O maior tempo que o dia poderia ter
o solstício de verão cromava o astro
do Senhor dos céus com desordem.O som das cordas, traçava toda a harmonia existente, as ondas sonoras emitidas dos instrumentos utilizados nas músicas country norte-americanas encantava o interior da lataria. Percorrendo sobre a estrada obscura no anoitecer, após longas horas de viagem, Amberly Rosalee D'Fortune, necessitava apenas de uma confortável cama. Como um rabisco sobre um mapa, todas aquelas horas se resumiam a troca de discos no som automotivo, pacotes industrializados e latas de diet coke. Srta. Sapphira D'Fortune, mãe da garota que traçava a América, desejava apenas que sua doce garota retornasse para o continente que localizava-se.
Embora corresse o risco, a emoção no interior de Amber, fortificava cada vez mais que estivesse próxima a Long Island. Assim como Perséfone, Rainha do Submundo, retornava a cada semestre para a superfície, Rosalee, — retornava ao Acampamento Meio-Sangue — no segundo semestre do ano. Desta forma, a semideusa anualmente estava no equilíbrio de seus genitores. Para alguns aquele local era definição de paz e conforto, certamente a catástrofe era mais em baixo.
Na companhia de um motorista, na qual não trocava nenhuma se quer palavra com a loira, finaliza a viagem deixando-a no local destinado. O emblema dourado sobre o capô do automóvel, cintilava na manhã de junho. Amber finalmente poderia prosseguir, carregando consigo uma mochila que laçava seu corpo e uma maleta verde água contendo dez discos de vinil, de cores e conjuntos de músicas diferentes, todos de uma única cantora. — Amber jamais iria para um local sem sua coleção de discos.
A estrada coberta de cascalhos, tinha a visão do repugnante verde por todos os lados. As árvores de pinheiro cobriam tudo, deixando a única passagem a vista. Quando menos pudesse imaginar, estava já na Colina Meio-Sangue. Um portal de rústicos pilares gregos, contendo uma placa na qual as letras saiam da madeira, formando naturalmente as palavras do local que estava presente.
Dentre todos os pinheiros, um deles atraia o olhar de todos que passassem naquela região, sendo o maior e mágica pinheiro. Além daquele pinheiro, outro alguém fazia-se presença, a iluminação do sol deixava seus cabelos cintilarem. No ano passado era menor, mas desta vez estava definitivamente superno. Atlético, altura superior, braços fortes deixando a camisa alaranjada justa em seus músculos, possuindo um surrado peitoral de couro.
— Finalmente. Por um segundo pensei que tivesse encontrado um Minotauro pela estrada. — Tyler, o garoto prodígio, dizia distante, aproximando rapidamente até a loira, laçando seus braços em sua cintura, levantando a garota e girando ambos os corpos.
— Pode ter certeza que se eu visse um, chamaria primeiro por você. — A loira sorria, logo separando ao rapaz enquanto sua visão observava o corpo do garoto. Tyler, assim como Amberly e Darcy, eram o trio mais desprovido de sorte da Colina.
— Vamos logo, Quíron esta noite formará as equipes do Caça a Bandeira. Darcy está ansiosa para a sua chegada. — O superior, dizia com a ansiedade em sua feição, retirava a maleta das mãos da loira, prosseguindo com a própria na estrada.
Finalmente, chegava ao seu chalé de número sete, sendo aquele rústico local de madeira clara e detalhes de notas musicais nas paredes. No salão principal do chalé, não fazia a presença de ninguém, os instrumentos de uma banda fazia presença ali, embora raramente ninguém estivesse tocando-os naquele momento, Amber era a única presente naquele local. Enquanto ao seu colega, o mesmo aguardava fora do chalé.
A terceira cabine era a sua, sendo este o seu local próprio desde sua chegada. Os móveis limpos, tudo estava arrumado, algum organizador havia passado por ali antes de sua chegada. Uma vitrola normal estava no local de sempre, abrindo aquela caixa marrom sem a presença de nenhum disco. Detalhes dourados estavam por toda sua cabine, sua própria estética. Diante aquilo, algo lhe assustava, era irônico a forma como chalé da música estava em um completo silêncio. Dentro da mochila que trouxesse, retirava uma pequena caixa preta de veludo, contendo dentro uma gargalhada de couro preto trançado e um berloque de ouro no centro do acessório, moldado um símbolo de sol. Caminhando a frente de um espelho, a própria usava a jóia. Com aquela simples jóia, Amberly, já se sentia em casa.
O silêncio era quebrado, batidas em sua porta de madeira não aguardava nem mesmo sua resposta, revelando assim uma garota da mesma altura de Amber. Uma jovem de pele morena, surgia. Seu cabelo castanho e mechas roxas atraia o olhar da loira, sua presença infestava o ambiente com uma doce fragrância de uva, o cheiro natural de vinhedo tinha sua própria marca.
— Amber! Temos tanto o que conversar. — Darcy Louise, filha do Sr. D, dizia animada e logo lançando um caloroso abraço na própria. Definitivamente o silêncio havia sumido.
Naquele entardecer alaranjado, a filha do Deus do Sol e da música, destruía a saudade em seu interior, ambas conversavam por toda a tarde. A evolução de Tyler, relacionamentos, missões, com a presença de Louise todas as informações estariam com Amberly. A grande pauta voltava à tona, garoto prodígio, estaria destinado neste semestre a ser o Campeão dos Gladiadores, evento que ocorre anualmente. Neste evento um semideus participa uma batalha com vários campistas, se o próprio vencer todos os seus adversários, ele torna-se o melhor Gladiador do Acampamento. Sendo assim, sua evolução fazia parte do processo para vencer os filhos de Ares, incluindo Enoch Beasley La Rue.
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O Sangue de Apolo
Fantasía𝓤m globo de espelhos é constituído por fragmentos de vidro; espelhos quebrados. Mesmo partidos quando um feixe de luz o ilumina, ele simplesmente brilha. Ainda que rompida, a figura de olhos de esmeralda, fios folheados a ouro, está sempre a radiar...