TARA'S POV
Sábado, 20h da noite. A festa havia acabado de começar, Sam e Tyler chegaram mais cedo pra me ajudarem com os preparativos. Não demora muito pra que todos os convidados cheguem.
— Ei, alguém escolhe a música enquanto eu pego as bebidas! — Aumento meu tom de voz pra que consigam escutar.
— Eu escolho! — Amber anda em minha direção e estendo minha mão com o celular, pra que ela possa pegar. Começa a tocar "Doin' Time da Lana Del Rey.
Todos começam a beber e dançar. A próxima música da playlist é lenta e romântica.
— Dança comigo. — Tyler chama e eu o acompanho. Coloco minhas mãos em seus ombros, e ele as coloca em minha cintura.
— Sou muito sortudo por ter você. — Ele sorri. — Você é a noiva mais linda do mundo.
— Obrigada por cuidar tão bem de mim. Você é muito especial. — Dançamos abraçados até a música terminar.
Algumas horas se passam, alguns já estavam bêbados, mas eu não. Não exagerei na bebida.
Vou até a cozinha pegar um copo d'água, e posso ouvir "Lover" da Taylor Swift começar a tocar.
— Carpenteeeer! — Diz Amber animada, quase caindo ao andar.
— Já tá bêbada, Freeman? — Brinco. — Toma, acho que você precisa dessa água mais que eu. — Dou o copo.
— Tá tocando Taylor, vamos dançar! — Ela puxa meu braço.
— Aqui? — Acabo só seguindo seus movimentos, com medo dela pisar no meu pé de tão bêbada. — Tem certeza que você tá bem, Amber?
— Claro que eu to! Bebi pras mágoas passarem. — Ela ri.
— Como assim, que mágoas?
— Ah, você sabe como é isso de ver a pessoa que você mais amou com outro.
— Do que você tá falando? — Pergunto confusa.
— Shiu, você vai estragar a dança. — Ela leva meu braço ao alto, me girando.
— Seja lá o que for, você pode me contar. Você costumava me contar tudo. — Sorrio
— Bom, nem tudo. — Ela responde. — Digamos que não tem um jeito de contar pra sua melhor amiga que você é apaixonada por ela.
— De quem você tá falando? Dove? Sabrina? — Fico cada vez mais confusa.
— De você, sua bobinha. — Fico imóvel. Ela não quis dizer isso, né? Deve ser só o efeito da bebida.
— Amber, você não tá falando nada com nada. — Paro de dançar e me afasto. — Você bebeu demais, é só.
— É, eu bebi muito mesmo. — Ela ri. — Mas é verdade. Pensei que eu já tinha superado muito tempo atrás, mas parece que não.
A música termina e ela sai da cozinha, fazendo com que eu continue parada no mesmo lugar por alguns segundos, tentando processar o que acabou de acontecer. Foi a conversa mais estranha de toda a minha vida.