13- "Me desculpe, George"

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TW: Violência, assédio. (Avisarei quando for a hora.)

- Fácil. Me dê George, e eu te devolverei o relógio.

Dream estava incrédulo. George arregalou um pouco os olhos ao ouvir aquilo e se encolheu um pouco.

Dream não faria isso... Mas ele tem medo.

O loiro franziu as sobrancelhas com raiva do que havia sido proposto. Suas desconfianças estavam corretas. Ele não matou George porque tem interesse nele.

De uma coisa Christopher não sabe; para Dream, George vale muito mais do que qualquer quantia em dinheiro, ele nem sequer ousa fazer essa comparação.

- O quê? Você não disse isso... - Dream suspirou.

O loiro sabia que George estava assustado, não poderia se descontrolar e o assustar mais ainda. Fez um leve carinho na cintura de George, enquanto se segurava para não levar Dylan até a sede da Dsmp ou um galpão isolado, e torturá-lo até a morte ou até ele se arrepender de dizer isso.

- O que foi? Não estava procurando pelo relógio, então estou de dando uma oportunidade... Me dê o garoto, e eu te dou o relógio, farei o que bem entender com ele. - Christopher olhou George de cima a baixo, com um olhar malicioso.

George olhou para Dream. Assim que percebeu o que Christopher planejava fazer com ele, seus olhos ficaram marejados e ele se sentiu horrível, descartável, como se ele não tivesse sentimentos.

- Dream... - O moreno suplicou.

Dream quase se descontrolou ao ouvir George falar daquele jeito. George é corajoso para caralho, não teve medo de quase nada desde que entrou na Dsmp. Mas isso mechia com seus traumas, lhe lembrava da época em que seu pai lhe humilhava e fazia coisas horríveis com ele.

Sabe que Dream não faria isso, mas só de pensar em viver um inferno parecido com aquele que vivia novamente, ele entrava em pânico.

Dream virou o rosto para George, suavizando um pouco a expressão para tentar tranquilizá-lo.

- Está tudo bem, meu amor, ele não vai fazer nada. - Falou baixinho para que apenas George ouvisse. Isso acalmou um pouco o moreno.

Adorava que, independente da situação, Dream nunca foi rude com ele, sempre falava com aquela voz calma e suave.

- E então, o que acha? Me dê George, e eu te darei o relógio. - Christopher perguntou novamente.

Ele sabia que Dream estava com raiva, sabia que George estava com medo, mas não ligava, continuava com aquele sorriso típico no rosto.

Dream ficou em silêncio novamente. Se ele abrisse a boca para falar com Christopher, ele não iria se controlar.

- Ah, está indeciso? Se acha que ele vale mais do que o valor do relógio, posso te pagar o dobro. 60 milhões pelo garoto. É uma boa oferta.

Dream não pode ficar calado. Não poderia deixar desrrespeitarem George desse jeito.

- O que você acha que está falando?! Você está tentando precificar George?! O quão podre você é para tratar ele como um objeto?! MEÇA SUAS PALAVRAS QUANDO FOR FALAR DELE, SEU IMBECIL! - Gritou a última parte, levantando do sofá que estava com George e se aproximando de Christopher, que permanecia sentado, com aquela merda daquele sorriso no rosto.

Raramente ele se descontrolava ou perdia a paciência, mas não dava certo quando isso acontecia.

- Bem... Se não aceita, tudo bem, mas saiba que... - Christopher se levantou e aproximou de Dream e George. - Eu nuca desisto do que eu quero... - Ele virou para George e pegou eu seu queixo, forçando-o a olhá-lo. - eu ainda vou fazer o que quero com você. - Dream imediatamente agarrou o braço de Christopher e o afastou.

Christopher saiu dali devagar. George estava com os olhos marejados e Dream estava olhando para o nada com uma expressão não muito boa.

Depois de alguns segundos, Dream lembrou que George poderia entrar em pânico a qualquer momento. Olhou para o moreno e o viu se levantar com pressa.

- E-eu... Preciso ir ao banheiro, quero lavar meu rosto... - George disse e sumiu no meio das pessoas.

- Não! George, não pode ficar sozinho com ele aqui! - Já era tarde demais.

Agora Dream já sentia a sensação de angústia ao saber que George estava sozinho e que algo poderia acontecer com ele.

Correu para tentar encontrar o banheiro, mas parecia impossível.

George adentrou o banheiro, conseguiu o achar por pura sorte. Caminhou até a pia e começou a jogar água em seu rosto e esfregar freneticamente, queria se livrar de qualquer lembrança daquele toque imundo.

Esfregou seu rosto por muito tempo, até que uma voz chamou sua atenção.

- Acha que vai se livrar de mim com água? - O moreno paralisou e olhou no espelho. Era ele, de novo.


TW


Virou de costas para a pia e olhou Christopher, que estava com aquele sorriso malicioso no rosto novamente. George não conseguia dizer ou fazer nada. Apenas se martirizava por ter saído correndo sem ao menos ter esperado Dream.

Christopher se aproximou de George e o prensou na pia, colocando as mãos em sua cintura.

George não poderia estar se sentindo pior naquele momento. As mãos de Christopher apertavam a joia de cintura de George contra sua pele, doía, e além disso, se sentia mais sujo ainda.

- Hm, safiras verdadeiras. Ele comprou isso para você, não é? Ele tem mais dinheiro do que pensávamos. - George tentou se afastar, mas se viu encurralado. - Isso fica bom em você, te deixa ainda mais gostoso.

Christopher tentou beijar o pescoço de George, mas antes disso, sentiu seu ombro ser puxado para trás e um soco ser desferido em seu rosto.

- O QUE ACHA QUE ESTÁ FAZENDO? - Dream gritou. Estava vermelho de raiva, literalmente parecia estar incontrolável, e querendo ou não, isso assustou um pouco George. Mas ele se sentia aliviado por Dream ter o achado.

Eles começaram uma briga corpo a corpo, Christopher revidava, mas mal conseguia acertar Dream. O loiro conseguiu derrubar Christopher no chão do banheiro e começou a socá-lo sem parar.

A baderna chamou atenção de algumas pessoas, que entraram no banheiro e se aproximaram de Dream para fazê-lo parar.

- Se eu fosse você eu não faria isso! - O loiro disse entre dentes quando sentiu alguém puxar seu braço.

O loiro se levantou quando Christopher já estava meio grogue e pegou sua arma. Puxou o gatilho e apontou para Christopher, pronto para atirar.

- DREAM! PARA! - George gritou enquanto chorava encolhido no canto do banheiro.

Dream o olhou, e quando seus olhos encontraram com os de George, sua mente clareou um pouco e ele conseguiu se controlar mais.

Rapidamente abaixou a arma e a guardou, correndo até George e o abraçando fortemente em seguida.

Enterrou o nariz nos cabelos do moreno, enquanto o outro pressionava a cabeça sobre o peito de Dream enquanto o abraçava fortemente e soluçava.

- Me desculpe, George.

••••••

Achavam mesmo que Dream iria aceitar isso?

Amo ver vocês minis queridos surtando nos comentários. Obrigado a todos que comentam e que apoiam a história, são vocês que me motivam a continuar!<3

Ah, estava aqui pensando em talvez escrever uma oneshot dnf sobre o que aconteceu no squid craft games. Vocês leriam?
Obs: Não pago a terapia de ninguém.

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje. Segunda-feira tem mais!

Não esqueçam da ☆!

I'm The Mafia •DNF & SIDE KARLNAP•Onde histórias criam vida. Descubra agora