𝒐𝒏𝒆.

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﹙♡﹚

Finney estava indo à escola novamente. Tudo tão sem graça e sem cor, quatro anos após seu sequestro e ele ainda não havia esquecido de toda aquela história. Também, como esquecer? Não é todo dia que você é sequestrado por um cara sinistro que usa uma máscara horripilante.

Se despediu de Gwen, sua irmã mais nova que agora era uma das mais populares de sua escola. Ele também era conhecido, mas somente por conta do sequestro, e por ter matado o sequestrador.

— Tchau, vê se vai pelo sol e pega um câncer de pele. — Finney disse rindo.

— Se fode, seu bundão. — Ela lançou o dedo do meio.

Finney abriu seu armário com um sorriso para colocar alguns livros que estavam pesando em sua mochila, assim que fechou, deu de cara com Donna. Eles estavam tendo algo, apenas alguns beijos, nada demais. Na visão de Finney, nunca viria a ter um relacionamento sério com ela, não gostava da mesma o suficiente para isso.

— Oi. — Ele disse, se encostando no armário. Donna sorriu.

— Olá, você não parece nada bem. O que houve?

— Apenas o de sempre, não se preocupe, tudo bem? — Ele disse um pouco estressado, Donna sabia que não estava tudo bem, mas apenas deixou passar. Não queria irritá-lo logo de manhã.

— Ok. — Ela se aproximou, dando-lhe um selinho. Finney sorriu forçado e eles começaram a caminhar até a sala de aula.

Seus ombros se tocavam frequentemente enquanto andavam lado a lado, deixando Donna envergonhada e Finney um pouco desconfortável. Era notável que ele não gostava muito de sua presença, ficava com ela apenas para não ficar sozinho. Poderia parecer um tanto quanto rude de sua parte, mas ninguém o entenderia.

Entraram na sala ao mesmo tempo que o professor, o loiro se direcionou até sua mesa, Donna o seguiu, sentando-se ao seu lado. Finney bufou e colocou suas coisas em cima da mesa, enquanto sentia a sua mão tocar a dela por debaixo da carteira. Ela entrelaçou seus dedos, juntando as mãos. Finney tirou seus dedos dos dela rapidamente, odiava quando ela o tocava sem permissão. Donna riu pelo nariz. Ela ficou sem graça.

— Perdão. — Ela sussurrou, o cacheado assentiu, ainda desconfortável.

A porta ficou aberta, Finney descansou seu olhar ali enquanto o professor explicava algo que não conseguia compreender, estava planejando dormir, pois ainda tinha sono. Enquanto ele olhava para a porta, viu um garoto passar.

Mas não era qualquer garoto, este garoto era moreno, usava uma bandana e tinha cabelos longos. Arregalou os olhos, não podia ser. Parecia muito com... Deixa pra lá. Finney pensou. Não poderia ser ele, ele estava...

Morto. Robin estava morto, morreu há anos.

Tentou tirar aquilo de sua cabeça, Robin morreu há muito tempo atrás. Não tinha como ser ele. Não mesmo. Era impossível. O loiro bufou e passou as mãos pelos cachos, levantou as mangas do casaco, deitando-se sobre a mesa. Seus pulsos se encontravam cheios de marcas e cicatrizes, ele se automutilou até os quinze anos de idade, pelo simples fato de achar que a morte dos garotos era sua culpa. Sempre carregou esse fardo.

Ainda tinha algumas recaídas em relação a isso, mas agora, apenas por conta da culpa da morte de Robin e também por conta de seu pai. O sequestro não alterou em nada na relação deles, continuava o humilhando, o batendo e fazendo piadas de mal gosto. Ele mencionou mudar assim que Finney conseguiu sair do porão, mas não o fez. Aquilo era péssimo.

Fechou os olhos e sentiu uma brisa no rosto, um vento frio, logo depois, um sussurro.

"Você desistiu? Não desista de mim!"

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⏰ Última atualização: Mar 12, 2023 ⏰

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𝗮𝗺𝗼𝗿 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗮𝗹  ━━  rinney. ✮Onde histórias criam vida. Descubra agora