𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 53

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03 de julho de 1996, quarta-feira;

Aquila se sentou na mesa se jantar da casa de Snape, as velas na mesa estavam acesas aluminando o local, Regulus e Sirius se sentaram na frente da garota, Snape se sentou ao seu lado. Aquila sabia que eles sabiam da verdade sobre ela e Snape.

-Precisam ficar escondidos, são armas poderosas para nosso lado, armas que se Voldemort descobrir fará de tudo para destruir, quero que quando sairmos daqui, poucas pessoas saberão sobre nós, elas são, Remus e Harry, eles saberão que estão vivos e que eu os trai. -Disse Aquila.

-Remus não vai acreditar. -disse Sirius.

-Mas ele precisa, porque é só isso que ele irá saber. -disse Aquila. -Tudo que eu trabalhei, pai, está indo por água a baixo, não posso arriscar trair Voldemort agora, Harry e Moony vão saber na hora certa. Precisam ir para casa e eu preciso retornar a mansão Malfoy

Assim que ambos Black saíram após a conversa, Aquila não perdeu tempo e foi até a mansão Malfoy com a ajuda de Snape. Estava tudo igual a não ser por Zabini estar na escada esperando algo ou alguém.

Aquila andou com raiva até o mesmo, ignorando-o e entrando na casa, seu olhar era pesado com raiva. Sua varinha estava em mãos. Ela tinha medo de si mesma naquele instante. Draco parou em sua frente.

-Onde ela está? -perguntou ela fria. -Onde Bellatrix está? -perguntou ela rapidamente.

-Na biblioteca. -Aquila andou rapidamente até lá, com seus passos pesados, vendo a mulher baixa vestida de preto alcançar um livro no alto da estante.

-Expelliarmus. -Ela falou, desarmando sua parente.

-Ah, Aquila que surpresa em lhe ver. -disse a mulher.

-Sua filha da puta, como pode? -perguntou. -Sua família, seu sangue! -disse ela com raiva, se aproximando da maior. Adaga! Ela pensou. -Como pode trair seu lord por luxuria? -Perguntou. -Tão fiel, mas fazendo suas vontades pelas costas de seu Lord. Sua traidora! -disse ela, a lâmina gélida tocou sua palma, logo cortando um grande risco na bochecha de Bellatrix. -Vou lhe dar uma lição, e você nunca vai se esquecer. -falou ela respirando fundo.

-Promessa é promessa, sangue é sangue, família é família. Quem descumpre promessas paga um custo, e para mim é um custo muito grande, vai aprender a não mexer com minha família. -disse ela, a adaga entrou na barriga de Bellatrix perfurando-a, vendo a cair de joelhos no solo.

Lucius chegou no exato momento em que Bellatrix caiu no solo frio. Olhando para Aquila, vendo a cena sem expressão alguma.

-Tio, você pode levar, Bellatrix para o porão, e por favor, avise ao Lord das Trevas que eu voltei. -disse ela, limpando o sangue de sua adaga assim que ela voltou para a sua palma. Aquila caminhou até a cozinha, em busca de Narcisa.

Narcisa encontrava-se na cozinha, tomando uma enorme caneca com chá de gengibre e limão. Aquila sorriu ao vê-la. Ela parecia triste, ou desapontada, Aquila não conseguiu ver ao certo.

-Fico triste de não ter me esperado para a hora do chá! -disse Aquila sorrindo levemente para a mulher, que se levantou e a abraçou correndo. Acariciando os fios castanhos presos na trança que Aquila ainda usava. A Black queria contar para a Malfoy sobre seu primo, mas não pode.

-Você voltou. -Disse ela, tateando o rosto da menor. -Você está aqui. -disse ela.

-Estou aqui, Cissa. -falou ela sorrindo de leve. -Se me da licença preciso achar Zabini. -disse ela, andando novamente até a entrada, o homem alto e moreno andava pelo jardim, confuso. -Zabini! -ela chamou, ele andou rapidamente a ela.

-Aquila. -disse ele, abraçando-a, ele se separou dela e beijou o topo de sua testa.

-Está salvo agora. -disse ela. -Eu voltei.

