Domenico Fontenelle
Não precisei enviar uma mensagem para o Marco, o Lucien anda intermediando as nossas conversar para garantir que não vamos ser descobertos pelo inimigo, então foi o meu primo mesmo que nos informou que o Marco está nesse exato momento entrando na casa dos chefes do Cartel.
Isso vai ser bom, vamos saber logo se contamos com a lealdade deles ou não.
— O que você acha? — Ouvi a Bea perguntando.
— O que eu acho sobre o que? — Perguntei olhando para ela.
Já passaram exatos três dias que estamos aqui, é bem tedioso ficar aqui dentro sem poder fazer um misero barulho que possa chamar atenção, estamos correndo risco de sermos descobertos a cada novo dia que passamos aqui, no entanto eu não estou preocupado por que tudo já está esquematizado para levar quem quer que seja o ajudante do Jean para interrogatorio, so resta sabermos com certeza de quem se trata e o Marco dará as ordens.
— Sobre o plano deles de seduzir o Daniel. — Ela exclareceu sentando no sofá ao meu lado colocando os pés em cima do mesmo.
Bea por ser uma rastreadora como nenhuma outra, possui uma paciencia inabalavel quando se tratam de assuntos da famiglia, no entanto para todo o resto não sobra nada.
A minha teoria é que ela desgasta muito todo seu arsenal de paciencia e não resta nada para as outras areas da vida.
— Eu acho um otimo plano na verdade, e sendo bem sincero eu acho que não vai precisar chegar a tanto, ja sabemos que a tal de Rose é o elo fraco e vai contar tudo o que precisamos saber desde que seja ameaçada da maneira correta. — Retruquei realmente despreocupado com o andamento do plano.
Hoje eles tem uma festa para comparecer e vão colocar tudo em pratica, conhecendo a Estrelinha tanto quanto eu conheço sei que ela vai focar na assistente, afinal ela tem uma carta exepcional na manga, a Rose tem medo da esposa do Garcia, então se for devidamente ameaçada ela vai abrir o jogo sem nenhuma dificuldade.
Seduzir o Daniel é um plano para caso o primeiro falhe, e isso não vai acontecer.
— Pensei exatamente isso, eles estão com a faca e o queijo na mão.— Bea comentou e eu Franzi a testa confuso.
O que ela quis dizer com isso?
— Faca e queijo na mão? De onde você tirou isso?— Questionei com a voz subindo uma oitava devido a minha confusão.
Detesto não entender alguma coisa, fico me sentindo uma toupeira.
— É uma expressão brasileira que a Ana me ensinou, aprendi várias outras também eu gosto do jeito deles de se expressar.— Bea retrucou simplesmente, como se em um passe de mágicas a frase fosse começar a fazer sentido para mim.
E não fez, só para deixar registrado.
Casar com alguém que seja de um país completamente diferente geralmente trás no pacote palavras que uma das partes não compreende com tanta excelência quanto deveria. Eu até gosto disso, diversidade cultural enriquece os meus conhecimentos.
— Eu vou me lembrar disso. — Retruquei rindo fazendo uma nota mental para me lembrar mesmo de tudo isso.
— Sabe, depois que pegarmos o Jean e toda sua corja e as cabeças deles estiverem apodrecidas no chão, eu quero fazer uma viagem. — Bea disse aparentando estar cansada e eu concordei com a cabeça.
Ficar brincando de gato e rato é mesmo muito cansativo.
Meu celular tocou e eu olhei para o visor, senti uma vontade absurda de jogar o meu celular na parede apenas para não me aborrecer mais com isso.
— Quem é? — Bea questionou depois de me ver jogar o celular no outro sofá.
— Karla, por Dio eu juro que não estou mais aguentando isso. — Eu sempre tive uma relação de muita amizade e cumplicidade com os meus primos, e por esse motivo todos eles sempre souberam dos meus envolvimentos e eu sempre soube dos deles.
— Você deveria terminar com ela de uma vez. — Minha prima sugeriu aparentemente desejosa que eu realmente fizesse isso, foi nesse momento que eu me recordei que ela não sabe das novidades.
— Nossa, eu não te contei, mas ja terminei com ela a alguns dias, no entanto parece que ela não entendeu muito bem o recado. — Respondi erguendo o celular mais uma vez mostrando uma nova chamada.
Dio, o que eu não faria para que nunca tivesse me envolvido com ela? Assim eu poderia estar com a minha estrelinha sem problemas.
— Me passa o celular. — Bea pediu quando o aparelho começou a tocar insistentemente pela terceira vez.
Não pensei duas vezes para fazer o que ela me pediu.
— Alô? Oi querida, você poderia fazer o favor de parar de ligar para esse numero? sua insistência já esta ficando bem chata e a minha paciencia não é das melhores. Ninguem nunca te contou como funcionam as convenções sociais? Se alguem não te atende é por que não quer falar com você. — Prendi o riso a cada palavra falsamente educada que a minha prima proferiu, agora eu acredito que a Karla vai parar de incomodar, principalmente por que ela não conheceu ninguem da minha familia, então não conhece a voz da Bea.
A minha prima estava com o sorriso largo, mas lentamente ele foi começando a morrer.
A forma como ela olhou para mim fez o meu estomago se revirar e eu realmente não faço ideia do motivo.
— Primo, eu acho melhor você atender.— Bea disse colocando a mão no celular para tapar o som de sua voz.
Franzi a testa no mesmominuto.
— Se tiver acontecido alguma coisa com ela eu sinto muito, mas não tenho nada com isso. — Retruquei prontamente anunciando permanentemente que não tenho a intenção de atender a chamada.
— Nesse caso é melhor você atender. — Bea retrucou parecendo preocupada.
Me neguei novamente.
— Eu converso com ele, pode deixar. — Ela disse voltando a colocar o celular no ouvido em um tom de voz muito mais compassivo que o utilizado anteriormente.
Em seguida ela desligou o telefone e olhou para mim e ficou em um silêncio ensurdecedor.
Mas que diabos esta acontecendo aqui?
— Bea, você esta me deixando preocupado, o que ela disse? — Perguntei desistindo de esperar a boa vontade da Bea de me contar o que está acontecendo.
Eu amo a minha prima, isso é indiscutivel sinto como se ela fosse uma irmã, mas eu me sinto na obrigação de admitir que ela tem certa pretenção a ser extremamente dramatica em algum momentos inadequados.
— Sinto que você não vai gostar do que eu tenho para te dizer, mas lembre-se que de qualquer forma é uma benção para a sua vida. — Ela começou a falar tentando pensar na melhor maneira de me contar seja la o que a maluca tenha lhe contado.
Provavelmente não passam de mentiras para tentar me fazer reatar o relacionamento, mas não existe nada no mundo que seja capaz dessa proeza.
Nada vai me fazer abandonar o amor que eu sinto por minha estrelinha.
— Fala de uma vez, sem suspenses.— Respondi pedindo unicamente a verdade, e não o começo de uma historia de terror que foi exatamente o que parece ter acontecido.
— A Karla está gravida.— Bea despejou de uma vez me deixando atonito e completamente assustado.
Eu devo ter entedido errado com certeza, desde quando a minha vida se transformou em um conto de horrores?
Oi genteeeeeeee, me desculpem pelo sumiço, para ser sincera eu não estava conseguindo escrever mais do que uma misera linha por mais que eu tentasse, espero que tenha sido apenas uma fase e agora eu possa voltar com capitulos incriveis para vocês com todos os livros. Inclusive tenho uma novidade incrivel: Jaja um dos livros aqui da plataforma estará disponivel na AMAZON com capitulos INEDITOS! Aguardem meus avisos, não esqueçam de votar e comentar muitooooooooooooo
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Príncipe Monstro - Livro 2 da série: Família Fontenelle
RomanceDois anos após o ocorrido Domenico ainda é atormentado por pensamentos e lembranças terriveis e principalmente pela culpa. Uma das poucas fontes de alegria e paz que ele possui além da sua família, é a relação de familiaridade que foi construída com...