Capítilo 28: Blackout

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"Coisas ruins acontecem quando pessoas ruins sofrem"

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Desesperada, a garota correu ainda mais. Por sorte, já conseguia até avistar a cabana de onde estava.

As luzes estavam apagadas, e aquilo com certeza não era intencional pois todos, especialmente Jessy, faziam questão de deixar as luzes acesas. A energia então havia caído, ou alguém teria desligado ela.
A garota se perguntava milhares de coisas enquanto o vento cortava seu rosto e levava os seus cabelos para o ar, mas em especial, questionava se o homem sem rosto teria ficado de olho nos movimentos da casa e, quando viu Avani sair de lá, aproveitou a deixa.

Sentiu o tranco da inércia quando, de reprente, parou de correr ao chegar na porta e quase cair para frente.
Ao encostar na maçaneta pensou duas vezes antes de girar o objeto.

Poderia ser uma armadilha, algo muito provavelmente óbvio. Também poderia simplesmente não ter acontecido nada além de uma queda de energia, mas Avani não ouvia vozes.
De qualquer forma, entrou. Se seus amigos estavam lá, ela também deveria estar.

Entrou deixou a porta meio-aberta caso precisasse dar meia volta e ir embora.
Ao se aproximar das escadas lentamente, começou a ouvir sussuros.

— Eu disse há meia hora que devíamos acender o fogo da lareira.

Uma lanterna então iluminou Avani, cegando-a.

Alguém então gritou, fazendo todo mundo se assustar.

— Avani! —Thomas quase gritou.

Todo o resto do grupo desceu as escadas, gerando alívio tanto pela parte do grupo, quanto pela parte de Avani.

As meninas a abraçaram, também levou um esporro por ter saído correndo pela floresta e então eles voltaram para o ponto de encontro.

— O que aconteceu aqui? O que foi aquilo no telefone? E as luzes?

— Nós ouvimos um barulho —Jessy disse ofegante— Achos que era você até, mas então as luzes se apagaram e estamos no escuro total.

— Estava indo em direção a caixa de energia. —Thomas disse enquanto descia as escadas, sendo seguido pelo resto do grupo.

Eles andaram até a sala, onde, perto da lareira, havia uma caixa com interruptor.
Rapidamente, as luzes se acenderam.

— É um desastre essa energia. —Thomas disse.

Todos tiveram um certo alívio, mas passou no mesmo instante.

— Richy uma vez mencionou a péssima energia do lugar. —Cleo disse.

— Mas o que aquilo deveria significar? Que ele sabe onde estamos? —Lilly disse, ainda estressada.

— Acabou o churrasco? —Avani perguntou.

— Faz tempo.

Avani então trancou a porta da frente e logo voltou para eles.

— Não tem como ele saber onde estamos.

— Ah, né nada. Ele tá blefando. —Dan se aproximou.

Naquele momento, estavam todos sob a luz amarelada da sala em um círculo e olhando uns para os outros em confusão.

Avani então voltou para o ponto inicial e pista principal: O celular de Hanna.

Entrou nos aplicativos, entrou na conversa e bisbilhotou tudo, mas nada até então.
Só depois de ver algumas configurações por seu próprio celular, foi como se uma luz tivesse feito "plim" e alguém tivesse lhe dado um soco no estômago.

Duskwood: Escola Dos MistériosOnde histórias criam vida. Descubra agora