-Não, Aquila, você está salva agora, não vou deixar nada acontecer com você. -disse ele, abraçando-a novamente, Aquila ignorou seu coração lhe dizendo o quão errado era, e o abraçou.

***

A morena pulou o jantar, ficando em seu quarto, restando a Draco verificar a garota Black. Ele se sentou silenciosamente na beira da cama da garota, dando um breve sorriso, Aquila o olhou, dando um sorriso torto e breve, como se se cumprimentassem.

-Converse comigo, Aquila. -disse ele. -Estou aqui, sempre estive e sempre vou estar, você sabe disso. -Falou ele. -Não quero lhe vê-la mal.

-Dray, estou morta. -disse ela, ele olhou-a confuso. -Estava. -disse ela. -Achei meu pai, e Regulus. -disse ela olhando-o.

-Regulus, o irmão de seu pai? O que morreu afogado. -falou ele.

-Isso, está vivo, meio morto, como nós três, trouxe os de volta, e não quero que ninguém saiba, sei em quem posso confiar. -disse ela.

-Sinto falta de quando nossos maiores problemas eram os professores chatos e as matérias acumuladas. -falou Draco.

-Sinto falta de Neville, do tempo que poderíamos ter tido. -disse ela encolhendo suas pernas e as segurando com os braços.

-Eu sei que sente, vai dar tudo certo, Aquila. -falou ele acariciando as costas.

-Não sei se aguento, Dray, preciso aguentar, mas não sei se consigo. -disse ela deixando uma lagrima grossa tocar sua bochecha escorrendo por seu rosto.

-Você vai conseguir, Aquila, eu sei disso. -diz ele, como se realmente soubesse.

-Porque acha isso? -perguntou ela, ainda soluçando.

-Não acho. Eu sei. -disse ele olhando em seus olhos castanhos. -Aquila nunca vi ninguém se sacrificar por outro alguém mesmo sem sangue ou de sangue como você fez. -disse ele. -Amor é algo profundo mata e te faz aguentar qualquer dor. Você é corajosa e leal aos que ama, e porque ama eles que vai conseguir continuar. Não tenho duvidas nisso. -falou ele abraçando de lado.

-Obrigada, Draco. -disse ela. -Acha que alguém se sacrificaria por mim do modo como estou fazendo? -perguntou.

-Não, nunca vi ninguém amar alguém assim, eu vi, uma vez, fiquei sabendo, você já deve pensar.

-Lily Potter. -falou ela, vendo-o concordar.

-Você vai conseguir. -disse ele. -Acredito em você. Nós acreditamos. -disse ele.

***

Aquila se levantou da sua cama, acordando cedo, o sol nascia no alto das montanhas, iluminando o ar acinzentado que pairava no local. Aquila colocou suas calças e sua blusa e desceu as escadas lentamente, seguindo até a cozinha, ela se serviu do café passado pelo elfo da casa.

Ela ingeriu o liquido quente rapidamente, andando até a biblioteca da mansão Malfoy, buscando por algo a distrai-la. Falhando miseravelmente. Não havia nada que poderia distrai-la da situação onde estava. Aquila andou até seu quarto novamente, vendo a porta do quarto de Cedric aberta. Ela entrou.

-Bom dia. -Cedric disse sentado em sua cama.

-Bom dia. -Disse ela. -Podemos conversar? -perguntou ela. Era estranha a amizade deles agora, a intimidade foi ficando para trás, se perdendo junto ao tempo em que as aulas eram o maior problemas deles.

-Obvio. -Disse ele timidamente. -O que houve? -perguntou.

-Cedric, se pudesse não ser mais um comensal, ou simplesmente estar do lado de nossos amigos, faria? -perguntou ela. -Independente de mim.

-Sim, não me leve a mal Aquila, mas não sou um comensal, nunca serei um, estou aqui porque sabia que precisaria de alguém. -falou ele.

-Ótimo. Era só isso que precisava saber, obrigada. -disse ela, Cedric era mais um para a Ordem da Fênix, e mesmo que antes não tinha certeza, agora ela tinha. 

Doces e Guerras-Neville Longbottom-Onde histórias criam vida. Descubra agora