capítulo Único

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É temporada de caça. Os ômegas são soltos na floresta para serem caçados por seus futuros alfas. É o primeiro ano de Loki na Caçada. (É o primeiro ano para cada ômega. Nenhum ômega deixa a Caçada sem ser reclamado.)

Loki está com medo. E frio. Ele só tem uma tanga sobre ele e sandálias cobrindo os pés. A mata ainda é muito fria apesar de ser a estação mais quente do ano, e ele sempre foi muito pequeno, menos resistente ao frio que o outro Jotnar. Um nanico. Ele espera que isso funcione a seu favor. Os alfas maiores e mais fortes irão atrás de ômegas mais saudáveis. Com alguma sorte, nenhum alfa vai querer ele. Ele só quer ficar sozinho, com seus livros, com sua magia. (A tinta mágica queima em sua pele, sigilos negros restringindo sua magia para que ele não possa lutar.) Ele sabe que perderá tudo isso se for reivindicado por um alfa. Se eles forem gentis – uma característica rara para um alfa – eles o deixarão manter sua magia para as tarefas diárias, caso contrário, os sigilos agora temporários se tornariam permanentes.

Um uivo ecoa pela floresta. Não é um animal. O corpo de Loki estremece. Tão perto.

Há um cheiro no ar. Existem muitos, na verdade – tantos ômegas –, mas este é especial. Thor fareja o ar, procurando por sua fonte. Tão doce e picante. Parece que öhm-sha está descendo pela garganta.

Quando ele encontra o caminho, seus instintos tomam conta de sua mente. Ele corre entre as árvores, esmagando a neve imaculada sob seus pés; o ar frio quase imperceptível sobre sua pele Jotun. Ele se aproxima de outros ômegas, mas não lhes dá atenção; sua mente está focada naquele cheiro delicioso.

Eles também estão fugindo, seu ômega. Sempre tão perto, mas não o suficiente. Seu ômega o notou e está lhe oferecendo uma boa perseguição. Um ômega tão bom já. Mas nenhum ômega pode ser mais rápido que ele, não nesta floresta. Ele tem caçado toda a sua vida – de alguma forma se preparando para isso.

Thor só o vê por um segundo antes de se jogar nele. O ômega – tão pequeno e magro, um nanico – olha por cima do ombro e seus olhos se arregalam de surpresa.

No segundo seguinte eles estão rolando no chão, ficando cobertos de neve, batendo em algumas árvores. Seu ômega está seguro, protegido em seus braços. O mundo finalmente para ao redor deles, e eles ficam parados na neve enquanto seus corações desaceleram. Thor não pode deixar de notar como seu ômega cabe bem em seus braços, tão pequenos e delicados. Seu ômega se move e algo estala em sua mente. Thor aperta os braços e rosna.

"Meu." Ele ressoa em seu peito e por todo o corpo de seu ômega.

O ômega dele não vai fugir, não mais. Thor solta seu aperto e olha para ele pela primeira vez. Seu ômega parece tão pequeno e magro, ele se sente tão frágil nos braços grandes e musculosos de Thor, mas como um Jotun ele deve ser resistente apesar de seu tamanho. Thor acaricia seu ombro e braço nus, tentando fazê-lo relaxar. Ele está encolhido como uma bola, e Thor gostaria de pelo menos olhar para o rosto dele. Ele sabe que alguns ômegas ficam com medo durante a Caçada, mas todos se tornam dóceis sob as atenções de seu alfa. Thor se inclina e acaricia sua nuca. Ao sentir sua língua, seu ômega estremece. Ele tem um gosto forte de magia, nem mesmo os sigilos de bloqueio podem escondê-lo. Poderoso, então.

Com mais algumas carícias sobre seu corpo esguio, seu ômega relaxa o suficiente para que Thor possa deslizar uma mão entre seus joelhos e tronco. Ele pode cobrir toda a barriga com a mão larga e isso o emociona.

“Bom ômega,” ele sussurra, e seu ômega geme baixinho, balançando em seus braços.

Sua bunda pressiona contra sua virilha sem querer, e Thor tem que cerrar os dentes. Ele tem estado duro desde que a perseguição começou, e é difícil se segurar, mas ele não acha que pode foder seu ômega imediatamente. Ele não pode esperar muito mais, então ele se afasta e move seu ômega para que fique de quatro. Seu ômega olha para trás com uma expressão confusa, mas Thor não lhe dá tempo de perceber o que está acontecendo antes de enterrar o rosto em sua boceta. Ele começa a lamber os lábios aveludados e quentes com sua grande língua, cantarolando com o delicioso sabor do ômega. Seu ômega tenta inutilmente se afastar, mas Thor o segura com firmeza, levantando seus joelhos do chão em sua ânsia. Ele desliza a língua para dentro e fecha os olhos ao sentir o sabor do delicioso ômega slick. Seu ômega choraminga e geme, movendo seus quadris, mas desta vez ele está tentando se aproximar, para aprofundar sua língua. Thor obedece.

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