Capítulo 11

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Janeiro de 1998

- Tem que ser eu.

Eles estavam discutindo pelo que pareceram horas. Se Tonks não estivesse absolutamente tão grávida que era quase doloroso olhar para ela, Hermione pensou que poderia ter amaldiçoado a outra bruxa agora. Lupin, sempre tentando mediar, parecia abatido, e Harry e Rony pareciam não conseguir escolher um lado totalmente, mas pareciam estar extravasando sua frustração alternando gritos com todos. Blaise, parecendo que se encaixaria ali o tempo todo, estava observando atentamente enquanto ele estava ao lado de Hermione. Susan Bones, que Hermione pensou distraidamente que deveria estar em alguma missão para o quartel-general, estava pairando na beira da cozinha parecendo ansiosa.

- Eu sou a melhor chance que temos de enviar alguém que não será morto à primeira vista - Hermione repetiu pelo que deve ter sido a centésima vez.

Dino moveu-se novamente para o lado dela.

- Diremos a eles que temos informações - ele a apoiou em um tom persuasivo. - Isso vai nos dar tempo.

- Esse é o ponto, - Tonks estava quase explodindo então. - nós achamos que Voldemort está ficando lá. Você terá que estar na mesma sala que Voldemort. Seu cabelo era preto azeviche em vez do habitual rosa chiclete, como se seu humor não pudesse ser contido, e Hermione pensou em Andrômeda e Sirius e ficou momentaneamente impressionada com o fato de que essas pessoas eram todas da família Malfoy, para o bem ou para o mal.

- Bem, isso é... - Hermione ficou em branco por um momento. Isso havia ocorrido a ela, de uma forma abstrata, mas na pressa de descobrir como entrar na Mansão, ela perdeu de vista por um segundo o que estava potencialmente esperando por eles lá além de Luna.

- Ele vai torturá-la para obter informações - Tonks disse categoricamente. - Só porque você está apostando que é a única que pode não ser morta à primeira vista, isso não significa que é mais seguro para você. É o contrário. Você não pode ir, Hermione.

Lupin parecia inquieto. Rony empurrou a parede contra a qual estava encostado e pairou sobre a mesa também, os nós dos dedos brancos onde suas mãos descansavam na madeira.

- Não podemos simplesmente deixá-la lá - disse Hermione, mas sua voz soou mais fraca e ela odiou isso e se odiou por hesitar.

Harry limpou a garganta e as cabeças viraram para ele durante o impasse. Ele parecia aflito e dirigiu suas palavras apenas para Hermione. Eles estavam tingidos de culpa e soavam como se cada uma estivesse custando a ele dizer.

- Ele não está lá.

Dino e Susan pareciam extremamente confusos. Rony parecia resignado e zangado. Lupin e Tonks estavam tendo sua própria conversa silenciosa e furiosa e Hermione os deixou em paz.

- Como você sabe? - ela disse rapidamente, ignorando os murmúrios de todos e sentindo sua indecisão momentânea evaporar novamente.

- Ele está fora do país - Harry suspirou e sua mão foi involuntariamente para sua testa, esfregando a cicatriz lá em sua maneira habitual. - Eu o vi procurando por algo, não tenho certeza do quê. Algo a ver com a varinha dele. Mas, de qualquer forma, ele está fora do país há dias e acho que ainda não encontrou o que procurava, então... - o rosto de Harry parecia derrotado. - Eu não acho que ele estará na Mansão Malfoy esta noite.

A mente de Hermione girou em várias direções enquanto ela lutava contra o desejo de exigir respostas de Harry sobre como e por que ele estava vendo Voldemort novamente e o que mais ele sabia sobre esse negócio de varinhas e o que mais ele, Rony e Lupin não contaram a ela durante as férias. Com um esforço substancial, ela acenou para ele em agradecimento e eles compartilharam um olhar de compreensão sombria. Afinal, Hermione tinha ido com Harry em missões de resgate mal planejadas o suficiente para que ele devesse a ela. Aliás, ela lembrou a si mesma, voltando seu foco para os outros, assim como Luna..

Coisas Que Somos Jovens Demais Para Saber - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora