A Seleção Invertida.

Capítulo 51

Estávamos já chegando no castelo e então eu tive a ideia:

- O aniversário de sua mãe irá ser no dia em que o último selecionado da Seleção será mandado para casa, então vocês poderiam ficar alguns dias a mais e fazemos uma festa para ela e para o começo da Elite! - Explico.

Ele pensa no assunto e começa a de animar com a idéia.

- Sim! Seria perfeito, e a Brenda também poderia nos ajudar a preparar tudo - ele diz animado.

Chegamos ao castelo e fomos direto falar com Brenda. Ela estava no jardim com o Ed, acho que estragamos com algum clima, pois quando o Brendon chama a sua irmã o Ed faz cara feia para nós.

- Estamos interrompendo algo? - pergunto.

- Não, o que houve? - fala a Brenda.

Sem dúvidas, pela cara de Ed, nós interrompemos algo. Depois eu falaria com ele e pediria desculpas, parecia ser algo sério.

- Eu e a Scarlett iremos organizar uma festa para a minha mãe, mas precisamos de ajuda e de alguém que convença os nossos pais a ficarem por mais uns dias aqui - o Brendan perde até o fôlego ao explicar.

- Pode contar com a gente, - ela responde sorrindo - não é mesmo, querido? - completa ela, desta vez falando com o Ed.

Ele concorda com a cabeça, ainda sério.

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Mais tarde, após resolver algumas coisas da festa, me encontro com o Ed na casa da árvore. Me sinto nostálgica ao estar lá, fazia meses que eu não ia até a casa.

- Lembro-me de que vínhamos todos os dias aqui e ficávamos brincando durante a tarde toda - digo.

- Bons tempos; ou não. Acabo de me recordar que você sempre me obrigava a subir até o galho mais alto desta árvore, eu odiava isso - Jason diz sorrindo. - Desta vez acho que você deveria subir.

Olho para os galhos pensando na possibilidade, mas logo me recordo de que eu estou de saias. E mesmo assim, eu cairia de cara no chão, passar o final da Seleção com uma das pernas não é o previsto.

- Quem sabe mais tarde... - digo. - Enfim, eu te chamei para pedir desculpas por atrapalhar a sua conversa com a Brenda.

- Ah. Tudo bem - reponde ele com a cara fechada.

- O que foi?

- Não sei mais o que fazer... ela quer que eu vá morar com ela na Irlanda e eu não quero isso, mas ela disse que se eu não fosse, ela terminaria comigo - fala ele, sério.

- Que garota precipitada - digo. - Quer que eu converse com ela?

- Na verdade, quero sim! Obrigado - responde ele mais animado. - Mas então, já decidiu quem você vai mandar para casa?

- Sim.

Ele olha para mim esperando que eu diga quem eu mandaria. Não quero dizer porque ele vai insistir para que eu pense melhor, e a minha decisão está tomada.

- O Jason - repondo finalmente.

- Como assim? - diz ele inconformado. - Tem certeza disso mesmo? Você deveria pensar melhor, vocês se gostam tanto. E mesmo depois dele ter extrapolado, você deveria dar mais uma chance à ele e...

- Eu sei - digo interrompendo ele. - Eu já pensei bem, e essa é a minha decisão final.

- Hmmm. Está bem, não vou dizer mais nada.

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- Você não deveria se intrometer no nosso relacionamento, princesa Scarlett - Brenda responde friamente.

Eu havia acordado cedo para conversar com ela. Estávamos em seu quarto, nós duas em pé. Eu disse à ela que ela estava apressando muito as coisas, que o Ed precisava de mais espaço, mas ela não reagiu bem ao que eu disse.

- Eu e o Edward estamos muito bem, e se ele não estivesse gostando de algo, ele se queixaria diretamente a mim. Não quero brigar com a senhorita, eu gosto de ti, mas por favor, não se meta em minha relação com o Edward - completa ela.

- Bom, eu tentei - digo com os braços erguidos como se estivesse me rendendo. - Agora vocês dois que se virem, mas antes, só um conselho: o Ed é cabeça quente, se estressa com tudo, e se isso continuar assim, ele logo explodirá e essa relação acaba.

- Você está me ameaçando? - pergunta ela.

- O que!? Não! Nem pareceu uma ameaça - digo. - Enfim, com licença.

Saio do quarto antes que ela possa dizer algo. Ainda não sei porque discutimos, eu só estava ajudando ela. Ah sim, faz sentido, lembrei agora que não suporto gente teimosa, que não aceita o que os outros dizem, mesmo eu sendo exatamente assim.

Mais tarde, no finzinho da tarde o Ed vem falar comigo.

- Não liga para ela, ela é assim mesmo - diz ele sentando ao meu lado. - Eu já falei com ela e me pareceu que estamos entendidos agora.

- Que bom, Ed.

- Sim.

- Alteza! - me chama um guarda que se aproxima. - Os seus pais acabaram de chegar, eles estão a sua espera - continua ele após recuperar o fôlego.

Me levanto e vou até o encontro de meus mais, Ed me segue. Raramente minha mãe viaja sem mim, então eu estava morrendo de saudades dela. Além de que eu já não estava conseguindo controlar as coisas no castelo.

- Pai, mãe! - grito e corro até eles assim que os vejo.

Minha mãe abre os braços para que me receba com um abraço e meu pai continua ao lado dela com um sorriso enorme em seu rosto.

- Que saudades que eu senti de você, minha filha - fala a minha mãe.

- Eu também mamãe.

- O seu pai também não merece um abraço? - pergunta o meu pai.

Sorrio e o abraço também. Depois de matarmos a saudade um do outro, eu e o Ed contamos do baile que faremos para a rainha da Irlanda. Os dois adoraram a idéia e disseram que todos gostaram do último baile que eu mesma organizei, fico orgulhosa de mim mesma e não digo que estava difícil de controlar tudo sozinha, porque eles estavam orgulhosos de mim também.

Durante o jantar minha mãe convenceu o rei e a rainha de que ficassem mais uns dias em Illéa. Minha mãe sempre foi muito boa em convencer pessoas, isso me irrita muitas das vezes, mas hoje, eu fiquei feliz por ela ter esse dom.