhã com o sangue seco no nariz e na boca e sabia oque eu estava fazendo, o problema era não saber até onde ir, e eu sabia. Eu não tenho um problema e não quero ser tratado como se tivesse, é normal que eu não aceite tratamento para algo que não tenho, e eu conheço a reabilitação, já estive lá 11 vezes, nunca funcionou e nunca vai funcionar.
Cher (atualmente) : Funcionaria, era óbvio que funcionaria se ele tivesse tentado, de verdade, sem ir sendo obrigado, era tão claro que ele não mudava porque não conheceu outra vida sem nada disso, eu achei que as coisas não pioravam, mas o suposto "fundo" do poço que ele estava era só o começo, e ele mesmo quis cavar mais.
As coisas pioraram em 1994, o auge da banda, o auge da dor, o início da perda.
Cher: Acho que me lembro de todos os dias daquele ano, que pareciam durar mais que qualquer outro, Leo passava 20 horas se drogando e as outras passava nos shows, ele passou a não aparecer mais pra dormir, e sempre voltava no outro dia desmaiado, ou com algum problema com autoridades, comecei a me trancar no quarto e deixar ele se resolver sozinho, só que se resolver para mim e ele eram coisas terrivelmente opostas.
Mark: Aquela foi uma madrugada conturbada, que deu o nome a música: nothing good happend after 2 am" e realmente, nada envolvendo Leo era bom, independente de hora, lugar ou motivo, que por acaso era sempre o mesmo, drogas.
Cher: Assim que acordei de madrugada senti falta de uma das minhas pulseiras, que havia ganhado de minha mãe, e decidi procurar a segurança do hotel para verificar as câmeras, eu não achava realmente que podia ter sido roubada, mas gostei de prevenir, quando olhei as imagens, vi meu namorado, entrar no meu quarto, pegar minhas coisas e sair, e a aquele ponto, o colar já havia sido convertido em crack, e isso era uma certeza.
Mark: Acho que aquele ponto foi onde as visões de que ele estava sobre controle, se quebraram em mil pedaços, para nunca mas serem concertadas. Ali eu fiquei assustado e com medo do que ia acontecer depois, ou ele matava, ou ele morria.
Leo: mesmo um vida inteira sendo eu, ainda sou um mistério para mim mesmo.
cher: acho que não adiantou de absolutamente nada ter feito oque fizemos, se eu ainda te procuro em cada uma das pessoas que eu conheço. E você nunca se importou em pedir desculpas pelo oque você fez depois.
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rockstar boyfriend
Romancethe dumbest boy & the smartest girl in the history of the universe gatilhos: alcoolismo, abuso de drogas, depressão.