Capítulo 18

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- Se eu quisesse ir sozinho na clínica ver o papai, você se importaria? - Vegas, brincava com a comida em seu prato - Eu queria conversar com ele.

- Você quer falar sobre o que aconteceu entre você e o Pete? - Macau, observava o irmão.

- Eu ... Eu só ... - o Theerapanyakul mais velho se calou assim que olhou para o outro.

Vegas, tinha contado tudo o que tinha acontecido com ele e o Saengtham para o irmão. O Theerapanyakul mais velho só não tinha relatado a respeito da conversa que teve com Time, não porque não quis, mas porque ele não sabia como começar a falar sobre o Ratanapakorn com o outro.

- Por mim tudo bem - Macau, sorriu - Eu falei por telefone com ele ontem.

Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos. O Theerapanyakul mais velho tentava organizar, mentalmene, tudo o que precisava fazer. Mesmo não querendo, Vegas teria que encontrar Pete, ele precisava resolver as pendências na empresa e principalmente o assunto do agiota.

Agora sem emprego, o Theerapanyakul não sabia como iria pagar o Saengtham.

- Preciso te dizer que eu falei com o papai sobre o Pete.

- Você fez o que? - os olhos de Vegas se arregalaram.

- Eu sei que deveria ter deixado você contar para ele. Mas naquele dia que eu fui te buscar no trabalho, eu fiquei tão assustado e com tanta raiva do Pete - Macau, suspirou - Eu estava a ponto de explodir e precisava falar com alguém sobre isso. Falar com você sobre isso estava fora de cogitação, você me parecia tão quebrado naquele dia que eu tinha medo de que qualquer coisa desencadeasse outra crise em você.

- Me desculpa - Vegas, sentiu seus olhos se encherem de lágrimas - Você não devia ter presenciado aquilo.

- Não peça desculpas - o Theerapanyakul mais novo olhou para o outro - Eu te amo e sempre vou te ajudar em tudo o que você precisar. Você sempre está ao meu lado e sempre cuida de mim, eu gosto de poder cuidar de você às vezes. Só não queria que fosse naquelas condições, mas quero que saiba que para qualquer coisa eu vou estar ao lado.

Vegas, se esforçou para não deixar as lágrimas caírem, mas ele não obteve êxito.

- Ei - Macau, levantou-se e se aproximou do irmão - Não chora, está tudo bem - o Theerapanyakul mais novo abraçou o outro.

- Eu amo você - Vegas, retribuiu o abraço.

- Também amo você.

Depois de alguns minutos os dois irmãos se afastaram. Eles terminam o café da manhã atrelado a conversas aleatórias, por fim arrumaram a cozinha. Vegas, arrumou-se e logo saiu de casa em direção a clínica em que seu pai estava internado, já Macau aproveitou para finalizar alguns trabalhos da faculdade.

Durante todo o percurso até a clínica, Vegas tentava encontrar palavras para dizer a Kun o que estava acontecendo. Ele sabia que o pai era bem protetor, então já imaginava a imagem que ele tinha do Saengtham. Quando chegou na clínica, Vegas encontrou seu pai no jardim, o mais velho tentava pintar algo, mas não estava sendo bem sucedido.

- Isso era para ser o jardim?

- É uma pintura abstrata - Kun, sorriu.

- Abstrata? Isso é feio, isso sim - Vegas, cruzou os braços.

- Garoto - o Theerapanyakul tentou parecer sério, mas acabou rindo junto com o filho.

- Se o senhor está pensando em uma carreira como pintor é melhor esquecer.

- Quando eu for um pintor famoso eu vou dar uma entrevista e falar que o meu próprio filho não me apoia - Kun, fingiu limpar lágrimas imaginárias.

Os dois riram mais um pouco da pintura e acabaram sentados em algumas cadeiras que ficavam espalhadas por todo o jardim. O Theerapanyakul mais velho perguntou a respeito de Macau, Vegas apenas disse que o irmão tinha que terminar alguns trabalhos da faculdade. Kun, sabia que o motivo do filho mais novo não vir era outro, mas esperaria o tempo de Vegas para saber o real motivo.

O jogo mudou - PeteVegasOnde histórias criam vida. Descubra agora