Capítulo 3

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Merle D.

-Merle não esqueça que hoje é dia da reavaliação!—Daryl gritou da sala onde tava' terminando de ajudar a Léo a se arrumar.

Mas antes dele continuar a gritaria eu saí do quarto com uma calça preta e uma blusa xadrez preta, eu até engrachei minhas melhores botas hoje e agora me olhava no espelho que fica no corredor dos quarto para a cozinha.

-Precisa se arrumar tanto assim só para ir no médico?—Leonor fala realmente confusa por me ver arrumado.

-Acho que não é por ir no hospital e sim quem ele vai encontrar lá.—Só pela voz dele eu sabia que ele tava sorrindo.

-Haha muito engraçado Darlynda, não posso querer me arrumar?—O Tom elevado e os braços dramaticamente abertos mostrando minha roupa eu o desafiei a fala mais uma gracinha e ele se calou.- Então Léo, Tá bom? Seu irmão tá gostosão?

-Da vontade de falar que não só para abaixar esse seu ego.—Minha feição deve ter me entregado que fiquei ofendido e ela riu.—To brincando mano, tá gatão.

-Agora sim, bora coloca logo essa bota e vamos, vou te levar.—Ela não demorou nem dois minutos para tá com a bota nos pés e já fomos para a garragem.

Enquanto saia da garragem com o carro vi a Doc saindo de casa e parando no ponto de ônibus, dirigi até ali e parei na frente dela me debruçando por cima do banco da Léo e abaixando o vidro.

-Eai Doc, quer uma carona?—Ela olhou confusa para o carro e ao me ver ficou com a expressão fria.

-Não quero encomendar, muito obrigada pela oferta.—Ela se sentou no ponto com as pernas cruzadas.

-Atrapalha nada, to indo para o hospital agora, né Léo?—Minha irmã entendo resolve me ajudar.

-É verdade dele doutora, entra aí.—Léo bem esperou a resposta da doutora e já jogou a bolsa para trás e passando pelo banco até o banco trazeiro.

A doutora analisou por uns segundo e decidiu entrar, abriu a porta e entrou com bastante delicadeza, quando ela se sentou o carro nem se móvel como normalmente faz quando alguém sobe, ela tava com uma calça chique marrom claro e uma blusa lisa branca, mas dessa vez seus cabelos negros estavam soltos e iam até o meio de suas costas contornando o rosto e a curva dos ombros.

Assim que ela se aconchegou e fechou a porta eu dei partida na camionete, ela roncou e começou a percorrer a estrada, eu fui quieto o caminho enquanto a doutora e a Léo conversavam sobre a escola, assunto que a própria Léo começou, ouvia algumas vezes a morena rir de algo aleatório que a Léo a contava e foi assim até chegarmos a escola, onde a Léo pegou a bolsa e me deu um beijo na bochecha.

-Tchau Amabell, foi um prazer te conhece, se o Merle fizer algo estranho me conta que eu castro ele.—Antes que eu pudesse falar algo ela saiu me deixando com cara de tacho e fazendo a doutora rir.

-Sua irmã é maravilhosa senhor Dixon.—Pela primeira vez em todo o caminho ela falou comigo.

-Ja falei, pode me chamar só de Merle, e sim ela é incrível, e por incrível que pareça gostou de você.—Lembrei da última vez que ela conheceu uma mulher que eu tava querendo ficar e praticamente chamou a mulher de puta.—Isso é raro.

-Eu também gostei dela, é uma boa menina.

-Ela é incrível.-Nossa conversa fluiu bem até o hospital, onde estacionei o carro e entramos juntos no hospital atraindo olhares de algumas enfermeiras.

-Muito obrigada pela carona senh..Merle.—Ela ia me chamar de senhor Dixon mas se corrigiu e eu não pude deixar de sorrir.-Se aguarda uns minutos eu já venho te atender.

-Claro doc, vou tá te esperando aqui.

Ela não havia demorado mais que 5 minutos para ir e voltar com um jaleco e o cabelo preso, ela me guiou até uma maca onde eu me sentei e abri minha blusa, ela olhou os pontos verificando se estava tudo ok.

-Você tá cuidando bem do mechucado, não há enchado e tem apenas um pequeno avermelhado, isso é bom continue assim.—Ela disse retirando as luvas e jogando no lixo, enquanto eu abotuava minha blusa.-Só pro precaução continue lavando e tome um antibiótico para sumir com o resto de vermelhidão, e daqui mais duas semanas se estiver tudo certo tiramos os pontos.

-Pode deixar doutora, vou cuidar bem, valeu aí.—Pela primeira vez desde a primeira vez que a vi ela sorriu para mim.

-Não a de que é o meu trabalho, apenas continue se cuidando.

E assim ela saiu e eu fui até a recepção pagar pela consulta, que deu 50 dólares, o trem caro da porra. Quando eu estava prestes a sair vi rabo de cavalo negro que me chamou atenção diretamente para eles, a doutora está do lado oposto onde eu havia acabado de ser atendido quase sendo atacada por um bêbado que reconheci de imediato sendo o Moul, um dos meus colegas de copo lá do bar do Joe's.

Eu ia deixa ela resolver sozinha, ou algum guarda fosse resolver mas quando fui perceber eu já estava lá, parado em frente a ela segurando o pulso do Moul que estava prestes a bater nela.

-Merle? O que tá fazendo aqui cara?—Ele falou embolado e com um cheiro forte de cachaça.

-Nada da sua conta, posso saber o por quer quer bater na doutora?—Enquabto falava soltei o pulso dele e assim ele se afastou um pouco cambaleando.

-Essa puta não quer me atender!—Esbravejou uma tentativa de grito que falhou.

-Isso não é verdade!—Fui atraído pela voz alterada da querida Doc.—Ele estava me tocando e eu apenas disse para não fazer isso e esperar pelo atendimento.

Esfreguei meus olhos irritado e voltei a olhar para o bêbado na minha frente, ele estava completamente normal, tendo apenas um roxo na testa, bati no ombro dele e comecei a guiar ele para fora.

-Você tá me devendo uma doutora!—Eu gritei já na porta do hospital.

De lá consegui convencer o Moul a ir para casa dele, e eu fui para a minha, já estava exausto e assim que cheguei tirei a blusa, fui na cozinha e peguei uma cerveja dentro da geladeira, abri ela enquanto andava até a sala e me joguei no sofá, ligando a pequena tv a cabo parando para assitir um jogo de estava tendo.

Entre Dixon's - {Merle Dixon}•Reescrevendo•Onde histórias criam vida. Descubra agora