mamãe

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"Nenhuma arvore pode crescer ate o céu sem que suas raízes desçam até o inferno."

~Carl Jung

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Diante de mim está o corpo da mamãe..o cheiro amargo do sangue inundava toda a sala... Corro o mais rápido que as minhas pernas conseguem, me agarro em mamãe eu já não tenho coragem para olhar em seus olhos ou em me incomodar com o sangue que se acumulava abaixo dela.

-mamãe acorde por favor -
susurro em seu ouvido com uma esperança quase que inexistente que ela acordasse ou que aquilo fosse um sonho, lenvanto meu olhar para seu peito e vejo uma bala instalada, o barulho que eu ouvi foi um tiro? Alguém matou a mamãe?
As perguntas as lágrima ou talvez a confusão que se fundiam em meu coração, mas só depois de ser puxado longe da minha mamãe que percebi que a polícia tinha chegado provavelmente por causa do barulho.

-garotinho preciso que você se afaste- um policial de aparência gentil me puxou suavemente para longe

Eu nem me dei conta o quanto eu estava chorando até o momento em que eu engasgava com minhas lágrimas

- eu não quero largar a mamãe eu não quero que a levem- o policial ainda me puxava mas eu a abracei ainda mais forte eu não quero perder a mamãe, ela ainda deve estar viva ela apenas está dormindo certo? Não a nada a se preocupar isso tudo deve ser uma brincadeira e ela vai abrir o olhos e me abraçar como sempre faz.... mamãe vai acordar e dizer que me ama.

Um homem agarrou meu braço firmemente, e me puxou para longe da mamãe, e nesse momento pude ver claramente seu corpo sem vida, antes que eu pudesse entrar em Pânico o homem com cheiro forte de café e gatos me puxou para o seu colo, eu afundei minha cabeça em seu peito o cansaço me consumiu completamente e meus olhos se fecharam, logo eu dormi.

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Um vazio...

Talvez seja uma palavra muito curta para simplificar os sentimentos que aos poucos inundam minha mente

Mas no momento esse é o único a qual eu sinto.

Mamãe está a minha frente com o seu sorriso tão brilhante quanto o sol que fazia aquela manhã. Tentei desesperadamente correr até ela mas eu nem ao menos sinto meu próprio corpo para isso, a visão muda para mamãe me acordando suavemente enquanto abre as janelas, novamente estávamos no médico, mas algo mudou....eu parecia Feliz

Ela estava feliz..ela estava sorrindo tão brilhantemente que seus grandes olhos se inundavam de lágrimas de felicidades

Os anos foram passado rapidamente diante de meus olhos

eu tinha uma individualidade

a mamãe estava viva

Eu tinha amigos

Eu era feliz

Todos eram felizes

Kacchan era legal comigo

Eu...era um herói...

Se eu tivesse um poder essa seria a realidade?

E foi naquele momento,aos 4 anos de idade que ele entendeu que, no momento em que foi diagnosticado sem um poder foi determinado que todos aqueles que se envolvessem com ele sofreram,
E tudo isso pela sua maldita falta de um poder

Sim talvez fosse algo precipitado ou imaginário, mas na mente do pequeno izuku, ele era amaldiçoado, e ele acreditou nisso com todas as suas forças.

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