carnaval, eu danço no temporal

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A/N: Zero plot, só Stenio e Helô se pegando antes de sair de casa no Carnaval. Relevem possíveis erros!!


"Porque eu nunca consigo te dizer não?" Ela suspirou

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"Porque eu nunca consigo te dizer não?" Ela suspirou.

Helô realmente não sabia a resposta daquela pergunta. Eram tantas indagações que surgiam de uma simples reflexão. E essa pergunta tinha tantas respostas!

A primeira justificativa que surgia em sua mente tinha a ver com o tempo. Sim, ela já tinha falado sobre isso algumas milhões de vezes, mas como não trazer esse ponto à tona? Eram 30 anos. Com quem mais ela tinha esse tipo de conexão? Quem mais teria acompanhado ela por tantas fases da vida? A resposta era clara: nem seus pais.

Havia uma outra resposta que ficava guardada no fundo de um baú, a muito esquecido. Algo que ela costumava pensar quando era jovem e ingênua, quando seus planos de vida eram baseados em formar uma família feliz e viver para sempre com o amor da sua vida. Esse era um tópico sensível, porque ela não queria ser clichê e infantil ao ponto de falar que Stenio era sua alma gêmea, mas desconfiava fortemente que esse fosse o caso.

O que mais poderia explicar eles serem constantemente atraídos um para o outro como imãs? O que seria essa ligação então? Podia muito bem ser uma dependência emocional mútua também, nenhum dos dois sabia como estabelecer associações duradouras com outras pessoas, nada profundo pelo menos. Por isso, era sempre bom saber que tinham um ao outro.

Ela não conseguiu divagar muito mais sobre a resposta. Não quando a língua dele encontrava a sua demandando toda a sua atenção daquela forma. Toda vez que ele a beijava era como se fosse a primeira vez e ela lembrava bem da primeira vez. Stenio a segurou pela nuca, envolvendo mechas castanhas entre seus longos dedos.

As mãos dele eram praticamente do tamanho do rosto dela, imediatamente Helô queria senti-las em volta de seu pescoço. Foi preciso tanto autocontrole para impedir que ele a pegasse pela garganta e sussurrasse coisas em seu ouvido naquele outro dia. E ela quase se deixou levar, várias vezes. Na varanda, na sala, no quarto...

Mas ela só queria provar um ponto naquele dia, já que não faz mais sentido em sua cabeça ficar resistindo às investidas dele.

Ela mudou o ângulo, segurando o rosto dele, mas Stenio tinha outros planos em mente. Sentiu a mão dele em seu pescoço, acariciando seu maxilar, a outra circulou sua cintura, puxando ela para mais perto. O beijo era bem lento, nem parecia que ele estava apressando ela há um minuto atrás, tamanha era calma que demonstrava a percorrer cada canto de sua boca.

Helô soltou um suspiro quase inaudível, mas ele sentiu. Ela aproveitou o momento para subir as mãos por dentro da camisa dele, os botões que estavam propositalmente abertos tinham instigado sua imaginação e ela precisava senti-lo por baixo de seu toque.

Antes que ela pudesse subir até o peitoral, ele segurou seus braços, retirando as mãos dela debaixo da camisa que usava.

"Não começa uma coisa que você não vai terminar. Vai tomar seu banho pra gente sair, vai." A voz dele soou rouca, o tom arrastado. Aquele era o jeito que o toque dela o deixava, sempre. Saber que tinha esse efeito sobre ele era uma das maiores armas que ela tinha.

registro (steloisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora