J.k
Admirava a linda vista do anoitecer em Seul. As estrelas ficando cada vez mais expostas pela escuridão, realçando seu brilho, enquanto a lua minguante se destacava no alto.
Me escorei na mesa, tendo cuidado para não bagunçar os papéis em cima.
Olhei ao redor da grande sala até encontrar um pequeno objeto sinalizando luz. Andei lentamente até o lugar em que se encontrava a iluminação e me abaixei para pegá-lo, assim que já o tinha em minhas mãos, voltei a postura e analisei o tal objeto. Não foi difícil indentificar, era um brinco, o mesmo que entreguei para minha ex noiva. Respirei fundo tentando não pensar muito.
Caminhei de volta para minha cadeira e escutei algumas batidas na porta.
— Entre! – autorizei. Logo em seguida o esposo do diretor adentrou.
— Bom dia, Jungkook. – falou pondo alguns papéis sobre a mesa – aqui a papelada de hoje. – se sentou na cadeira à minha frente e me observou – está mais calado que o normal, Aconteceu algo? – perguntou – preciso que me diga.
— Não aconteu nada, Jin, só estou cansado! – escondi o brinco em minhas mãos.
— Entendo, deve estar sobre carregado. Eu vim para falar exatamente sobre isso! – abriu um envelope – amanhã vem o candidato mais qualificado para a vaga, ele atende todos os seus requisitos.
— Ele atende tudo que eu pedi no papel? – assentiu – Aceite, diga que ele começa amanhã, no momento eu estou aceitando tudo. – afrouxei minha gravata – E não precisa avisar meu pai. – pedi.
— Vou te falar uma coisa, mas que fique só entre nós. Ontem, seu pai, como você sabe, esteve aqui, ele me viu sair de sua sala, então me questionou e eu disse que estava substituindo temporiamente sua secretária. Acredita que ele me brigou?! – Jin demonstrou o aborrecimento batendo com os punhos na mesa.
— Porque você é homem! – respondi e ele me olhou desentendido – Ele não permite que um homem trabalhe muito tempo comigo. – revirei os olhos – Muito menos depois que o Namjoon assumiu você.
— Essa homofobia do seu pai passou a ficar precária quando ele descobriu que você ficou somente com uma mulher na comemoração da sua entrada para a empresa, ou seja, a muito tempo. – desabafou.
— Você sabe que eu não posso fazer nada. – Jin negou.
— Você pode sim, mas não quer, sabe porque você não quer? Pela decepção que vai causar nele. Todos desse país e o mundo, sabe que você não precisa ficar com várias pra provar algo que você é. – cruzou os braços se levantando – seu pai é um cara nojento, que fica competindo o primogênito com os filhos dos outros pra saber quem tem mais dinheiro, mas nas raras vezes que você precisa conversar, vê se ele está lá, não, eles não está, a sua existência não é prioridade nas horas familiares dele. – o acastanhado empurrou com os dedos, o papel do candidato a vaga de secretario – Não se preocupe, eu não direi sobre isso para seu pai, mas em troca, diga a Namjoon que eu lhe falei sobre seu pai ter me visto sair daqui. Bom trabalho querido. – sorriu no intuito de me confortar e caminhou em direção a porta.
Ele não estava mentindo, eu já não tenho mais um amor paterno pelo meu pai, o grande problema é a capacidade que ele tem de acabar com a felicidade e carreira de alguém num piscar de olhos, então de preferência, não quero enfrentá-lo.
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Meu Querido Chefe || • JJK × PJM • ||
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Park Jimin após terminar a faculdade no auge dos seus 20 anos, chega na capital Seul. Sem querer depender ao custo de seus pais, o garoto decide procurar um emprego, só não imaginava ser aceito na maior empresa da Coreia. Um menino tã...