Capitulo 22 - Suigetsu

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Dirigindo pelas ruas da praia de Sunagakure, tudo ao seu redor era muito nítido. Dirigia rapidamente, mas sabia que podia ir mais rápido ainda. Em poucos segundos, conseguia perceber detalhes que normalmente nem teria percebido: o sereno ao redor dos postes de luz, um cesto de lixo derrubado na rua ao lado do Burger King, um amassadinho ao lado da placa no Nissan Sentra.

Ao seu lado, Sakura estava apreensiva, mas não tinha dito nada. Não tinha perguntado para onde iam, mas não precisava. Assim que a mãe de Karin saíra da sala de espera, Sasuke tinha levantado com cara de ódio e voltou à caminhonete sem dizer uma única palavra. Sakura foi atrás dele e ficou ao seu lado no carro.

Passou no sinal amarelo, mas, em vez de diminuir a velocidade, pisou ainda mais fundo no acelerador. A rotação do motor aumentou, a velocidade da caminhonete também, estavam indo ao Bower's Point. Sasuke conhecia um atalho e fazia as curvas com facilidade; saindo do centro comercial, a caminhonete entrou em um bairro tranquilo, com casas de frente para o mar. O píer veio logo em seguida e depois a casa de Sakura. E ele continuava a aumentar a velocidade até o limite de segurança.

Ao seu lado, Sakura segurava no puxador até que Sasuke fez a última curva e entrou em um estacionamento escondido atrás das árvores. A caminhonete derrapou no cascalho e Sakura finalmente criou coragem para falar.

-Por favor, pare com isso.

Sasuke ouviu, e percebeu o que ela quis dizer, mas isso não evitou que ele saísse do carro. Apressou o passo e as imagens não saíam da sua mente: o incêndio na igreja, o festival, o jeito que Kimimaro tinha agarrado Sakura, e Karin, tomada pelo fogo.

Andou ainda mais rápido e encheu-se de coragem para fazer o que pretendia. Chegou perto o suficiente para perceber as garrafas de cerveja vazias ao redor da fogueira, e sabia que não seria visto por eles por conta da escuridão.

Kimimaro estava prestes a colocar a cerveja na boca quando Sasuke o pegou por trás, bem abaixo do pescoço. Sentiu o ricochete das costas de Kimimaro diante do impacto, ouvindo seu gemido ao jogá-lo na areia.

Sasuke sabia que tinha que agir rapidamente, para chegar em Jirobo e Kidomaru antes de pudessem reagir. Entretanto, ao verem Kimimaro no chão subitamente, os dois ficaram petrificados e, depois do golpe nas costas de Kimimaro, foi para cima de Jirobo, suas pernas movendo-se como pistões, levando-o para trás do arvoredo. Sasuke subiu em cima de Jirobo, mas, em vez de usar os punhos, recuou e deu com sua testa no nariz dele.

Sentiu tê-lo esmagado diante do impacto. Sasuke levantou-se rapidamente, ignorando Jirobo, que rolava de dor no chão e tinha o sangue jorrando pelos dedos; os gritos eram parcialmente abafados pela náusea.

Kidomaru já estava pronto para vir para cima e Sasuke deu um grande passo para trás. Ele ia pegá-lo pelas pernas e Sasuke levantou o joelho e bateu bem na cara de Kidomaru, que inclinou a cabeça para trás e já estava desmaiado quando caiu no chão.

Dois já eram; faltava um.

Nesse ponto, Kimimaro estava tentando se levantar. Pegou um pedaço de madeira e ia recuar conforme Sasuke se aproximava, e Sasuke não podia dar tempo para ele recuperar o equilíbrio e agredi-lo. Foi para cima dele. Kimimaro rebateu com a madeira, mas a batida não foi tão forte; Sasuke segurou-a com força quebrando-a ao meio bem no peito de Kimimaro. Passou os braços em volta de seu corpo e apertou com força, puxando-o e aproveitando o impulso para fazê-lo recuar. Parecia uma defesa de futebol americano, digna de ser fotografada, e Kimimaro caiu de costas.

Sasuke forçou todo o seu peso em cima dele e, assim como fez com Jirobo, deu-lhe uma cabeçada com a maior força.

Também sentiu que seus ossos se quebravam, mas dessa vez não parou para ver. Em vez disso, começou a esmurrar Kimimaro. Não parava de bater nele, liberando toda sua raiva diante da sensação de impotência que sentia desde o incêndio. Bateu mais de uma vez nos ouvidos de Kimimaro. Os gritos dele só aumentavam seu ódio. Bateu novamente ao lembrar das histórias que Sakura lhe contou sobre o que lhe fizera e especialmente pelo que havia feito com Karin essa tarde. Mais uma vez, o socou no nariz e, então, subitamente, sentiu alguém segurar seu braço.

A última música - SasuSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora